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Sou muito humorado. Se bem ou mal, depende da situação...

Em 1989 o HIV invadiu meu organismo e decretou minha morte em vida. Desde então, na minha recusa em morrer antes da hora, muito aconteceu. Abuso de drogas e consequentes caminhadas à beira do abismo, perda de muitos amigos e amigas, tratamentos experimentais e o rótulo de paciente terminal aos 35 quilos de idade. Ao mesmo tempo surgiu o Santo Graal, um coquetel de medicamentos que me mantém até hoje em condições de matar um leão e um tigre por dia, de dar suporte a meus pais que se tornaram idosos nesse tempo todo e de tentar contribuir com a luta contra essa epidemia que está sob controle.



Sob controle do vírus, naturalmente.



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Beto Volpe



sábado, 14 de janeiro de 2012

Campanha antiaçúcar em Nova York adota estratégia de cigarros


Homem sentado, perna amputada, muletas encostadas na parede. Em primeiríssimo plano três copos plásticos em tamanhos crescentes da esquerda para a direita evidenciando o aumento progressivo de sua capacidade.

A Prefeitura de Nova York retomou sua campanha antiobesidade e colou cartazes no metrô que exibem um diabético com a perna amputada pelo consumo excessivo de refrigerantes. A estratégia de usar fotos impactantes para conscientizar a população sobre hábitos prejudiciais à saúde segue a mesma linha da dos cigarros. A iniciativa já havia sido adotada antes, mas a imagem era outra --consumidores levavam à boca porções de gordura.

A campanha atual traz ainda uma frase: "Corte suas porções, corte seu risco". A Associação Americana de Bebidas se manifestou contra por considerar que a imagem imprecisa que não retrata o impacto dos refrigerantes à saúde.

Nos EUA, o tamanho das embalagens de bebidas duplicou nas últimas cinco décadas. A porção de batatas fritas também aumentou, dobrando no mesmo período, e cerca de 57% dos novaiorquinos estão acima do peso ou são obesos, informou o setor de saúde da prefeitura. Desses, 10% afirmaram que tiveram diabetes tipo 2.

Segundo a professora Marion Nestle, do departamento de Saúde Pública da Universidade Nova York, o tamanho das porções conta muito na maneira como as pessoas comem. A prefeitura também intensificou o combate ao problema da obesidade exigindo que as redes de restaurantes indiquem as calorias para cada item do cardápio. A meta é levar as pessoas a refletir sobre o quanto estão comendo.

Fonte: Folha.com

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