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Sou muito humorado. Se bem ou mal, depende da situação...

Em 1989 o HIV invadiu meu organismo e decretou minha morte em vida. Desde então, na minha recusa em morrer antes da hora, muito aconteceu. Abuso de drogas e consequentes caminhadas à beira do abismo, perda de muitos amigos e amigas, tratamentos experimentais e o rótulo de paciente terminal aos 35 quilos de idade. Ao mesmo tempo surgiu o Santo Graal, um coquetel de medicamentos que me mantém até hoje em condições de matar um leão e um tigre por dia, de dar suporte a meus pais que se tornaram idosos nesse tempo todo e de tentar contribuir com a luta contra essa epidemia que está sob controle.



Sob controle do vírus, naturalmente.



Aproveite o blog!!!



Beto Volpe



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Chupa !!!

Olha, eu juro que não ia postar nada a respeito da indiscutível, exuberante, maravilhosa, acachapante e merecida vitória do Santos Futebol Clube, ao conquistar a Copa Libertadores da América pela terceira vez. Muito menos pretendia tirar qualquer tipo de sarro dos cidadãos da 'nação', afinal tenho vários amigos corintianos que estão bastante chateados com o resultado do torneio. Mas essa capa de um jornal popular de São Paulo foi irresistível, desculpem-me, rsrsrs...

Beijos, do cume do Aconcágua.

Beto

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Parece que foi ontem...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sangue cidadão !

Descrição da imagem: bolsa de transfusão cheia de sangue aparentemente cor de arco íris, mas na verdade é como todos os outros, uma vez que goteja sangue vermelho, em forma de coração.
Fonte: entregay.blogspot.com


A orientação sexual do indivíduo sempre foi objeto de inflamadas discussões, rompimento de relações e atos discriminatórios, por muitas vezes repletos ódio e sangue. A intolerância está presente nas famílias, nas religiões, escolas... Em todas as áreas da sociedade são encontrados artifícios para mascarar esse preconceito, mas em uma delas ele continuava institucionalizado, a área da Saúde. Em franca oposição às políticas públicas de prevenção à infecção pelo vírus HIV o sangue de rapazes que amam rapazes era um sangue de risco, em analogia ao extinto conceito de grupo de risco, onde toda uma população é estigmatizada sem levar em consideração as variantes sociais, psicológicas e outras que formam cada pessoa.

A ANVISA, órgão responsável pela regulamentação do setor de sangue e hemoderivados, sempre considerou que a orientação sexual fosse fator excludente na anaminese do pretenso doador. Pretenso e tenso, pois não deve ser nada agradável uma pessoa ir a um banco de sangue disposta a rpraticar uma atitude cidadã e lá descobrir que não é cidadão, e que por não ser cidadão não pode praticar atitude cidadã. Credo, alguém me evoque Kafka, por Deus! Enfim, nesse processo kafkaniano muitas foram as discussões e manifestações da sociedade cifvil organizada, especialmente do movimento LGBTT, para a derrubada de tal normativa. E nada, o Ministério da Saúde, gestão após gestão, orientação partidária após orientação partidária (essa, sempre pode) insistiu em sua tese e milhares de gays continaram alijados daquilo que mais se aproxima de um parto: a doação de parte de si mesmo para o benefício de outrém.

Finalmente nesta terça feira o Diário Oficial da União publicou portaria declarando que a orientação sexual não consiste em um risco em se e que, portanto, não deve ser considerada como critério de exclusão da candidatura a doador de sangue. Pensar em milhões de pessoas sendo beneficiadas por essa medida arrepia o coração de tanta emoção e nos faz sentir mais cidadãos ainda. Por mais que a intolerância resista e até recrudesça em algumas áreas, o reconhecimento da diversidade sexual como característica da raça humana também vem avançando. Recentemente nossa união foi reconhecida, esta semana fomos autorizados a doar parte de nós para o bem alheio... Quem sabe, nesse cenário aquariano, o PL 122 passe no Congresso Nacional e o ódio por orientação sexual passe a ser crime.

