Pessoal, mais um retrocesso na luta contra a AIDS é perpetrado pelo Ministério da Saúde. Alem da redução significativa dos recursos para a campanha de carnaval deste ano, que resultaram em duas peças publicitárias para TV, apenas a versão heterossexual irá ao ar. A propaganda dirigida ao público gay simplesmente foi vetada e será passada em locais selecionados. Parece, mesmo, que se depender da subserviência do atual governo às forças religiosas fundamentalistas estaremos condenados aos guetos e à desinformação.
Abaixo, manifestação do deputado federal Jean Wyllys
Beto Volpe.
Descrição da imagem: busto de homem trajando terno com a boca coberta por mordaça nas cores do arco íris.
No final do ano legislativo de 2011, ao receber notícia de que os recursos destinados à campanha do Ministério da Saúde para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids teriam sido significativamente reduzidos, imediatamente contatei o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, solicitando esclarecimentos sobre as informações veiculadas na grande mídia, acompanhadas do detalhamento do orçamento do Ministério para políticas de prevenção às DST/Aids.
Apesar de meus esforços para conseguir uma audiência com o ministro, através de ofícios enviados ao seu gabinete, bem como mensagens trocadas de nossos perfis pessoais no Twitter, não fui recebido para ouvir os esclarecimentos solicitados. O ministro apenas destacou um assessor para falar comigo por telefone.
Não bastasse estas preocupantes informações – que foram negadas através de ligação feita pelo assessor do Ministério da Saúde – o ministro Padilha determinou hoje, ao Programa de DSTS/AIDS que retirasse, da página do Ministério na internet, o vídeo institucional com imagens de dois rapazes trocando carícias em uma boate. O filme, que seria exibido com parte da campanha de Carnaval de prevenção à AIDS em TV e na internet, agora passará a ser exibido apenas em espaços fechados frequentados por homossexuais, segundo denúncia feita pela imprensa.
Ora, se verdadeira a denúncia (e eu aguardo explicações por parte do Ministro; informações que solicitarei mais uma vez, por meio de requerimento de informação, previsto na Constituição Federal), trata-se de um nocivo equívoco, já que o próprio Ministério divulgou dados epidemiológicos apontando aumento da incidência de DSTs/AIDS em jovens homossexuais masculinos. O vídeo não deve estar restrito aos guetos gays, como propôs o Ministério, afinal, nós, LGBTs, não estamos restritos a guetos. Queira o ministro Padilha ou não, nós somos parte da sociedade: frequentamos as padarias, os postos de saúde, as academias, os bancos e os mesmos restaurantes em que os cidadãos e cidadãs heterossexuais freqüentam. E assistimos à mesma tevê aberta!
Não serei cúmplice dessa hipocrisia e homofobia mascarada. Cumprindo meu papel não somente de cidadão brasileiro homossexual e deputado federal que defende as causas, entre outras, de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (LGBT), mas, principalmente de fiscal do executivo, vou solicitar informações ao Ministério sobre a denúncia e expedir requerimento de informação sobre a Campanha de DST/AIDS ao ministro para saber a razão da suspensão de peça tão crucial para a saúde da juventude LGBT, justamente por ser ela o grupo vítima preferencial da epidemia de AIDS no momento. E o ministro terá de me responder, por ser sua obrigação prestar esclarecimento ao Legislativo sobre as políticas conduzidas pelo Executivo.
É uma verginha , e um problema de saude que eses caras metem o bedelho só pra prejudicar
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