Pessoal, de novo não tem nada, apenas ganhou nome. E fiquei muito feliz em saber que tem até página no FB, a qual já curti, como estou curtindo demais a idéia de não estar sozinho. Você também curte?
Beto Volpe
Descrição da imagem: close de belo casal gay com um negro de perfil mordiscando o lábio inferior de um branco que, com a mão acariciando o pescoço do parceiro, olha para nós como que dizendo: ficou nervoso? Vai pescar!
Uma
nova tendência sexual cresce e ganha adeptos no Brasil. "Nova"? Bom,
o tema, na verdade, é bem conhecido – mas, só há pouco tempo, foi criado um
termo para identificar essa forma de prazer...
por Marcos Piovesan
A “nova” tendência
sexual é, na verdade, o sexo sem penetração! Acreditem os
leitores ou não, é cada vez mais comum encontrar gays que querem ter prazer
entre si – mas que não envolva o bom e velho sexo anal.
Saindo à francesa
A
nomenclatura gouinage veio da França, e a
palavra, na realidade, não tem uma tradução exata: na origem, está mais
diretamente ligada ao sexo lésbico, já que, como dissemos, refere-se ao ato de
transar sem penetração (como parte das meninas homossexuais fazem).
Entendam
os leitores, entretanto, que o gouinage hoje não está
relacionado somente ao sexo entre mulheres, mas a qualquer tipo de relação sem
penetração.
Esses
“tipos” incluem, obviamente, o sexo oral, mas também todas as formas das
chamadas preliminares, que, justamente por não haver nada entrando em nada, têm
aqui um papel muito mais importante do que na transa, digamos, mais
tradicional.
Chama
a atenção, porém, que, mesmo assim, o termo ainda seja desconhecido de muitos
gays. “Nossa, é isso que é gouinage? Olha, já faço isso
há tanto tempo e não sabia que só agora deram um nome”, surpreende-se Carlos,
35 anos, de Florianópolis/SC. O mesmo espanto foi detectado em outros entrevistados
para esta reportagem: não pela novidade em si, mas por já o praticarem, e
somente agora ter sido rotulado...
Verdade
seja dita, o próprio leitor já deve estar refletindo e se dando conta que, em
algum momento de sua vida sexual, já fez gouinage: aquelas
experiências em que beijos, abraços e masturbação mútua faziam com que
chegássemos ao orgasmo, dispensando o sexo anal em si.
Ser gouine ou
não ser?
As
justificativas para dispensar a penetração, inclusive, variam entre os
praticantes. Para Pedro, 19 anos, de Maringá/PR, a questão é de liberdade:
“Sinto uma grande liberdade sexual, sem pressões, através do gouinage”.
“É
um sexo completo”, afirma Rômulo, 24 anos, de São Paulo/SP. “Por mais que as
pessoas não acreditem nisso... Seu parceiro faz carícias em você e você nele: a
função de ambos é dar prazer da mesma forma um ao outro”. O assunto, porém,
ainda é recente no Brasil.
Somente
agora, há pessoas se organizando em comunidades para discutir o gouinage – e parece que o
interesse pela prática aumentou quando saiu uma reportagem na revista francesa Pref
Mag,
com o título “Ser gouine ou não ser”?
No
texto da revista francesa, há algumas controvérsias. Para eles, a prática do gouinage pode estar
diretamente ligada ao “sexo tântrico”. Na realidade, seriam ensinadas técnicas
para que você possa aumentar o prazer sexual sem o toque de outra pessoa.
No
entanto, no gouinage, é indispensável que
haja o contato sexual com seu parceiro. Não se resume tudo às preliminares, no
sentido estrito do termo, como muitos devem pensar. O lance é chegar ao orgasmo
da mesma forma, só que sem a penetração.
Um
efeito “colateral” interessante da técnica é que, por isso mesmo, não existe a
classificação de ativo, passivo ou versátil. “Descobri que gostava disso há
pouco tempo, por saber que não há essa rotulação”, diz Luciano, 42 anos, de
Curitiba/PR. “Já cheguei a me envolver, em baladas, com homens com quem trocava
carinhos e, na hora do vamos ver, descobríamos que gostávamos do mesmo em se
tratando de sexo anal... Então, optei, algumas vezes, por continuar curtindo a
pessoa assim mesmo e tendo prazer da mesma forma”.
Polêmicas
Nem
tudo, porém, são flores. Há quem considere o gouinage uma forma de negar o
sexo gay. Para esses, contato sexual pressupõe penetração.
Daniel,
20 anos, de Salvador/BA, revolta-se: “Não gosto nem de penetrar e muito menos
ser penetrado. Acho desconfortável, dolorido e anti-higiênico”.
