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Sou muito humorado. Se bem ou mal, depende da situação...

Em 1989 o HIV invadiu meu organismo e decretou minha morte em vida. Desde então, na minha recusa em morrer antes da hora, muito aconteceu. Abuso de drogas e consequentes caminhadas à beira do abismo, perda de muitos amigos e amigas, tratamentos experimentais e o rótulo de paciente terminal aos 35 quilos de idade. Ao mesmo tempo surgiu o Santo Graal, um coquetel de medicamentos que me mantém até hoje em condições de matar um leão e um tigre por dia, de dar suporte a meus pais que se tornaram idosos nesse tempo todo e de tentar contribuir com a luta contra essa epidemia que está sob controle.



Sob controle do vírus, naturalmente.



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Beto Volpe



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Adolescente transexual se suicida nos EUA e deixa carta: "Consertem a sociedade"

Pessoal, é com muito pesar que compartilho mais essa tragédia.
Beto Volpe



Leelah Alcorn foi atropelada e escreveu em sua carta suicida que o alívio que sentiu ao descobrir o que era transexualidade acabou quando sua mãe a censurou: "Deus não comete erros"

Bem cedinho na manhã de domingo (4), Leelah Alcorn andou seis quilêmtros de sua casa, em Ohio, até a estrada interestadual 71, onde se jogou na frente de um caminhão e morreu atropelada. O que de início pareceu um trágico acidente se revelou suicídio quando uma carta da adolescente transexual foi encontrada em sua conta no Tumblr.
Aos 17 anos, Leelah dizia: "Por favor, não fique triste, vai ser melhor. A vida que eu teria vivido não vale a pena viver... Porque eu sou transexual." Ela, que nasceu Joshua Alcorn em uma família cristã conservadora, continua a carta suicida dizendo que dos 4 aos 14 anos se sentiu uma menina presa no corpo de um menino. Aos 14, quando entendeu o conceito de transexualidade, sentiu um alívio incrível, por ver que existia, sim, um lugar para ela no mundo.
Porém, quando ela contou isso aos pais, a mãe reagiu negativamente. "Ela disse que era uma fase, que eu nunca seria verdadeiramente uma menina, que Deus não comete erros e que eu estava errada".
Leelah conta que seus pais a tiraram da escola e a proibiram de usar mídias sociais. Totalmente isolada, ela teve uma depressão profunda."Se você está lendo isso", ela pediu. "Por favor, não diga isso para os seus filhos. Mesmo se você for cristão ou contra pessoas trans, nunca diga isso que para alguém, especialmente seu filho. Não vai levar a nada, a não ser fazê-los odiar seus pais. Foi exatamente o que aconteceu comigo."
Em outro trecho da carta, ela afirma: "Nunca vou ser feliz com minha aparência ou minha voz. Nunca vou ter amigos suficientes. Nunca vou ter amor suficiente para me satisfazer. Nunca vou encontrar um homem que me ama."
HOMEM SOLITÁRIO OU MULHER QUE SE ODEIA
Ela segue sua carta antecipando um futuro terrível para si mesma, da maneira que fosse. "Vou viver o resto da minha vida como um homem solitário, que deseja que fosse uma mulher, ou como uma mulher mais solitária ainda, que se odeia. Não há como vencer. É uma rua sem saída."
Ela decide se matar e faz um pedido: que sua morte não seja em vão. "Só vou descansar em paz se um dia as pessoas transexuais não forem tratadas da maneira que eu fui. Eles merecem ser tratados como seres humanos, com sentimentos válidos e direitos humanos", escreveu ela.
Mais do que para as famílias, ela deixou um pedido voltado para as escolas também. "A questão de gênero tem de ser ensinado nas escolas, quanto mais cedo melhor. Minha morte deve significar alguma coisa. Minha morte precisa ser somada ao número de pessoas transexuais que cometerem suicídio este ano. Eu quero alguém para olhar para esse número ... e corrigi-lo. Consertem a sociedade.Por favor."
Os colegas da Kings High School fizeram uma vigília que reuniu mais de 300 pessoas e a carta provocou uma grande movimentação on-line. Agora é tarde. Porém, dois meses antes de morrer, Leelah escreveu um pedido de ajuda em um fórum do site Reddit: "Por favor me ajudem. Não sei o que fazer. Não sou agredida fisicamente, mas sinto que sofro outro tipo de abuso, verbal ou mental. Não vou suportar isso por muito mais tempo."
Fonte: iGay

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