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Sou muito humorado. Se bem ou mal, depende da situação...

Em 1989 o HIV invadiu meu organismo e decretou minha morte em vida. Desde então, na minha recusa em morrer antes da hora, muito aconteceu. Abuso de drogas e consequentes caminhadas à beira do abismo, perda de muitos amigos e amigas, tratamentos experimentais e o rótulo de paciente terminal aos 35 quilos de idade. Ao mesmo tempo surgiu o Santo Graal, um coquetel de medicamentos que me mantém até hoje em condições de matar um leão e um tigre por dia, de dar suporte a meus pais que se tornaram idosos nesse tempo todo e de tentar contribuir com a luta contra essa epidemia que está sob controle.



Sob controle do vírus, naturalmente.



Aproveite o blog!!!



Beto Volpe



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A culpa é dela !

Descrição da imagem: retrato em óleo sobre tela de uma verdadeira santa!

Se alguém quiser culpar alguém por minha existência e meu jeitinho... Culpem Mamáe!!! A qual, com muito orgulho, alegria e amor vi retratada neste quadro pintado por meu grande anigo, o artista Cowboy (José Xavier nos meus amigos do Face), e entregue com muita emoção na homenagem que fiz a ela na festa de meus 50 anos.

Minha querida mãe Aída, realmente a culpa é toda sua. Obrigado!!

Beto Volpe

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Alvos do HIV

Descrição da imagem: mira de alguma arma apontndo para a silhueta de uma pessoa.

Interessante artigo por Camila Guastaferro*

Trinta anos após a descoberta do vírus, os jovens são o grupo com maior tendência de crescimento da Aids.
Exposição sexual é o principal fator de contaminação de jovens entre os 13 e os 24 anos.
 
Mas tem tratamento!” Não é incomum ouvir a frase  ao falar a adolescentes sobre Aids no trabalho de prevenção. Graças aos avanços, às pesquisas e à descoberta dos medicamentos em 1992, convivemos com o HIV há três décadas. Mudanças de conceito e na transmissão de informação são pontos marcantes nesses 30 anos. Mas cabe ao educador questionar: o que não é dito a esses jovens?

Se a primeira década foi marcada por terrorismo e medo, já que se desconhecia o agente causador da doença, hoje presenciamos o aumento da qualidade da informação, constatada pelas pesquisas de conhecimento, atitudes e práticas realizadas pelo Programa Nacional de DST/Aids no Brasil. Graças aos avanços desde 1992, com a descoberta dos medicamentos antirretrovirais (que impedem a multiplicação do vírus no organismo), o acesso universal ao coquetel reposicionou a Aids como uma doença crônica com tratamento possível, rigoroso e delicado. Não se trata mais de uma sentença de morte. Ou seja, esta geração de adolescentes veio ao mundo quando o enfrentamento da epidemia tinha novas perspectivas e teve amplo acesso à informação, por meio de campanhas de mídia, articulações em saúde e educação.

Por outro lado, o Ministério da Saúde dá conta de que, em cinco anos, a prevalência do vírus HIV em meninos  entre 17 e 20 anos subiu de 0,09% para 0,12% – o porcentual sobe quanto menor for a escolaridade. De 1980 até junho de 2010, 11,3% dos casos no País foram de jovens na faixa dos 13 aos 24 anos. Não só: a maior proporção de ocorrências está relacionada à expoxição sexual. Diante desse quadro, como os jovens lidam com o sexo seguro e com a Aids?

O que os jovens sabem
Em levantamento recente realizado pelo Centro de Estudos da Sexualidade Humana do Instituto Kaplan, 97% dos 1.149 adolescentes demonstraram ter informações sobre a Aids, o que não impediu que, na hora de tomar decisões diante de situações hipotéticas, 37% dessem respostas que indicassem uma conduta de vulnerabilidade (explica-se o conceito a seguir).  Ademais, a Pesquisa de Comportamento, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP 2008) constatou que 97% dos brasileiros entre os 15 e os 24 anos sabem que o preservativo é o método mais efetivo no combate à transmissão do vírus, mas seu uso tende a cair quanto mais estável for o relacionamento sexual.