Desejos de uns, pesadelos de outros. Já imaginaram se em seus devaneios o Bolsa  recebe o sangue de um homossexual e vira Pochette? Ui, que peligro!

Celebremos mais uma vitória!
Parabéns pela perseverança, sociedade organizada .

Beto Volpe

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Legalize it !!!


Descrição da magem: folha de maconha, mezzo verde em fundo preto, mezzo preta em fundo verde.

Mais uma vez, e de forma unânime, o Supremo Tribunal Federal reafirma que vivemos em um estado de Direito. Poucos dias após reconhecer que o conceito de família mudou e que pessoas do mesmo sexo têm o direito de se relacionar afetivamente aos olhos da Lei, foi garantido o direito de realizar a Marcha da Maconha, onde e quando quer que seja em território pátrio. A unanimidade está expressa nas argumentações dos Exmos. Ministros: liberdade de reunião e de expressão, mesmo que conflitem com os interesses majoritários. E olhe que nteresses não faltam na malfadada 'guerra às drogas', uma guerra de mentirinha onde bandido e mocinho jogam do mesmo lado e quem perde é a comunidade.

Drogas sempre fizeram parte de todas as sociedades que se conhece, desde a Antiguidade.até os dias atuais, do oriente ao ocidente, do mais desenvolvido ao mais miserável país do planeta. Os Estados Unidos deveriam se lembrar de experiências anteriores onde o proibicionismo e a guerra às drogas não deram certo. Al Capone e Chicago são referências em formação de quadrilha na primeira metade do século passado, onde sua grande fonte de renda era o comércio ilegal de bebidas e armas durante a Lei Seca. Ops, parece o mesmo esquema.... Bem, talvez os americanos tenham lembrado, sim, e por isso mesmo repetem a estratégia ao 'convencer' o mundo de que a guerra sempre é a solução. Não tem jeito, no dia que chocolate for considerado nocivo e ilegal, só perto de minha casa irão abrir várias bocas de Suflair, Sonho de Valsa e Talento. E em algumas bocas vai ter do bom, Hershey's e Kopenhagen, do branco e do marrom.

A organização que gira em torno do tráfico de drogas e de influência é uma das mais lucrativas do mundo, onde cada elo depende vitalmente do outro. Qualquer vacilo pode quebrar a corrente toda. O avião precisa do patrão e o patrão precisa do suporte de alguém na segurança pública. Esse alguém, claro, não fica descoberto perante a Lei, tem sua gente nos três poderes constituídos: executivo, legislativo e judiciário, do Oiapoque ao Chuí. Empresários igualmente mal intencionados fazem a lavagem do dinheiro que rola solto e todos saem felizes dessa história. Menos toda a população, não só a de usuários de drogas.

Estes têm que se arriscar, precisam por muitas vezes frequentar ambientes que não fazem parte de sua compreensão social, pois que é uma contravenção e feita às escondidas. Quantos becos e diques já frequentei em minha vida para comprar algo que, além de me dar uma sensação muito gostosa e abrir o chacra da criatividade, foi decisivo em duas situações de minha vida para que eu esteja aqui, ainda. Uma vez em 1996, época em que fui rotulado de paciente terminal, quando o próprio médico que me acompanhava disse a minha mãe:

- Nós já fizemos todo o possível para que seu filho melhore. Ou a senhora aceita o cigarro de maconha dele, que é a única coisa que abre seu apetite e, especialmente, mantém a comida no estômago... Ou eu temo pelo pior.

