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Sou muito humorado. Se bem ou mal, depende da situação...

Em 1989 o HIV invadiu meu organismo e decretou minha morte em vida. Desde então, na minha recusa em morrer antes da hora, muito aconteceu. Abuso de drogas e consequentes caminhadas à beira do abismo, perda de muitos amigos e amigas, tratamentos experimentais e o rótulo de paciente terminal aos 35 quilos de idade. Ao mesmo tempo surgiu o Santo Graal, um coquetel de medicamentos que me mantém até hoje em condições de matar um leão e um tigre por dia, de dar suporte a meus pais que se tornaram idosos nesse tempo todo e de tentar contribuir com a luta contra essa epidemia que está sob controle.



Sob controle do vírus, naturalmente.



Aproveite o blog!!!



Beto Volpe



terça-feira, 21 de outubro de 2014

A meus amigos...


Escrevo especialmente a meus amigos e minhas amigas que, assim como eu, se decepcionaram muito ao ver o nome do Partido dos Trabalhadores envolvido em escândalos de corrupção, jogando o discurso da ética no colo da direita e dos setores mais conservadores e corruptos deste país. Amigos e amigas que também se assustaram com coligações políticas fantasmagóricas com Sarney, Maluf e Feliciano, para citar algumas, causando bastante constrangimento a uma militância que vivia, e vive, gritando contra seus princípios retrógrados e práticas condenáveis. Amigos e amigas que hoje declaram seu voto em Aécio Neves porque não concordam com os rumos que o PT tomou e que tiveram frustradas suas expectativas libertárias e/ou socialistas.

Quem me conhece sabe que eu venho de uma família super conservadora, onde o malufismo impera e para a qual o PT vive tentando transformar o Brasil em Cuba. Muitas discussões rolaram entre nós, algumas delas deixando fraturas e cicatrizes, quando eu sempre falava bem alto sobre ética e idealismo. Assim que Roberto Jefferson abriu a boca, minha vida virou um verdadeiro inferno, pois ter que ouvir a defesa da decência vindo de malufistas era o que de mais constrangedor poderia me acontecer, como aconteceu. Eu lembrava das palavras do falecido Antonio Ermírio de Moraes antes da eleição do Lula, de que 'onde o PT era governo a corrupção era bem menor ou nula', e me dava vontade de chorar. E, confesso, chorei várias vezes ao ver um sonho socialista e libertário ameaçado por um mar de lama.

Porém, passada a animosidade e o luto, comecei a raciocinar sobre o tema. Abro aqui um pequeno parênteses: não sou o dono da verdade e posso estar absolutamente equivocado nas palavras que ora escrevo, são apenas as minhas percepções, observações e conclusões sobre o assunto. Bem, retomando, outro dia um querido amigo no face foi muito feliz ao dizer que 'a corrupção não é um partido, é um sistema'. Ela existe através de quadrilhas que estão instaladas no aparelho do Estado há décadas, algumas desde os tempos imperiais até a história recente do país. O PT não inventou a corrupção, nem o PSDB ou o PQP. Todos foram consequência do sistema, incluindo o pai do mensalão que foi o episódio da compra da reeleição de FHC por duzentos mil reais por congressista. Fora os inquéritos contra o mensalão mineiro, o cartel de trens de São Paulo, aeroporto nas terras do tio, ou seja, o argumento de que não irá votar no PT por conta da corrupção fica comprometido, pois não há diferença entre as práticas, pois que estão além dos partidos, enredando-os nas poderosas teias do tal sistema.

A diferença está no combate a esse mal, que assola o mundo inteiro, em maior ou menor grau. A despeito da forte atuação da base governamental para tentar barrar ou minimizar os impactos de denúncias no Congresso Nacional, prática inerente ao processo político, há que se louvar que da parte do Poder Executivo uma série de medidas foi tomada para aperfeiçoar os mecanismos do Estado no combate à corrupção. Um grande elenco de leis foi promulgado, incluindo a delação premiada que está provocando outro tsunami de denúncias envolvendo situação e oposição. O Procurador Geral da República tem total independência para denunciar todo e qualquer desmando, como vem fazendo, ao contrário do nada saudoso Geraldo Brindeiro, que exerceu a função de 1995 a 2003 durante o governo FHC, recebeu 617 denúncias e acatou apenas 60, arquivando as demais, incluindo a já citada denúncia de compra de votos para a reeleição do patrão.