É notável que apenas a informação não é suficiente para que os jovens utilizem o preservativo. Também é preciso motivá-los a lançar mão desses conhecimentos e enfrentar situações de risco. É nesse aspecto que a influência do educador pode fazer  a diferença. Na mesma sondagem do Instituto Kaplan, a escola foi destacada por 84% dos entrevistados como o principal espaço para a busca de conhecimento sobre DST/Aids, o que mostra que o professor tem papel essencial na educação sexual.

O que fazer diante de uma oportunidade dessas? Os programas de educação pregam aliar informação a valores, atitudes e condutas que fortaleçam a prevenção e diminuam a vulnerabilidade. Para ficar em um exemplo baseado em pesquisas: percebe-se que, diante da afirmação “Mas Aids- tem tratamento!”, nem sempre o professor- esclarece o que vem com o pacote “tratamento”, polemiza,  discute como seria o momento posterior a ele ou ressalta o mais grave: que a ainda não há cura. Esse é um típico momento para retirar do próprio adolescente o fragmento de conhecimento que ele apresentar e construir em conjunto uma informação que dê subsídios, de maneira clara e direta, para o entendimento dos reais impactos de uma doença como a Aids ou da convivência com o HIV.

Vulnerabilidade juvenil
O conceito de vulnerabilidade identifica os fatores que influenciam a não prevenção nas relações sexuais. Questões como a dificuldade de negociar o uso do preservativo, a vergonha, o medo de falhar, o desconhecimento, a diminuição da autoestima, a ausência de cuidado consigo e o envolvimento emocional fazem parte do -repertório de fatores que podem agir na contramão do uso do preservativo.

Muito se discute a respeito da vulnerabilidade dos alunos de Ensino Médio em relação à gravidez na adolescência e à infecção pelo HIV.  No Brasil, 20,42% dos partos são de adolescentes, de acordo com o Ministério da Saúde. Em relação ao contágio pelo vírus, segundo dados de 2009, a porcentagem de jovens do sexo masculino infectada salta de 2,4%, na faixa dos 14 a 19 anos, para 18,1%, entre os que têm de 20 a 24 anos. Entre as garotas, os números vão de 3,1% para 13,4%, na comparação entre as faixas etárias de 13 a 19 e de 20 a 24 anos.

Especialmente a vulnerabilidade das garotas à Aids preocupa e faz parte das ações de enfrentamento da epidemia no Brasil. No mais recente Boletim Nacional de DST/Aids, elas foram destacadas como o público que teve crescimento no número de casos em relação às demais populações, que tem apresentado decréscimo. Segundo o relatório, a inversão se deu a partir de 1998 e é esta a única faixa etária em que há mais ocorrências entre mulheres do que em homens: oito casos em meninos para cada dez em meninas.  Em ambos os sexos, dos 13 aos 24 anos, a contaminação está atribuída à categoria de exposição sexual, sendo 74% no sexo masculino e 94% no sexo feminino. Órgãos como Unaids- e Unesco reconhecem que o adolescente se encontra em posição vulnerável e que é necessário a implantação nas escolas de programas de educação sexual que favoreçam o acesso integral a informações.

Educação sexual
Cerca de 30,5% dos alunos de 9o ano já tiveram relações sexuais segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do escolar (2009) e estima-se que, ao fim do Ensino Médio, de 70% a 80% exercite sua vida sexual. O repertório sexual dos adolescentes é amplo atualmente. Eles se permitem investigar e -descobrir formas de contato íntimo para lidar com interdições como a virgindade, e, assim, se relacionam de outras muitas maneiras que podem torná-los vulneráveis.

Um exemplo é o sexo oral e a crença de que não expõe a DST. O número de dúvidas sobre a prática cresceu nos últimos anos, assim como os casos de HPV e herpes, mas as aulas de orientação sexual a respeito das DST não acompanharam essa evolução, e continuam mostrando imagens horrorosas de estágios avançados de doenças. Na nova perspectiva de formação de competências para a vida não podemos segregar a educação sobre HIV/Aids, um aprendizado que envolve a participação juvenil, o pensamento crítico e a experiência.