A outra foi em 2003, durante a quimioterapia que fiz para meu primeiro tumor. Quimio muito forte, pois o tumor também o era: medula, pescoço, pulmão, fígado, baço, retroperitônio e virilha. Uma constelação de nódulos, uma supernova de tratamento. E uma vez mais a maconha permitiu uma alimentação mais de acordo com as necessidades e, mesmo assim, perdi mais de 20 quilos no processo. Se eu não tivesse feito essa abençoada fitoterapia, recomendada por quase todos os anestesistas, infectologistas, oncologistas, hematologistas e outros especialistas que conheço, será que eu estaria aqui? Não esquecendo, também, que tomo medicamentos muito fortes há muitos anos, de forma ininterrupta. Ao invés de fazer mais um tratamento para o aparelho digestivo, não posso usar uma erva? Faz de conta que é chá de erva cidreira. Só que a gente fuma, ao invés de beber. Ah, é poque dá prazer, é? Prazer, crime e pecado, que lógica horrorosa.

Bill Cinton, Jimmy Carter, FHC, Drauzio Varela.... E mais um monte de gente de prestígio internacional, estão todos empenhados em mudar essa guerra. Da mesma forma que Obama recentemente aboliu a 'guerra ao terror' por considerá-la, além de ineficaz, mais nociva que o próprio terror, temos que mudar nossa relação com as drogas. Mas, acima de tudo, tem toda essa gente que há anos sai em marcha pelas ruas do mundo todo, inclsive no Brasil, dizendo que está na hora dessa gente esverdeada mostrar seu valor. Não se trata de aumento na arrecadação de impostos, muito menos de pregar a legalização e uso indiscriminado de drogas. Trata-se de trazer a discussão e as políticas públicas para as áreas da saúde e do serviço social e com isso desferir um sério golpe na tal organização que sabe que proibir é lucrar.

E que é proibido proibir.

Obrigado, precursores!
Legalize it!

Beto Volpe

domingo, 12 de junho de 2011

Minha vingança sará malígrina !!!

Assuncêis.... qui tão tudo agarradinhu nesse friozim qui parece u beijo da morte.... assuncêis que tá dando beijinhu i dizênu eu ti amu toda hora.... assuncêis qui vivi botandu us casar feliz nas propaganda da tevê...

Eu vou lhis pinchá uma mardição: dia 13 de agosto, Dia Internacionar dus Sortêru...


É u dia daqueles qui faiz u qui qué da vida.... é u dia di vuá pra ondi quisé i vortá quandu quisé sem te que pidí, cunvidá i nem levá a sogra. É u dia qui nóis chupa sangue dus mininu i das minina.


MINHA VNGANÇA SARÁ MALÍGRINA!!!


Beto Carneiro, solteiro brasileiro...

Cusp...

F***-se !!!

Eu não lembro de ter visto essa matéria no CQC com a Caipiroska das perna de parmito, que ainda mantém a linha durante as entrevistas ao contrário de alguns de seus colegas de programa. Hay que endurecer, pero sin perder la ternura, jamás!


A propótito, o 'foda-se' do final também foi para nós.


Beto Volpe



quarta-feira, 8 de junho de 2011

O amor... é um passo pruma armadilha.

Descrição da imagem: desenho de um cara castanho e uma garota loira, abraçados e nus, envoltos por um mar de coraçõezinhos vermelhos com uma quase irritante cara de paixão.



O amor é como um raio galopando em desafio,

corre fendas, cobre vales, rebolta as águas dos rios.

Quem tentar seguir seu rastro se perderá no caminho,

na pureza de um limão ou na solidão do espinho."

Faltando um Pedaço, Djavan


Vinícius de Moraes disse, certa vez, que o amor deve ser infinito enquanto durar. E com toda propriedade, afinal ninguém pensa no final da relação quando se está apaixonado ou mesmo amando loucamente outra pessoa. Como em um bom e tradicional conto de fadas, envelheceremos juntos, lindos e seremos felizes para sempre e aí se estabelece uma das maiores, se não a maior, situação de vulnerabilidade à infecção pelo vírus HIV e outras DSTs: a confiança. Ela aparece sem fazer alarde, mistura-se às emoções e fluidos até que, entre uma gota de suor e outra alguém sussura: "Vamos tirar a camisinha só um pouquinho? A gente se ama tanto..." E o amor fica a um passo de uma armadilha, como diz Djavan na letra da mesma música, uma das mais profundas expressões do amor que já tive o prazer de escutar e entoar ao banho e nos videokês da vida. Uma armadilha evitável, pois a Vida sempre nos ensina que quanto maior o prazer, maior o risco envolvido.


