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Sou muito humorado. Se bem ou mal, depende da situação...

Em 1989 o HIV invadiu meu organismo e decretou minha morte em vida. Desde então, na minha recusa em morrer antes da hora, muito aconteceu. Abuso de drogas e consequentes caminhadas à beira do abismo, perda de muitos amigos e amigas, tratamentos experimentais e o rótulo de paciente terminal aos 35 quilos de idade. Ao mesmo tempo surgiu o Santo Graal, um coquetel de medicamentos que me mantém até hoje em condições de matar um leão e um tigre por dia, de dar suporte a meus pais que se tornaram idosos nesse tempo todo e de tentar contribuir com a luta contra essa epidemia que está sob controle.



Sob controle do vírus, naturalmente.



Aproveite o blog!!!



Beto Volpe



quinta-feira, 29 de maio de 2014

Considerações do Dr.Alexandre Naime Barbosa sobre o testar e tratar e o fim do teste de CD4

Faço minhas as palavras do Dr. Alexandre Naime.
Beto Volpe


Sobre o testar e tratar as pessoas vivendo com HIV/AIDS




Toda tomada de decisão depende basicamente do ponto de vista. Nos dias de hoje, é incontestável o benefício coletivo se pensarmos na possibilidade de identificar e tratar todas as pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), na perspectiva de redução da carga viral individual, e por consequência, diminuir o somatório da carga viral circulante, o que tem impacto crucial na redução da transmissão do HIV, diminuindo o número de casos novos de pessoas infectadas. Aprendemos isso principalmente com o estudo HPTN 052, e na prática já vivenciamos essa situação nos últimos anos, graças à ampliação na faixa de indicação de início de terapia antirretroviral em diversos países em todo o mundo, mudança essa muito relacionada à redução no número de casos novos observada globalmente.


O contraponto a essa argumentação se faz na medida em que a terapia antirretroviral tem nuances intrinsicamente individuais que vão desde as importantes dificuldades que a infecção pelo HIV traz na esfera psíquica e social da PVHA, passando pela questão de comorbidades e interações medicamentosas pré-existentes que impeçam o uso de um ou mais antirretroviral, e chegando nos eventos adversos, agudos e crônicos, que além de colocar a vida do paciente em risco, podem ser extremamente estigmatizantes, como a lipodistrofia por exemplo. Mas também há justificativas individuais a favor do tratamento universal, que apesar de serem poucos palpáveis nos dias de hoje, são bastante promissores. São eles a redução da inflamação crônica (liga ao envelhecimento precoce) causada pela carga viral positiva, e a possibilidade de redução dos reservatórios do HIV, o que facilitaria uma possível cura, quando essa estiver disponível.

Em termos práticos, o que faço no meu dia-a-dia é ponderar junto aos meus pacientes sem indicação clara de início de TARV (CD5> 500, e outras situações acima dessa faixa contempladas no PCDT) os potenciais riscos e os benefícios individuais e coletivos, chegando à uma decisão em conjunto, pois os dois lados dessa relação devem assumir o ônus e o bônus nessa hora. Todos nós, médicos e PVHA, temos que assumir a responsabilidade não somente do controle da epidemia, mas também no bem-estar individual.


A contagem de CD4, como qualquer outro teste laboratorial, deve ser indicada quando possibilitar uma decisão terapêutica, ou indicar algum risco consequente. Dessa forma, a realização desse teste logo após a triagem e o diagnóstico de infecção pelo HIV sempre vai ser imprescindível, bem como durante o período inicial de tratamento, principalmente naqueles em que o CD4 for mais baixo inicialmente. O que diversos estudos mais recentes têm apontado, é que na grande maioria das PVHA com CV indetectável e boa recuperação imunológica (CD4> 400-500), a realização desse teste não acrescenta em nada, trazendo apenas ansiedade ao paciente com variações que são normais, tanto ascendentes quanto descendentes, e que são transitórias.

Numa população com boa resposta imunológica, e com CV indetectável por mais que 1-2 anos, a realização anual, ou mesmo a não realização do teste é conduta segura, e que economiza recursos que pode ser realocados para outras áreas estratégicas. Porém, é importante ressaltar e repetir que essa interpretação não cabe naqueles indivíduos com diagnóstico e tratamento recente e com CV detectável, bem como naqueles com CV indetectável, mas não respondedores imunológicos.

Na minha opinião pessoal, muitos boatos vem surgindo após reuniões regionais da diretoria do DN DST/Aids - Hepatites Virais sem que se conheça o completo conteúdo da resolução proposta para a diminuição na frequência de realização do CD4. Penso que um posicionamento mais claro do DN poderia evitar interpretações indevidas.

Fonte: Blog Renato da Matta




"Dr. Alexandre Naime Barbosa é Infectologista e Especialista em Pesquisa Clínica da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP. Tem doutorado em Infectologia pela UNESP e é membro titular e especialista pela SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). 