Isso posto, é preciso buscar metodologias para inserir a educação sexual, de maneira lúdica e dirigida, atendendo às perspectivas do aluno e fornecendo ferramentas para que ele associe o uso do preservativo ao exercício do prazer. A escola deve estar preparada para uma abordagem integral da sexualidade. Apesar de citada inclusive em guias e diretrizes como os PCN, ainda é difícil expandir na prática a intervenção para além das exposições chatíssimas sobre órgãos reprodutores. Percebe-se, em oficinas que envolvem práticas sexuais, que o prazer e o reconhecimento da vulnerabilidade no cotidiano atraem maior interesse e têm mais impacto nos grupos do Ensino Médio.

Deve-se, então, trabalhar três pilares: conhecimento, atitudes e competências, auxiliando a tomada de decisão diante das condutas de prevenção. É uma tarefa que soa complicada, ainda mais se lembrarmos que, na história da sexualidade, já tivemos tantas associações com a reprodução e que as práticas sexuais sempre foram deixadas de lado, como se não se pudesse abordar a intimidade e as dificuldades que envolvem a vida sexual. Há alguns anos, com o reconhecimento dos 11 direitos sexuais e reprodutivos como direitos humanos – destacando o direito ao prazer – começamos a entender que a estratégia funciona bem como motivadora.

Os adolescentes estão expostos a muitas informações parciais, por vezes tendenciosas ou contestáveis, e o acesso a uma educação sexual clara e baseada nos direitos humanos é fundamental na luta contra o preconceito e para assegurar ao jovem seu papel de sujeito de escolha – esse é o lugar do educador. Trabalhar o cotidiano das práticas sexuais facilita o reconhecimento das situações de vulnerabilidade e promove troca de conhecimento, podendo ampliar o número de respostas de enfrentamento e novas condutas – como o uso do preservativo em todas as relações.

Muitos educadores têm dúvidas sobre dizer ou não ao jovem que o HIV/Aids encontra-se hoje na classe de doenças crônicas porque temem autorizar, assim, a disseminação do vírus e a ausência do cuidado. A omissão relega ao adolescente o antigo papel de “irresponsável”, no qual ele não teria recursos para decidir sozinho. Quanto mais saudável e responsável for o exercício da sexualidade, mais estaremos evoluindo em qualidade de vida da população e em cidadania. O fortalecimento do adolescente como sujeito de direito à saúde e à educação integral, entendendo que sexo e prazer são constitutivos positivos desse processo, auxilia a motivação para a prevenção.

* Camila Guastaferro é psicóloga e educadora sexual, coordenadora de desenvolvimento institucional do Centro de Estudos da Sexualidade Humana – Instituto Kaplan.
** Publicado originalmente no site da revista Carta Capital.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Apaguem as luzes e acendam as cruzes !

Descrição da imagem: dois homens brancos trajam suástica e efetuam a saudação nazista da mesma forma que fotografia antiga de jovens (ao fundo) com o mesmo gestual (irc!)

As luzes se apagam em São Paulo. A cidade reconhecida internacionalmente como cosmopolita e aberta a todas as manifestações sócio culturais agora se destaca por uma atitude sombria, da qual ainda não se sabe ao certo que tipo de conseqüência esperar. A aprovação pela Câmara dos Vereadores do Dia do Orgulho Hétero, população que desde o início da humanidade dita as regras do jogo da Vida, coloca em xeque a imagem de metrópole moderna e acolhedora, tingindo de sangue tantos anos de evolução dos conceitos morais e da convivência com todas as pessoas. A Cidade Luz da América Latina se prepara agora para uma provável Marcha da Supremacia Heterossexual (porque Parada é coisa de frutinha) e os olhos do mundo se voltam para um exemplo de intolerância travestida de direito social.

