Descrição da imagem: família feliz reunida no alpendre
Passeios pela Babilônia paulista, Riprê, cidade de muita riqueza, beleza, mistérios e perigos. E eu sempre me identifiquei mais com os últimos, claro. Desde os tempos do Berro d'Água, creio que o primeiro bar gay da região nos anos setenta, até a boate Dama de Paus, onde há 22 anos conheci o pai de meus bilhões de filhinhos, a maioria já morta por envenenamento. Mistérios e perigos. Foi bom dar a volta na represa de madrugada com minhas primas queridas 'mamando' as beldades, vendo as portas sempre lotadas dos bares, comendo rã e tomando muita, muita cerveja, desde o momento em que pisei esta terra. E mais, um affair, como não rolava há quase três anos, anos estes recheados de desafios que descartaram o amor e o tesão de minha vida. E não é que Papai do Céu me apresenta um miau na flor de seus dezoito anos, na maturidade de quem já enfrenta desafios seus e dos seus, valores éticos que me arrebataram e... E que quis saber um pouco mais sobre o tiozinho que tentava impressionar. E prega o prego, como se diz...
Nessa vibe tive a honra e o prazer de encontrar meu irmão Cláudio Monteiro e um grande e-amigo que se tornou palpável e sensível em todas as emoções possíveis. Anivaldo Padilha e o 'Brasil nunca mais', o manancial que encanta. Para quem quiser saber mais, futuro post neste blog. E fomos à terra das brisas suaves, Votuporanga, a oitenta quilômetros de Rio Preto. Fomos recebidos graciosamente por Lea, a Fashion, e por todo mundo do serviço de saúde local que realizou o Seminário de AIDS e Religiões, um tema controverso nos grandes centos, imaginem em uma região ainda sob forte influência do conservadorismo. Essa deliciosa passagem será detalhada tão pronto eu chegue em casa. Por enquanto, OBRIGADOOO! Foi muito bom tudo, apesar de minha leonina e eterna insatisfação com minhas coisas! Não vejo a hora de pegar a brisa de novo!
Cerveja, churrasco, música sertaneja, cerveja, apito de trem, exercícios físicos, cerveja, comida caseira com sabor de infância, cerveja, comer uma perereca. Neon, mandioca cozida com linguiça apimentada, cerveja, represa by night, adesão total ao coquetel, cerveja, pegar sol ao lado da jabuticabeira, jogar conversa ao vento no alpendre e o fumódromo no pé de maracujá, cerveja, miau das coxas grossas e de fino trato, cerveja, Bar do Arataca em Mirassol e seu copo sujo de delirar!!! E cerveja no copo sujo. Prega o prego, cerveja, jabuticabeira, ioga, cerveja, aterrissagens e decolagens, brisas suaves, cerveja e cerveja. Tudo muito legal, mas nem chega perto dos valores que reencontrei ou abracei de forma definitiva.
Contatos imediatos com primas e primos de todos os graus, tios e tias que marcaram minha vida com o aroma dos casadinhos de goiaba, da caçulinha Arco Íris e das dálias no jardim, ser convidado para ser padrinho de Consagração de meu primo em terceiro grau, reunir quase trinta pessoas queridas num churrascão de família e a sensação de que a vida 'normalizou', ou acalmou e a certeza que a melhor idade chegou. Melhor idade que está mais para estado de espírito onde coisas como quantidade, urgência, culpa não fazem mais sentido algum. Têm sentido os sentimentos e as realizações. Entrega com confiança e recebimento com gratidão. E as raízes que garantem a força para brotar, ainda que na maturidade.
E viva a família!!
Beto Volpe
E viva a família!!
Beto Volpe
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