Atualmente trabalha no SAE/Hospital Dia de Aids/Hepatites Virais "Domingos Alves Meira" e no HC UNESP Botucatu. Tem experiência nas áreas de Infectologia e Pesquisa Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: Aids, Hepatite B, Hepatite C, Co-infecção HIV/Hepatites virais, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), Infecções Oportunistas, Doenças Negligenciadas e Metodologia da Pesquisa Clínica." 

Fim de teste CD4 de aids cria polêmica

O Diretor do Departamento Nacional de DST/AIDS/Hepatites Virais faz de tudo para que a estratégia brasileira de luta contra a AIDS pareça 'moderninha' aos olhos da OMS e financiadores internacionais. Ele só esquece que muitos brasileiros e brasileiras vivendo com HIV SEQUER TEM ACESSO AOS EXAMES TRADICIONAIS! Primeiro foi a descentralização da assistência, depois o teste rápido nas farmácias e agora uma medida polêmica, que não encontra respaldo nem na SBI, tudo isso sem que sejam ouvidas as associações e redes de pacientes. Lá vem o Brasil descendo a ladeira.

Beto Volpe


Ferramenta considerada importante por infectologistas para acompanhar o tratamento de pacientes com aids, o exame de CD4 deve ser aposentado pelo Ministério da Saúde a partir de 2015. A proposta, que já provoca apreensão de pacientes e polêmica entre profissionais de saúde, prevê a restrição do procedimento para casos muito específicos até o fim dos estoques, o que deve ocorrer no fim do próximo ano.
A ideia é não fazer novas compras. "Médicos devem se acostumar com tecnologias mais modernas", disse o diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.
A proposta começou a ser apresentada pelo diretor em alguns encontros regionais de especialistas em laboratórios e deverá ser incluída no consenso terapêutico de aids. "Não é apenas o Brasil que está revendo o uso do CD4", disse o diretor. "A Organização Mundial da Saúde também vai analisar o tema." A expectativa de Mesquita é de que o debate no órgão seja definido ainda neste ano.
Entre especialistas brasileiros, no entanto, o fim do uso do CD4 está longe de ser um consenso. "Concordo que a tendência é de redução da indicação desse exame. Mas ele ainda é fundamental e não há perspectivas de que isso mude num curto espaço de tempo", afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Érico Arruda.
O pesquisador Jorge Beloqui, do Núcleo de Estudos para Prevenção da Aids da USP (Nepaids-USP), tem avaliação semelhante. "Esse exame não é um ornamento." A maior crítica de Beloqui, no entanto, está na forma como o assunto está sendo conduzido, sem diálogo com associações de pacientes com HIV.
Como funciona. O CD4 é usado para avaliar o sistema imunológico do paciente e é geralmente combinado com outro teste, o de carga viral, que dá informações sobre a quantidade de HIV no organismo do paciente.
O CD4, até pouco tempo, era levado em consideração para definição do início do tratamento com medicamentos antiaids. Depois de o governo liberar a indicação dos remédios para todos os pacientes, independentemente da quantidade do vírus, o exame passou a ser considerado menos importante pelo Ministério da Saúde. "O início do tratamento qualquer que seja o CD4 é uma opção do paciente. Da forma como o governo lida com o tema, não haveria alternativa", disse Beloqui.
Do ponto de vista de saúde pública, o uso precoce do medicamento é considerado essencial: o paciente reduz o vírus circulante, diminuindo o risco de transmitir a doença para outras pessoas, no caso de relações sexuais desprotegidas. "Mas não está claro se isso traz vantagens para o paciente. Não se sabe qual o impacto do início precoce do tratamento. O direito de escolha não pode ser retirado", disse o pesquisador.
A coordenadora do Programa Estadual de DST-Aids de São Paulo, Clara Gianna, também defende a manutenção do CD4. "Ele não tem a importância do passado, mas continua sendo fundamental, sobretudo no Brasil, onde pacientes ainda descobrem a doença tardiamente", explica.
Assim como Arruda, Clara defende que o exame seja feito assim que a doença é diagnosticada. Em caso de níveis considerados não muito bons de CD4, entre 300 e 400, o exame deve ser repetido anualmente. Além disso, para níveis inferiores a 200, o teste deveria ser indicado para fazer a prevenção de doenças oportunistas.
Mesquita considera que o exame é importante apenas nessa terceira hipótese. "Para avaliar a qualidade do tratamento, o exame de carga viral é suficiente. Ele pode ser associado a outros testes, mais modernos."
Fonte: OESP

sábado, 10 de maio de 2014

Che Guevara, segundo Jean Wyllys: “o macho alfa da revolução cubana”

Como eu admiro a eloquência desse cara...
Entrevista a MORRIS KACHANI
Beto Volpe


FELICIANO/WYLLYS
Muito há para ser feito em termos de conquista dos direitos LGBT no país. O casamento igualitário é reconhecido judicialmente, mas não pela legislação. A criminalização da homofobia não consta do Código Penal. Travestis e transexuais não conseguem realizar a mudança de nomes e gênero no registro civil.