Talvez o religioso vereador autor da proposta não saiba que os dias de orgulho ou de luta, sejam eles de negros, homossexuais, indígenas, mulheres, pessoas com deficiência, contra a AIDS e outros, são dedicados a trazer à luz situações de privação de direitos e de vulnerabilidade social. Homossexuais, além da cotidiana e extremada violência, não usufruem de dezenas de direitos conferidos aos héteros, negros ainda são massacrados no mercado de trabalho e pelos órgãos de segurança, enquanto a mulher o é no trabalho, em casa, na sua intimidade, em todo lugar e situação e sempre com muita violência. Pessoas com HIV ou deficiência ainda são considerados cidadãos de segunda categoria para muita gente e para muitos gestores públicos. Esses, sim, precisam de um Dia de Orgulho, pois há que se demonstrar ao mundo que existe uma situação de violência e restrições contra toda uma população.

Levando-se em consideração que as mulheres têm um mês inteiro dedicado à sua luta por reconhecimento e dignidade e pelo perfil machista dos setores religiosos e políticos que forjaram essa excrescência, pode-se concluir que o objetivo seja salientar a vulnerabilidade do homem heterossexual. Que direitos são negados homem heterossexual? Ele pode beijar na rua sem risco de virar soquete de lâmpada, ele tem acesso a postos de comando, ele chega a ditar se vai ou não usar preservativos em uma relação sexual. É o homem heterossexual quem cria as regras e dá as cartas de um baralho adulterado. Não tenho nada contra os homens, isso não é novidade, nem contra os heterossexuais. Muitos amigos meus estão revoltados como se fossem gays, tamanha a empatia com nota tão desafinada na sinfonia da diversidade.

Será muito triste um dia vermos uma marcha atravessando a Paulista capitaneada por Jair Bolsonaro e Silas Malafaya ao lado do cardinalato católico, seguidos por grupos neonazistas encapuzados portando lâmpadas fluorescentes como seu símbolo, como um bando de clones de Darth Vader do lado mais obscuro da Força. Finalizando o evento na Praça da República, hinos e ufanismos serão mesclados a trechos bíblicos deturpados em uma cerimônia onde serão queimadas cruzes pelos membros da Ku Klux Klan, convidados especiais, num claro aviso de que a moral foi restabelecida em São Paulo. A moral das pessoas que ainda espancam suas famílias, formam quadrilhas de corrupção, assassinam ex-companheiras, lincham até a morte homossexuais, negros e nordestinos e aprovam leis que não deveriam ter saído do esgoto em que foram concebidas.

Beto Volpe

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O que é o sucesso?

Aos 02 anos o sucesso é andar sozinho.
Aos quatro, não fazer xixi nas calças...
Aos 12 é ter amigos!
Aos 18. ter carteira de motorista.
Aos 20 é fazer sexo...
Aos 35 o sucesso é dinheiro!
Aos 50 o sucesso é dinheiro
Aos sessenta, sucesso é fazer sexo!
Aos 70, sucesso é ter carteira de motorista.
Aos 75, sucesso é ter amigos.
Aos oitenta, sucesso é não fazer xixi nas calças.
E aos noventa, sucesso é conseguir andar!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

I LOVE ANAL !!!


A recente declaração da cantora Sandy à revista Playboy (Playground, segundo o Macaco Simão) de que o sexo anal pode, sim, dar prazer, causou enorme burburinho nas redes sociais e provocou a reação de inúmeras celebridades:

"Não concordo, eu jamais conseguiria ficar um ano sem sexo."
Carla Perez, intelectual

"Se o anal é inevitável, relaxa e goza"
Marta Suplicy, gozada, mas não relaxada

"Estou chocada!"
Paris Hilton, santa

"É melhor dando umas porradas."
Netinho de Paula, mano

"Eu avisei, a culpa é dessa viadagem!"
Jair Bolsonaro, TFdaP

"Onde foi que erramos?"
Chitãozinho e Xororó, pais

"Eu e minha equipe discordamos."
Alfredo Nascimento, ex-Ministro dos Transportes

"Sexo anal não é sexo."
Bill Clinton, ex-Presidente dos EUA

"Ela também adorou Malibu."
Charlie Sheen

Autoria desconhecida (rsrs)