À parte a história da corrupção, fui lembrando dos ideais de terra, trabalho e liberdade. O combate à fome era a principal urgência, como bem disse Betinho e sua campanha Fome Zero e reiterada por Lula em seu discurso de posse, e essa urgência fez com que mais de 36 milhões de pessoas passassem a ter o que comer através do Bolsa Família. O que é motivo de muitos elogios de organizações internacionais e que não dá pra negar, o Brasil reduziu drasticamente o número de pessoas com fome, que não tinham acesso à luz, água e gás, itens essenciais para o básico do básico, através de bem sucedidos projetos sociais e de redistribuição de renda. Falando nisso, a 'bolsa esmola' também é a grande responsável pelo nordeste ter um PIB superior à média nacional, gerando trabalho e renda. Temos pela primeira vez a classe média como maioria da população, quando se apregoava sua extinção, o menor desemprego entre os países emergentes e do primeiro mundo, um programa de democratização do ensino superior e de cursos profissionalizantes e um sem número de iniciativas que vêm ao encontro dos tais ideais, que tinham como objetivo a dignidade do ser humano.

Vale lembrar que, antes das manifestações de 2013, a presidenta Dilma havia enviado por duas vezes ao Congresso Nacional a proposta de destinar 100% dos royalties do pré sal à educação, rechaçada pela oposição nas duas oportunidades. Que a verba para a Saúde foi triplicada no orçamento da União e que vários programas e projetos foram iniciados ou aperfeiçoados nesses doze anos. Ao passo que, durante o governo de Aécio Neves, mais de quatro bilhões foram gastos em outras áreas, conforme denúncia do MP, quando até vacinas para cavalos estavam contabilizadas como ações em saúde. Mas o maior problema é que o grosso da corrupção e dos desmandos na Saúde acontece nos municípios, onde os prefeitos contabilizam gastos de pavimentação da rua da unidade de atendimento como gasto com a saúde, quando na realidade estão atendendo a alguma solicitação de um aliado político. E tudo sob as vistas de conselhos municipais de saúde que são absolutamente corrompidos ou despreparados para fiscalizar e punir esses desvios de conduta, pois não surgem novos atores, pessoas como você e eu que podem fazer a diferença com nossa participação.

O que falta em nosso país é gente disposta a fazer parte do controle da coisa pública, o que é comum em países que hoje têm um alto padrão de vida. Fiscalizar o que seu candidato faz, participar das reuniões de qualquer conselho de saúde, ainda que seja o da unidade em que se trata, pois todas tem que tê-los segundo a Resolução 333/2003, primeiro ato do governo Lula. São apenas doze anos de um governo popular que voltou sua atenção ao social, ao invés de priorizar os interesses de grandes corporações e especuladores financeiros e que, com uma cobrança maior da sociedade, tem tudo para avançar ainda mais nos principais problemas do país. 

Meus amigos e minhas amigas, peço que reflitam uma vez mais sobre votar contra o PT pelo sentimento de traição que lhes acometeu. É hora de valorizar a razão, de comparar e ver que o ideal socialista nunca deixou de ser a prática desse governo, pois suas principais demandas estão sendo bem encaminhadas. Como disse, posso estar errado em tudo que disse, mas acredito piamente em cada palavra que escrevi.


Beto Volpe


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Eu quero alguém com aquilo roxo


Quem me conhece sabe que sou militante do PT desde os tempos em que eram organizados almoços em escolas de periferia servindo carne seca com mandioca para a construção de um partido e concretização do sonho de um Brasil mais justo, em plena ditadura militar. Sabe também que não tenho mais o mesmo entusiasmo de tempos passados, quando vejo coisas como o aperto de mão entre Lula e Maluf, as articulações com segmentos fundamentalistas, a banalização da luta contra a AIDS ou a sigla do partido associada a tantos casos de corrupção. Mas ainda creio que a coligação capitaneada pelo PT ainda representa a candidatura mais próxima a tudo que acredito no que diz respeito à dignidade da pessoa humana, princípio básico da Declaração dos Direitos Humanos da ONU e da Constituição da República Federativa do Brasil. Não há como negar diversos avanços sociais, para não dizer de algumas verdadeiras revoluções provocadas por um partido revolucionário, em sua origem.

