Parabéns a todo mundo que se indignou e protestou contra esse absurdo.
Beto Volpe
A Rede Globo resolveu responder à repercussão negativa dos comentários preconceituosos e mal informados de integrantes do Big Brother Brasil sobre a Aids. Na última semana, Ângela, 26, participante da atual edição, sugeriu o extermínio de pessoas vivendo com o HIV como maneira de "solucionar" a questão. "Vamos matar] todo mundo (...) o que mais irrita é saber que a Aids existe porque teve um idiota que foi transar com um macaco", argumentou a advogada.
Um outro integrante do programa, Cássio, 22, disse que se o dinheiro usado em remédios hoje fosse usado três vezes mais por um período de 40 anos, a doença seria erradicada. O jovem também afirmou que a maioria dos infectados não passa dos 40 anos. “Quem já tem aids, geralmente não dura mais de 40 anos, eles falecem e a aids acaba”, declarou o participante gaúcho.
Um outro integrante do programa, Cássio, 22, disse que se o dinheiro usado em remédios hoje fosse usado três vezes mais por um período de 40 anos, a doença seria erradicada. O jovem também afirmou que a maioria dos infectados não passa dos 40 anos. “Quem já tem aids, geralmente não dura mais de 40 anos, eles falecem e a aids acaba”, declarou o participante gaúcho.
Nesta quinta-feira, 20, a infectologista Dr. Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, centro de referência brasileiro em termos de DST, visitou a casa para tratar de doenças sexualmente transmissíveis e, principalmente, sobre HIV.
Confira abaixo a nota do DDAHV, que lamentou profundamente a forma preconceituosa com a qual a aids foi tratada na atração global.
COMUNICADO
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais lamenta a forma preconceituosa e desinformada como a aids foi tratada pelos participantes do Programa BBB 14, da Rede Globo. O Brasil, que tem um compromisso histórico na luta contra a aids pautado no direito ao acesso universal aos serviços de saúde e nos direitos humanos, não pode tolerar o ataque às pessoas vivendo com HIV.
Estima-se que cerca de 718 mil pessoas em todo país vivam com HIV, sendo elas de todas as classes sociais, da maioria das cidades e comunidades do país, e brasileiros, que como todos os portadores de doenças no país, têm direito constitucional e legal a serviços públicos de qualidade para a melhoria de sua condição de vida e saúde.
Há hoje conhecimento científico suficiente para entender o HIV como uma doença transmissível e controlável. O Brasil tem um serviço de ponta em prevenção e tratamento, organizado para e com a participação das pessoas vivendo com HIV, que têm sido parte fundamental dos atores-chave para o controle da disseminação da epidemia no país.
Solicitamos ainda que a questão da prevenção da aids seja colocada em pauta pela produção do programa de uma forma adequada para que possa prestar um serviço de utilidade pública, não só para os telespectadores, como também para os próprios participantes. Dessa forma, lamentamos o episódio que foi ao ar no dia 14 de março, ao tempo em que nos colocamo à disposição para ajudar no esclarecimento das dúvidas que possam surgir sobre o tema.
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