Por essas é que em matéria de direitos humanos, o Brasil mereceria nota 5. Não que o brasileiro seja conservador. A sociedade se encontra em plena transformação, até nas novelas da Globo a representação homossexual evoluiu. É a elite política que é conservadora. E os partidos de esquerda, de certa forma, também.
Em suma, apesar dos avanços, ainda vivemos em uma sociedade heteronormativa.
Este diagnóstico faz parte de “Tempo Bom, Tempo Ruim – identidades, políticas e afetos” (editora Paralela), em que o jornalista, professor universitário, ex-BBB e hoje deputado federal Jean Wyllys, 40, do PSOL, procura compartilhar a experiência adquirida nos anos de militância pelos direitos humanos. O livro é didático, na medida em que introduz o leitor no conhecimento de conceitos básicos mas não tão disseminados como a distinção entre sexo, identidade de gênero, orientação sexual.
É também obviamente, um livro sobre a visão de mundo de Wyllys, que fica entre a crônica e o ensaio, com laivos de auto-biografia. E por que o título? “Estamos vivendo tempos bons e tempos ruins. Um momento de ambivalências, de avanço e retrocesso. Não está claro para onde o Brasil está indo”, afirma o autor.
“Ao mesmo tempo em que nos posicionamos como a quinta maior economia do mundo, temos um baixíssimo IDH, vemos a sombra desumana dos linchadores se estender, os fundamentalistas religiosos se organizando financeira e politicamente”.
Wyllys se define como sendo de uma ‘esquerda renovada’. Mas com ressalvas. É que a esquerda sempre teve problema de lidar com a liberdade individual, de acordo com ele. “A ponto de todos os homossexuais terem vivido no armário, nos anos de chumbo. Você não podia dizer que era homossexual em um grupo guerrilheiro, se não era expulso ou corria o risco de ser rebaixado, considerado fragilizado”.
“Che Guevara é o macho alfa da revolução socialista. É inegável seu papel na condução da revolução, mas Guevara foi muito ruim para os homossexuais, que foram para o paredão em Cuba. Ele está associado a um espaço da sociabilidade heterossexual masculina”.
*
Como se define politicamente?
Eu diria que sou de uma esquerda renovada. Tenho um problema com a esquerda, que diz respeito à liberdade individual – como os direitos LGBT, ou da mulher sobre seu corpo. A esquerda sempre teve problema de lidar com isso.
Como assim?
Historicamente, a luta de esquerda na América Latina associou homossexualidade a uma reminiscência burguesa. Manuel Puig escreveu sobre isso, em “O Beijo da Mulher Aranha”. A revolução cubana mandou homossexuais para o paredão. No Brasil, você não podia dizer que era homossexual num grupo guerrilheiro, se não era expulso ou corria risco de ser rebaixado, considerado fragilizado.
Como enxerga Che Guevara?
Virou um ícone, como Mickey Mouse. Che Guevara é o macho alfa da revolução socialista. É inegável seu papel na condução da revolução, mas Guevara foi muito ruim para os homossexuais, que foram para o paredão em Cuba. Ele está associado a um espaço da sociabilidade heterossexual masculina.
E hoje em dia, como a esquerda lida?
Tenho muito pontos em comum com meu partido, o PSOL, mas algumas divergências. Temas ligados à sexualidade ou a criminalização da homofobia não foram tão bem assimilados no partido. Há um debate que não está resolvido. Acerca da regulamentação da prostituição,  por exemplo, muita gente no partido defende uma visão ortodoxa socialista de que a prostituição é subproduto do capitalismo, envolvendo a mercantilização do corpo, e que portanto seria preciso lutar por sua erradicação, e não regulamentação. É o pensamento mais tosco que já vi na minha vida. O mesmo moralismo de um partido conservador.
Você escreve que ser de esquerda é defender minorias. A direita não defende minorias?
Muito pouco. Em termos de justiça social e erradicação da pobreza, redução da desigualdade, a direita defende muito pouco as minorias. E quando o faz é sob uma perspectiva de mercado, como se a liberdade de mercado pudesse solucionar questões como o racismo ou a homofobia. Nesse sentido, sou mais da esquerda.
Existem militantes homossexuais de direita?
Existem. Mas não levam em conta as bichas pobres, por exemplo. São pouco preocupados com a questão de classes. A homofobia social que um branco de classe média enfrenta é diferente do negro pobre, que está muito mais vulnerável. Há muitas favelas no Rio de Janeiro em que os gays são deliberadamente expulsos de casa, em um acordo velado entre os traficantes e os pentecostais.
Por que “Tempo bom, tempo ruim”?