Um dos principais motivos para essa crença é o fato do PT ter tirado o Brasil do mapa mundial da fome, segundo relatório elaborado e divulgado em setembro último pela FAO, órgão da ONU que trata de assuntos de alimentação e agricultura. Eu passei fome somente uma vez na vida, quando me perdi nas montanhas do Peru quando fazia o caminho inca até Macchu Picchu, mas isso é muito diferente do que não ter o que dar de comer aos filhos durante dias seguidos. "Podemos fazer o que o Brasil fez nos últimos dez anos e acreditamos que estamos em condições de fazer isso", disse Allan Bojanic, diretor da FAO no Brasil, referenciando o país como exemplo no cumprimento desse que é, talvez, o mais urgente dos Objetivos do Milênio, para alegria de Betinho e seu ideal de Fome Zero. Não que não existam mais miseráveis no país, mas a redução foi realmente muito grande, graças a políticas sociais como o bolsa família, tão combatido sob a pecha de ser 'bolsa esmola', programas de fornecimento de luz elétrica e gás e instalação de mais de um milhão de cisternas.

Falando em cisternas, esse é outro fator decisivo para minha decisão, o governo do PT foi o primeiro a tomar atitudes radicais para acabar com os efeitos da indústria da seca no nordeste desde Dom Pedro II. A transposição do rio São Francisco está virando realidade, o que dará perenidade a vários córregos e rios que secam na falta de chuvas. Isso afetará milhões de pessoas diretamente, além de poder proporcionar a muitos pais de família que migraram forçadamente para o sul maravilha realizar seu maior sonho: voltar para seu pedaço de terra, junto a sua família e continuar sua vida de sertanejo bruscamente interrompida em busca de melhores condições para viver. 

Ainda nos avanços sociais, lembro muito bem que há uns quinze anos se falava que a classe média iria acabar, que só restariam pobres e ricos no país. Pois é, e não é que a classe média é, como nunca antes na história deste país, maioria da população? A renda dos mais pobres cresceu três vezes mais que a dos mais ricos durante a gestão petista, ainda segundo a FAO, 67% dos aposentados tiveram aumento real de 71%, o desemprego é um dos menores do mundo e, por consequência, as pessoas podem planejar melhor seu futuro, de preferência em uma das milhões de casas do maior programa habitacional já executado, maior até que o BNH dos militares. A democratização do ensino superior também é uma realidade, não fosse o combatido PROUNI muita gente ainda iria amargar o pesadelo de não poder cursar uma faculdade. Fora os programas de pós graduação, de formação no exterior e o PRONATEC, este em parceria com o sistema 'S'.

Como disse no início, foi uma ducha de água fria ver as manchetes dos jornais estampando casos de corrupção envolvendo dirigentes do PT. Lançar o discurso da ética no colo da direita foi o pior dos crimes cometidos, mas tenho claro que essas máfias estão estabelecidas há décadas, para não dizer séculos. Todo e qualquer governante ou partido que assumir o poder irá encontrar dificuldades para concretizar suas propostas de campanha, a não ser que realize coligações que lhe permitam maioria no parlamento. Tudo bem, esse princípio rege a democracia na maior parte do mundo, mas no Brasil essa 'governabilidade' toma contornos tão mesquinhos, destacando as tais máfias, que tem gente até colocando Deus no meio da história. Aliás, esses últimos debandaram em sua maioria para a candidatura tucana, o que poderá tranquilizar um pouco o povo do arco íris. A grande diferença é que durante o governo do PT os instrumentos para coibir a corrupção foram aperfeiçoados, incluindo a delação premiada que agora atinge novamente o partido. 

Acho que todo mundo se lembra da expressão 'Engavetador Geral da República', alusiva ao Procurador Geral da República dos governos do PSDB, que engavetavam toda e qualquer denúncia de corrupção, incluindo a compra da reeleição de FHC por duzentos mil reais cada parlamentar, fartamente documentado e nunca investigado. Como disse Dilma no primeiro debate:

"Onde estão os acusados do caso Sivan? Todos soltos. Da pasta rosa? Todos soltos. Da compra da reeleição? Todos soltos. Do mensalão mineiro? Todos soltos. Do cartel de trens e metrô de São Paulo? Todos soltos. A Justiça tem que ser para todos."