Do
ponto de vista médico, o gouinage pode ter lá suas
vantagens. Dependendo do caso, as pessoas podem estar menos propensas a
contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e até mesmo se livrar do
desconforto da chuca (lavagem intestinal) ou das microfissuras que, por vezes,
se formam durante o ato. “Já tive até hemorragia por causa de caras que penetram
com força...”, conta Jader, 32 anos, de Fortaleza/CE.
Novos
adeptos?
Os
praticantes do gouinage reclamam que, por
ainda faltar informação, é difícil achar parceiros que curtam o mesmo. “Tenho
dificuldade em encontrar alguém que curta gouinage, principalmente
aqui, em Fortaleza”, relata Jader.
Ele
não é o único a desabafar. “Apesar das comunidades que vemos na internet, ainda
é muito difícil se relacionar com algum homem que goste de sexo sem
penetração”, confirma Felipe, 35 anos, de Niterói/RJ.
Em
uma pesquisa nas redes sociais, encontramos comunidades relacionadas ao assunto
e que até promovem o encontro entre pessoas que curtem sexo sem penetração. No orkut, há uma com mais de
250 membros, que diz: “O gouinage é uma prática livre,
que não tem códigos nem restrições (...). Chega de rótulos!! Todos temos
liberdade de prazer, sem distinção e sem preferência!”. NoFacebook, há uma página sobre
o assunto.
Quem
sabe, num futuro próximo, torne-se mais fácil encontrar gays que não tenham
vergonha de assumir o fato de não gostarem de sexo anal... Se esse for o seu
caso, pode ser o momento de sair do armário!
Seu blog é maravilhoso!
ResponderExcluirAgradeço a sua tão nobre tentativa de tornar a nossa dor mais suportavel.Fico lendo e relendo esse blog, as vezes me traz paz outras não.
Descobri a 40 dias a minha ”soropositividade”, comecei as minhas pesquisas e vejo pessoas dizendo que o soropositivo tem a mesma qualidade de vida de um soronegativo, isso é ouro de tolo como diria Raul Seixas, pois uma vez que somos soropositivos não podemos transar sem camisinha, não podemos beber, estamos mais vulneraveis a desenvolver diabetes, colesterol,lipodistrofia e tantas outras doenças, não podemos nos relacionar afetivamente de cara limpa, pois se conhecermos alguem soronegativo essa pessoa não vai querer continuar o relacionamento quando ficar sabendo, se relacionar com alguem que tambem tenha o virus é algo raro, considerando que apenas uma pequena parte da população possui o virus. Eu por exemplo sou homossexual e não conheço nenhum que tenha o virus.
Gostaria de entrar aqui neste blog e dizer que estou bem, que a vida continua da mesma forma, que sou forte, que o virus não é nada, mas a verdade é que meu coração sangra toda vez que penso no assunto.Eu era feliz e não sabia, mas foi por ”amor ” isso em partes me salva da culpa.
Comprei varios livros sobre poesia, amor e vida, estou lendo muito e isso esta me fazendo bem.
O fato é que a anos os cientistas divulgam possibilidades de cura, mas na pratica nada acontece.
A minha infectologista não se mostrou interessada em me esclarecer muitas coisas, portanto eu gostaria de saber informações sobre uma possivel cura por ESTERILIZAÇÃO e sobre uma medicação chamada CYTOLIN,se alguem souber me repasse informações, pois tudo que mais preciso nesse momentos é ESPERANÇAS.
RICARDO.
Amor, obrigado pela força e consideração pelo blog, são fruto de uma alma que já fez todos esses questionamentos que você está se fazendo agora. Achei que teria dificuldades de saúde mais sérias do que sem HIV e, de repente, me toquei que muitos amigos e amigas estão com situações de saúde muito mais sérias, pois a tranquilidade muitas vezes gera acomodação e, no nosso caso, a morte ao lado nos impulsiona a aperfeiçoar nossas práticas. Ao menos deveria. E, acho que é o principal que vc traz, a questão de namoro entre pessoas de sorologias diferentes, rsrs... Você irá se surpreender com o quão diferente é a realidade existente da nossa louca e vã imaginação. Eu mesmo já namorei alguns caras, modestamente gatérrimos, que não tinham HIV, sabiam de mim, nos cuidávamos e nada de mais. E, finalmente com relação à cura, ela não existe (tirando um caso excêntrico ocorrido na Alemanha). Mas acredito ser questão de pouco tempo, as tecnologias do século 21 estão trazendo de volta um panorama bem otimista. E o Cytolin, eu o desconhecia, achei bárbaro. Tá no http://cienciaxhiv.blogspot.com.br/2012/01/cytolin.html Beijão, tamos aí...
ResponderExcluir