A gente está vivendo tempos bons e tempos ruins. Um momento ambivalente, de avanço e retrocesso. Ao mesmo tempo que nos posicionamos como a quinta maior economia do mundo, com mais protagonismo, temos um baixíssimo índice no IDH, assistimos a subsombra desumana dos linchadores se estender, os fundamentalistas religiosos se organizando financeira e politicamente. Não está claro para onde o Brasil está indo, tempos são bons e ruins simultaneamente.
Que nota você dá ao Brasil, em termos de direitos humanos?
Cinco. Tem que ver qual rumo que a gente quer dar. Precisamos valorizar não só nossos recursos naturais mas também os humanos.
Somos um país conservador?
O país não é mas a elite política, que é majoritariamente conservadora, pensa que sim. Existe um lado da sociedade que é profundamente transformador, plural. Na periferia de São Paulo por exemplo, são comuns as famílias formadas por mães solteiras, com filhos de diferentes pais. Nossa sociedade passa por uma profunda transformação mas o discurso político ainda é conservador.
E os evangélicos nesse contexto?
Estão crescendo, fazem parte. Mas não quero localizá-los no ‘tempo ruim’. Não são necessariamente conservadores. Há um aspecto progressista de certas igrejas evangélicas mais modernas. De outro lado, cresce também o fundamentalismo religioso das pentecostais.
E as novelas da Globo, não são conservadoras?
Quando falo de elite política, me refiro a toda estrutura que a sustenta. As novelas da Globo são conservadoras, mas são mais liberais do que muitos colegas do Congresso Nacional. A representação da homossexualidade nelas tem avançado bastante, estão mais plurais. Isso é resultado de uma luta envolvendo audiência, movimentos organizados, redes sociais.
Qual o status dos direitos LGBT no Brasil?
Do PSOL até os partidos de centro esquerda como o PSDB, temos representantes. As demandas são múltiplas, mas poderiam ser resumidas em um tripé de conquistas.
O casamento igualitário, e os direitos a ele associados, como família, adoção ou herança. Isso precisa passar pelo Legislativo, hoje só tramita pelo Judiciário.
A letra “T” do LGBT – travestis e transexuais – também faz parte de nossa luta. A mudança do nome em registro civil, de gênero, a garantia de hormonioterapia, a inserção no mercado de trabalho.
E por fim, a criminalização da homofobia. Houve 326 homicídios relacionados no ano passado, no país. É preciso que a legislação reconheça esse motivo, embora eu pessoalmente não ache que a homofobia deva implicar aumento de pena, como muita gente do movimento defende.
Em que pé estão estes projetos?
O primeiro foi derrubado pela bancada evangélica, o segundo segue em tramitação. A mobilização do Congresso Nacional é zero, o que temos em termos de avanço são certas políticas estaduais e municipais que punem a discriminação.
Você escreveu que futebol é homofobia. É?
Ai meu Deus do céu. Em que pese ao longo desses anos conquistas como a abertura para o futebol feminino ou a emergência de uma ou outra torcida gay, o futebol é uma sociabilidade masculina que se apoia muito na derrisão da homossexualidade e da mulher. É um meio social do homem heterossexual, nasceu e foi criado assim. Tanto que na hora dos insultos o adversário sempre é colocado numa posição feminina ou homossexual.
Agora, de um ponto de vista cultural mais amplo, não estou dizendo que todo torcedor é homofóbico. É claro que não é.
Existe muita hipocrisia?
Querido, apesar de todos os avanços, ainda vivemos em uma sociedade heteronormativa. Você já viu alguma campanha publicitária com as jogadoras Marta ou Formiga? O atleta pra sair do armário tem um custo muito grande. Compromete a carreira.
Preconceito gera preconceito? Pode existir preconceito contra heterossexuais?
Não acho, este é um discurso falacioso e cheio de preconceito. Ninguém associa o hetero à marginalidade, ao anormal.
Você vai se candidatar novamente?
A princípio me candidato à reeleição, mas venho consciente de que posso ou não ser eleito. (nota da reportagem: em 2010 Wyllys foi eleito deputado federal com a menor quantidade de votos pelo Rio de Janeiro – 13.016 (0,2%) dos votos válidos. Ele conseguiu a vaga por conta do desempenho do deputado federal Chico Alencar, do seu partido, que conquistou 240.671 (3%) dos votos)
Uma coisa é certa, reeleito ou não, não sairei de cena. Sou jornalista e professor universitário e estou deputado por ocupação, isso é muito claro pra mim. Se vencer é para concluir um trabalho que meu mandato não conseguiu concluir.