Com o detalhe sórdido de que a grande imprensa, que é dominada pelas famílias Marinho, Saad, Civita, Mesquita e Frias, filtra as notícias envolvendo a oposição, em um comportamento coerente com o colaboracionismo com que algumas delas trataram o governo militar. Desafio a todos e todas a me dizerem em que instância estão os processos do cartel do metrô e do mensalão mineiro. Pouca gente sabe, os desmandos da oposição em estados onde é situação não são divulgados, provando outro ponto: não somos Cuba e jamais seremos. A liberdade de expressão é tamanhã que permite que um grupo de abastados que assistiam à abertura da Copa do Mundo do Brasil gritasse de seus camarotes, horrorizando o país e o mundo>

- Ei, Dilma, vai tomar no cu!

À parte a grosseria, a afronta pública a uma mulher eleita pelo povo para dirigir o país, Dilma não se furtou a participar dos outros dois compromissos públicos que teve, incluindo a entrega da taça à Alemanha, agora sob vaias, o vai tomar no cu não havia caído bem. Isso é postura de Estadista, ao contrário de Aécio Neves, que não foi a nenhum dos dois jogos que a seleção brasileira fez em sua terra natal, em pleno Mineirão, temendo alguma reação análoga por parte dos torcedores. Vai ver que ele também desconfia de sua propalada 'aprovação' de 92% do eleitorado daquele estado, que muito contrasta com a acachapante derrota que o candidato do PSDB sofreu para o do PT. Ele se assemelhou muito a George Bush, o filho, ao enfrentar o atentado do WTC e o furacão Katrina, pois fez de conta que não era com ele e demorou para tomar atitudes, o que custou muitas vidas e muito sofrimento. Ainda bem que essa atitude de se esconder durante a tempestade não produziu nem morte e muito menos sofrimento, mas quando se tem a caneta mais poderosa da Nação é diferente, ser omisso não é uma atitude digna de um Chefe de Estado.

Em outras palavras, eu quero que mude mais, eu quero Dilma de novo, com a força do povo. Meu voto é no PT, um partido que não é mais revolucionário como antes, mas que vem produzindo uma verdadeira revolução social em nosso país. Eu quero um Estadista com aquilo roxo, seja aquilo o que for.

Beto Volpe

sábado, 4 de outubro de 2014

E Levy virou heroi de Lobão e da direita brasileira

Não sei se foi o excesso de drogas pesadas durante um bom tempo ou o ostracismo despertou o babaca que ali jazia, inerte. Acho que foi a soma das duas coisas. Enfim, segue brilhante texto de Paulo Nogueira, publicado no site Diário do Centro do Mundo.
Beto Volpe



