Ufa, até que enfim algo vai ser feito contra essa lavagem cerebral e a prática de estelionato na grade televisiva de nosso país em discursos recheados de ódio e preconceito. Tirando o equívoco do jornalista ao dizer que a Record teria sido fundada por Edir Macedo (Paulo Machado de Carvalho revira até agora em sua sepultura). 
BV
Descrição da imagem: desenho em preto e branco onde um crucifixo aparece na tela de uma TV tendo à sua frente uma pessoa que une suas mãos (talvez em oração, talvez para não ter que dar mais pro pastor) 
Governo sinaliza para o avanço da TV interativa e abre espaço para emissoras cobrarem pela conexão à internet
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO
O governo federal prepara um pacote de medidas para fechar brechas da 
legislação de rádio e TV que permitiram o surgimento de um "mercado 
paralelo" ligado às concessões no país. A Folha teve acesso à última versão da minuta do decreto, que foi batizado pelo setor de "novo marco regulatório da radiodifusão".
Uma das mudanças de maior impacto é a proibição expressa do aluguel de canais e de horários da programação de rádio e TV. A lei atual não proíbe a prática de forma explícita, o que permitiu o 
aumento de programas religiosos e exclusivamente comerciais, principais 
clientes desses horários.
No fim de 2011, a Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário 
R.R. Soares, por exemplo, alugava duas horas e cinco minutos semanais na
 Bandeirantes. Na Rede TV!, o apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder 
de Deus, comprava cerca de dez horas e meia semanais. A rede de 
farmácias Ultrafarma ocupava quatro horas e meia com propagandas. Na TV Gazeta, o Polishop detinha dez horas semanais para anunciar seus produtos.
Os dados são do mais recente levantamento do Intervozes, organização que
 monitora a programação no país. Segundo a entidade, poucas são as 
emissoras que não entraram nesse negócio. Globo e SBT estão entre elas. A Record é um caso isolado porque seu fundador, Edir Macedo, também é o responsável pela Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo o Intervozes, a Record diz não ceder seu espaço a terceiros, mas
 não explica se paga pelos programas religiosos veiculados, uma forma de
 se enquadrar à legislação. Na TV Gazeta, são 26 horas semanais 
destinadas aos cultos da igreja. 
INVERSÃO
O Ministério das Comunicações não quis comentar as mudanças e informou 
que o "novo marco" ainda será colocado em consulta pública. Caso o decreto seja sancionado como está, obrigará as emissoras a 
comprar os programas produzidos por terceiros -ao invés de receber pelo 
aluguel, como hoje. Consultadas, as principais redes não se pronunciaram. Apesar dos avanços, o governo não define os mecanismos que serão criados para fiscalizar a prática de eventuais irregularidades. 
CONTRAPARTIDA
Ao acabar com o "mercado paralelo", o governo cortará uma importante 
fonte de receita, mas, em troca, permitirá que as emissoras prestem 
serviços de dados -atividade restrita às empresas de telecomunicações.
Hoje, as emissoras só podem fazer caixa com a venda de espaço publicitário -que pode ocupar, no máximo, 25% da programação.
Ao permitir a comercialização do serviço de dados, o governo sinaliza 
para a expansão da TV digital no país e do sistema de interatividade que
 conecta a TV à internet. Esse serviço permitirá ao telespectador comprar produtos anunciados 
durante a programação clicando diretamente na TV. É essa conexão que 
poderá ser cobrada.
 
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