Pessoal, segue um artigo muito legal publicado no blog de Jairo Marques que reflete a dura realidade enfrentada por pessoas com necessidades especiais no banco, no supermercado, no aeroporto, na vida.
Beto Volpe
Acho
que todo “malacabado” e todo “véio” deste país já começou a sentir a
mudança seja na fila do banco, seja na do supermercado ou do aeroporto.
Os
espaços que antes eram tidos como “atendimento de prioridades” estão
ficando muuuuuito zoneados, me perdoem a palavra, mas é isso mesmo.
Como
tudo neste país não é feito por cidadania e sim por pressão da lei e da
fiscalização, as empresas têm cumprido as regras de qualquer maneira,
só para cumprir tabela mesmo.
Podem
botar reparo que, como a demanda aumentou muito, os ‘dificientes’ estão
saindo mais e o povão tá ficando mais velho, os espaços que antes eram
pouco disputados, agora, são mais concorridos que liquidação de zorba na
feira…
Pois
bem. Se eu opto pelo caixa prioritário no local onde compro meu arroz
com feijão, demoro muito mais tempo que os mortais que pegaram as filas
comuns…
“Uai, tio, tá louco?! Como assim cê fala?”
Seguinte,
invariavelmente, um ou dois dos caixas de “atendimento preferencial”
está fechado, sabe lá Zeus a razão. Resultado, junta os “zimininos” tudo
num lugar só, numa fila interminável.
A
prioridade virou uma roubada. Os idosos que não aguentam ficar muito
tempo em pé se digladiam pelos banquinhos disponíveis e ficam tempo
demais para desempatarem suas vidas.
Anteontem fui tomar um urubuzão voador nos aeroporto das Congonhas (alguém sabe me dizer o que é uma congonha? ) e quem estava à minha frente nas prioridades? Aquela moça bonita da Débora “Aseco”.
Não
sei se ela está grávida ou sei lá o quê, mas, aparentemente, a danada
não se encaixava no perfil para quem aquela fila era reservada. E sabem o
tamanho da fila? Enooooorme.
“Mas você quer o quê? Pãozinho com manteiga e cafezinho quente?!”
Acho
que esse modelo de atendimento está esgotado, pelo menos nas grandes
cidades. As pessoas que são prioridades aumentaram demais em número e
alguém precisa olhar para isso com seriedade.
Em
diversos casos, essa “regalia” faz muito sentido. Uma mãe com bebê no
colo ou carregando um moleque na barriga não pode ficar em pé por um
tempão. Cadeirantes precisam de um caixa mais largo e mais baixo,
velhinhos, como eu já disse, podem precisar de um apoio na hora de
embalar as compras.
E
o que fazer? Penso que TODOS os guichês de atendimento ao público
tinham de passar a ser acessíveis e passar para a frente das filas quem o
direito.
Acho que apenas aumentar o número seria uma solução paliativa, que duraria pouco tempo para ser problema de novo.
Claro
que vai dar flight, que vai dar confusão, mas algo é preciso ser feito.
O que deveria ser uma “vantagem” para igualar está virando um suplício.
Alguém tem mais sugestões?
Beijos nas crianças e bom final de semana!
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