Fidelix rules!!
Assim reagiu no Twitter Lobão à diarreia homofóbica de Levy Fidelix no debate da Record.
Numa tradução livre, Fidelix brilhou.
Você pensa que Lobão não pode ser mais obtuso, mas ele sempre surpreende e encontra novos limites para a estupidez e o reacionarismo.
Lobão é uma amostra expressiva de como a direita respondeu a Fidelix. Com embevecimento diante de alguém que disse verdades à “ditadura gayzista”, um herói que ousou desafiar o pensamento “politicamente correto”.
Levy Fidelix, o candidato que era uma piada até virar uma infâmia, é, hoje, um ídolo da direita brasileira. Isso mostra o panorama desolador do conservadorismo nacional.
Roger Moreira, também no Twitter, admirou a coragem de Fidelix. Quer dizer: Fidelix não foi vulgar, não foi obsceno, não foi idiota. Foi, para Roger, um exemplo de bravura.
Outro reacionário notório, Reinaldo Azevedo, torturou o jornalismo e a língua portuguesa ao falar sobre o caso. Ele se referiu a uma “suposta” homofobia.
Portanto, no Planeta Azevedo, podemos discutir se as palavras de Fidelix foram – ou não – homofóbicas. Há sempre a possibilidade, segundo esta ótica peculiar, de que Fidelix tenha elogiado os homossexuais ao dizer que eles têm que se tratar, mas longe de nós.
O cuidado extremo com que Azevedo se referiu a Fidelix só vale, naturalmente, para a direita.
Dias antes, eles escrevera, a propósito do caso Petrobras, que o delator REVELARA – ele usou maiúsculas – coisas terríveis contra Dilma.
O delator não afirmou, não disse. Ele REVELOU. No Planeta Azevedo, acusações contra adversários de seus patrões não são acusações. São REVELAÇÕES. Você pula a etapa da investigação, da defesa, da exibição de provas, se as houver, e da decisão da justiça.
Importante: isto para os inimigos.
Dias atrás, o jornalista Ricardo Kotscho escreveu que a origem da raiva de Roberto Civita contra Lula reside na diminuição da publicidade do governo federal para a Abril.
Está errado dizer, segundo o jornalismo decente, que Kotscho REVELOU. O certo é registrar que Kotscho “afirmou”.
Mas, sejam quais sejam as origens do ódio da Veja a Lula, o fato é que o jornalismo decente deixou de valer faz muito tempo para a revista, substituído por uma patética panfletagem sem nenhuma credibilidade senão para um público limitado de analfabetos políticos.
No caso de Fidelix, outro argumento da direita em favor do seu bestialógico recorre à liberdade de expressão, como se você pudesse dizer qualquer coisa e invocá-la.
Em maiúsculas, como Azevedo, Malafaia congratulou Fidelix no Twitter. “PARABÉNS, LEVY FIDELIX, POR VOCÊ FALAR O QUE PENSA. ESTAMOS EM UMA SOCIEDADE LIVRE. O ATIVISMO GAY QUER IMPLANTAR A DITADURA DA OPINIÃO! VALEU!”
Bom, pelo menos parece que Mafalaia saiu da fase da “ditadura bolivariana” para admitir que vivemos numa “sociedade livre”.
Há regras para a liberdade de expressão, como para tudo. Nos dias de hoje, por exemplo, caso alguém em solo americano se manifeste publicamente a favor dos Estados Islâmicos irá, rapidamente, para a cadeia.
Um juiz americano colocou isso de forma didática. Imagine um teatro lotado. Se alguém gritar “fogo”, pode gerar um pânico que leve a mortes. É inútil invocar depois, na justiça, a liberdade de expressão para poder gritar “fogo”.
Por mais que os conservadores queiram, Levy Fidelix não foi destemido, não foi iconoclasta, não foi brilhante.
Foi apenas sem noção, ou, para quem gosta de definições mais diretas, um perfeito idiota.


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

FOAESP COBRA DA SECRETARIA DE SAÚDE INFORMAÇÕES SOBRE O EMÍLIO RIBAS DA BAIXADA SANTISTA


O Fórum de ONG/Aids de São Paulo enviou oficio ao secretário estadual de Saúde David Uip cobrando informações sobre a situação do Hospital Emílio Ribas da Baixada Santista. Segundo informações vários médicos e enfermeiros foram demitidos, o que fragiliza o atendimento e compromete o tratamento de pacientes daquela região.

Veja abaixo a integra do documento:



Exmo Sr.

Dr David Everson Uip
Secretario Estadual da Saúde
São Paulo (SP)

Prezado Senhor,

O Fórum de ONG/Aids de São Paulo, colegiado que reúne mais de cem organizações que atuam junto a Direitos Humanos e Saúde Pública, vem por meio desta solicitara V. Sra., informações a respeito dos fatos que se seguem:

- Informações nos chegam a respeito de diminuição do quadro de pessoal no Hospital Emilio Ribas na região da Baixada Santista. Desde que a Fundação ABC assumiu a gestão nos informam que foram demitidos enfermeiros e recentemente sete médicos.

- Temos preocupação que esta redução afete a qualidade do atendimento as pessoas que vivem com HIV e Aids da região, retardando atendimentos e exames e, desta forma, influenciando negativamente no estado de saúde dos pacientes.

Desta forma aguardamos informações sobre a veracidade destas fatos e as possíveis reações que estão sendo tomadas a vim de minimizar o impacto junto ao publico usuário do SUS.

Atenciosamente

Rodrigo Pinheiro
Presidente