Mas como manter a mente esperta se o coração está tranquilo? A zona de conforto por nós criada em uma relação de confiança é bem questionável se formos considerar que somos feitos de emoções e desejos, muito mais do que de razão e ponderação. Quem assistiu ao filme 'Atração Fatal' dos idos dos '80 lembra que Michael Douglas era um bem sucedido advogado que tinha uma senhora casa nos subúrbios, casado com um espetáculo de mulher, pai de uma linda garotinha que tinha um coelhinho branquinho que acabou na panela com pelo e tudo... E nada disso o impediu de corresponder ao olhar de Glenn Close em um encontro casual numa tarde chuvosa e só foi racionalizar a situação quando estava se levantando da cama dela. Em outras palavras, se a aliança no anelar não proteje nem as nossas testas, o que dirá de um sistema imunológico?


Não tem jeito, quando estamos amando procuramos remover todo e qualquer obstáculo que se interponha entre nós, pombinhos. A gente briga com a família, xinga a mãe, termina amizades e muito, muito antes disso já foi removido o obstáculo físico, a camisinha. Mesmo quando o casal se percebe vulnerável depois do casamento muitas vezes é feita a seguinte relação de custo X benefício: "Se você sair com alguem lá fora, use camisinha. Não traga doença pra casa.". Como se Michael Douglas, ou qualquer pessoa, tivesse sua atenção voltada para a razão, ele era somente desejo. Uma piadinha que gosto muito de contar é a de que Deus, no momento da criação do homem, lhe diz:


-Tenho uma boa e uma má notícia para ti, ó, homem!
- Dai-me a boa, Senhor!

- Terás duas cabeças!!

- Uau, que arraso, Senhor... E qual é a ruim?

- Só haverá sangue para uma de cada vez.


É, Djavan, você tem toda razão quando diz que o amor é um grande raio. E que quem tentar seguir seu rastro pode se perder no caminho. Não foi diferente comigo. Em 1989, após quase toda uma vida de sacanagens e prazeres, fiz o exame e nada constava. Logo após um grande amor que durou apenas alguns meses eu já não fazia minha trajetória sozinho, hospedava uma espécie que não me abandonou até hoje. E eu até hoje nem lembro de quem partiu a proposta de tirar a camisinha. Pudera, eu não estava pensando, estava sentindo. O sangue estava suprindo somente uma cabeça.


Um feliz e seguro Dia dos Namordos e das Namoradas para todo mundo!


Beto Volpe

Valores morais do século 21

Quino, desde minha infância, me ensinou a ser contestador e inconveniente. Suas tirinhas de Mafalda eram aguardadas com ansiedade. E agora nos brinda com essa reflexão sobre os valores morais do século 21.

Beto Volpe

Descrição da imagem acima: pai apontando para o filho nenê um carro e orientando: Pernas!Pai apontando um computador para o filho nenê orientando: Cérebro!

Pai apontando um celular, orientando: Contato humano!

Apontando para a TV com progamação escrota e orientando: Cultura!

Mostrando uma lata de lixo cheia de nojeiras e com moscas voando e a orientação: Ideais, Moral, Honestidade!Apontando para o reflexo do nenê ao espelho: O próximo a quem amar.

Apontando para uma cédula de cem dólares: Deus!

Por fim, abraçando o filho e com cara de quem sabe que tudo acima é profundamente questionável, reflete: É importante que desde pequeno aprenda como é tudo!

domingo, 5 de junho de 2011

Nossas tecnologias !

Amigas e amigos, apresento a mais nova ferramenta para trabalho em rede adequada para os padrões de produção de nossa terra:



E para acessar essa maravilhosa ferramenta, não deixe de testar o modelo totalmente produzido na Zona Franca do Meretrício: