tag:blogger.com,1999:blog-61740490130399728942023-11-16T08:52:25.722-03:00Carga ViralA missao deste Blog é comentar de forma humorada (se bem ou mal, depende da situação) a resposta brasileira à epidemia de AIDS, especialmente da sociedade civil organizada.Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.comBlogger325125truetag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-58962818560177487852020-04-10T18:12:00.001-03:002020-04-10T18:14:10.703-03:00A perigosa armadilha dos grupos de risco<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKMnDZV0121juEP4KomT9E0d6kAyLuBfXiESg6Ez_o6NVq2mLZPvtOqYRwjChKDgOAZu00QItVDH6do9YyntMqLzasgKDFckkgilL_zgdlofdo66I_OTG8V5h8nxsp8Rljfn8jtXBLVA/s1600/arrmadilha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="178" data-original-width="283" height="401" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKMnDZV0121juEP4KomT9E0d6kAyLuBfXiESg6Ez_o6NVq2mLZPvtOqYRwjChKDgOAZu00QItVDH6do9YyntMqLzasgKDFckkgilL_zgdlofdo66I_OTG8V5h8nxsp8Rljfn8jtXBLVA/s640/arrmadilha.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nos últimos dias tivemos, dentre os óbitos registrados pela
COVID19, alguns casos que despertaram a
atenção e comoção generalizada: um advogado de 26 anos, uma policial de 29 e
uma bebê de apenas 02 aninhos. Ao mesmo tempo as estimativas de especialistas
apontam para cerca de 48% de internações de pessoas com idade inferior ao
chamado ‘grupo de risco’. Parece que, apesar de termos feito tudo que fizemos,
ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais (com o perdão do mestre
Belchior). Uma das principais lições que a AIDS nos ensinou, e que foi jogada
ao limbo do esquecimento, é de que o conceito de que apenas um restrito grupo
de indivíduos é atingido por uma epidemia é uma falácia muito perigosa, pois
leva todo o restante da comunidade a se expor sob o manto imaginário da
proteção.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando a AIDS surgiu para o mundo no início dos anos 1980 a
população mais atingida foi a de gays, especialmente aqueles que frequentavam
saunas e outros locais de diversão sexual, fato que levou a ciência a forjar a
expressão ‘grupo de risco’ para esse segmento, além de hemofílicos, prostitutas
e usuários de drogas injetáveis. Isso fez com que o pânico se estabelecesse
entre a comunidade LGBTT e o preconceito achasse sua ‘brecha científica’ para que
as ‘famílias de bem’ pudessem discriminar essa mesma população. Acontece que 06
anos após o primeiro caso nasceu o primeiro bebê com HIV, o que sinalizou que
outros grupos sociais também estariam sob o risco de contrair o vírus. Mas,
como a principal característica do preconceitoso é a ignorância ou a maldade, a
discriminação continuou e acabou produzindo um efeito colateral chamado de Terceira
Lei de Newton que diz que aquilo que vai, volta. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lentamente começaram a pipocar casos de homens heterossexuais
nos serviços de atendimento em AIDS e, a seguir, mulheres e jovens induzidos a
se julgarem imunes à infecção por não pertencerem ao grupo de risco. Com o
tempo esse segmento começou a ganhar volume nos boletins epidemiológicos, mas
até hoje pode ser ouvida a expressão ‘não sou veado, vou usar camisinha pra
que?’. Claro que isso refletiu em uma explosão dos casos de HIV entre mulheres
que não tinham condições de igualdade em suas relações e eram submetidas ao
machismo nosso de cada dia nas relações sexuais. Com o tempo o conceito foi
banido da luta contra a AIDS, adotando-se a ideia de ‘situações de risco’, uma
vez que não eram determinados tipos de pessoas, mas tipos de comportamentos que
levavam à infecção. Atualmente, aceita-se o conceito de vulnerabilidade, pelo
qual é esta que determina o risco de infecção ao HIV em que se encontra uma
pessoa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Passadas quase quatro décadas e a história se repete. O
mundo enfrenta a primeira grande peste do século 21 e, diante do pânico e
desinformação, elege seu novo grupo de risco: idosos e pessoas com
comorbidades. Que essas populações têm a saúde mais frágil para enfrentar a
doença, não há dúvidas, mas o conceito foi expandido para a prevenção: ‘idosos,
fiquem em casa!’. Ora, que mal teria se eu jogasse aquela pelada ou desse um
pulo na praia com meu cachorro? O ser humano é assim, precisa da mais tênue
desculpa para escapar de um comportamento mais seguro e restritivo, seja ele
usar uma camisinha ou ir todos os dias ao supermercado. É preciso banir novamente
essa expressão falaciosa para que a sociedade como um todo se sinta vulnerável
ao novo coronavírus e se conscientize que o grupo de risco é aquele formado
pelas pessoas que respiram e ponto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Beto Volpe</div>
<div class="MsoNormal">
Ativista e escritor</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<br />Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-27668984776818043952016-02-12T10:37:00.000-02:002016-02-12T11:57:00.750-02:00O Muro dos Andradas<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZmXFbHb_wP7MdaO5Lkj_TMS3JGvISRI35riDA_o4J1qosIzwhzgaj1S1uNa0MSwn7Fx6O5gTtI6bxUYut7MGC6M_cN6LhkPyv0N-7GmPMCy4SpJYbnsjEymZbm_TXlakU0FcjpNYLRg/s1600/muro+andradas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZmXFbHb_wP7MdaO5Lkj_TMS3JGvISRI35riDA_o4J1qosIzwhzgaj1S1uNa0MSwn7Fx6O5gTtI6bxUYut7MGC6M_cN6LhkPyv0N-7GmPMCy4SpJYbnsjEymZbm_TXlakU0FcjpNYLRg/s400/muro+andradas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Armando Gomes, eu e minha família sempre te admiramos, adotando vários de seus
preciosos bordões e, sempre que possível, estamos ligados no Esporte por
Esporte. Por esses motivos nos sentimos profundamente desconfortáveis ao vê-lo
completamente constrangido pelo festival de asneiras, com todo o respeito à
valorosa comunidade asinina, que o inominável a seu lado proferiu reiteradamente
sobre São Vicente e seu 'lixo'. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sim, nossa cidade está um lixo e a atual administração municipal provou
que não se mistura Estado com religião, pois o resultado sempre será o atraso e
o sofrimento do povo. Mas, ao ouvir o tom de desprezo pela cidade que empresta
seu nome à ilha onde ele vive, decidimos deixar de ser telespectadores de vosso
programa, enquanto esse monumento à ignorância, em seu sentido mais amplo,
continuar a ocupar lugar na TV Santa Cecília, atitude extensiva ao restante da
programação, da qual sentiremos muita falta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sabe, Armando, sou daquele tipo de calunga que se a pessoa diz 'Ilha
Porchat em Santos' pela segunda vez já tem bronca, mas gosto muito de Santos.
Foi em Santos que amadureci afetivamente, tenho várias e longevas amizades, estudei
na gloriosa FACOS, com direito a ocupação do campus em plena ditadura militar. Utilizo
vários serviços da cidade, especialmente na área cultural, pois a minha não
consegue manter uma livraria aberta, sequer, e</span><span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ntão Santos é muito importante para mim.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas tem um tipo de santista,
que graças aos deuses é minoria, que acha que mora na Barra da Tijuca, onde
vive um tipo de carioca, igualmente em menor número, que tem certeza que mora em South Beach. Ou seja, esse
povo, incluindo seu (sic) companheiro de bancada, é o fake do fake e, se
pudesse, construiria o Muro dos Andradas, dividindo a Ilha de São Vicente em
duas: a parte luxo e a parte lixo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ao lixo com ele</span><span style="font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 115%;">!</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">P S: A ignorância do jovem senhor é tamanha, que ele desconhece que São
Vicente foi enredo da Beija Flor de Nilópolis, a Deusa da Passarelas, no ano 2000,
ou seja, quase no século passado. E foi vice campeã.</span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-41583200561004894732015-07-22T20:43:00.003-03:002015-07-22T20:45:15.509-03:00Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil tem nova data para entrar em vigor<div style="text-align: justify;">
Ainda não tomei ciência do teor da Lei, mas se for a que estava emperrada há anos no Congresso, entre outras coisas ela regulamenta um tratamento diferenciado entre ONGs de grande e pequeno porte para com o poder público. Uma das maiores dificuldades enfrentada pelas organizações da sociedade civil é o entulho burocrático absolutamente incompatível com suas estruturas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Beto Volpe</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghQzlWqwaFPcBIfWzya-O_-4_LifCEzmCtiVu9lno2PPgeJV5T1wsX1IiBmQyHr2Fu5nDdNGhy737XPmAbljOHSqIIXCMOd6cE4HZ74Xy3D2GwLce-kTK0k9trTPI3WF5mMflm7gNt0g/s1600/desburocratiza%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="163" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghQzlWqwaFPcBIfWzya-O_-4_LifCEzmCtiVu9lno2PPgeJV5T1wsX1IiBmQyHr2Fu5nDdNGhy737XPmAbljOHSqIIXCMOd6cE4HZ74Xy3D2GwLce-kTK0k9trTPI3WF5mMflm7gNt0g/s400/desburocratiza%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;">Nesta quarta-feira (22/07), a presidenta Dilma Rousseff editou a Medida Provisória nº 684, com o objetivo de prorrogar o prazo para entrada em vigor da Lei 13.019/2014, conhecida como Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil. Assim, a Lei passa a valer a partir de janeiro de 2016.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;">A medida responde a solicitações de órgãos públicos, associações de municípios e representantes <span class="text_exposed_show" style="display: inline;">da sociedade civil que, ao mesmo tempo em que reconhecem os avanços da lei aprovada pelo Congresso Nacional em julho de 2014, manifestaram-se pela extensão do prazo para garantir amplo conhecimento das novas regras e preparação para a gestão das parcerias. O novo regime demanda mudanças estruturais da administração pública federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, assim como das próprias organizações da sociedade civil.</span></span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 15.4559993743896px;">
<span style="background-color: white;"></span><br />
<div style="margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;">De acordo com a Medida Provisória nº 684, a Lei 13.019/2014 passará a vigorar após 540 dias de sua aprovação, que aconteceu em julho de 2014. Ou seja, haverá mais 180 dias, a partir de agora, para os entes públicos se adaptarem às novas regras, adequando legislações específicas e estruturas administrativas. A entrada em vigor coincidirá com o início da execução do orçamento de 2016.</span></div>
<span style="background-color: black; color: white;">
</span>
<div style="margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white;">
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
O novo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil estabelece um conjunto de regras próprias para as parcerias realizadas entre o Poder Público e as organizações, reconhecendo a especificidade das entidades privadas sem fins lucrativos. É uma norma estruturante de abrangência nacional – vale para União, estados e municípios - e exige tempo para adaptação. A extensão do prazo para a entrada em vigor se mostrou fundamental para que essa nova arquitetura jurídica e institucional se desenvolva da forma adequada, com tempo para compreensão e adaptação por todos os envolvidos.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Fonte: CMAS de São Vicente</div>
</span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-3738255523411179192015-05-08T20:41:00.002-03:002015-05-08T20:43:12.607-03:00“Molécula-Abridora” do HIV expõe as partes mais vulneráveis do vírus; o que significa um “possível desenvolvimento de uma vacina. ” <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pessoal, há muito tempo não tenho o prazer de publicar notícia tão alvissareira como essa que me foi passada pelo grande Cláudio Souza em seu <a href="http://soropositivo.website/">site</a>. </span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Deliciem-se!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjYDul83CycqrjhYeaCJ7juH-JTgF_nuaiiKQ7YShvFpC7yRJakrSKzgrla5be1GVUV69WQmy-qxrf-FdBTi2P8GrNj0qOZV46bllkX5X9HW31d3-0-RzuOktr89Hv1pmqJREOmi6s7g/s1600/hiv+aberto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjYDul83CycqrjhYeaCJ7juH-JTgF_nuaiiKQ7YShvFpC7yRJakrSKzgrla5be1GVUV69WQmy-qxrf-FdBTi2P8GrNj0qOZV46bllkX5X9HW31d3-0-RzuOktr89Hv1pmqJREOmi6s7g/s400/hiv+aberto.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6-h4mLhgWz96GXOMAd9NlTvC4wFJaYUuYbj1DIzqJUN4Um5pXaiKqrwr6v32G3uwEnRt4jSektS0c1Rfo4yEXsWNl1WkBeIANHnvYkI3bX6F3B5SIlTj7NY2WfYRmQCduON9nOfkdqg/s1600/abridor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6-h4mLhgWz96GXOMAd9NlTvC4wFJaYUuYbj1DIzqJUN4Um5pXaiKqrwr6v32G3uwEnRt4jSektS0c1Rfo4yEXsWNl1WkBeIANHnvYkI3bX6F3B5SIlTj7NY2WfYRmQCduON9nOfkdqg/s320/abridor.jpg" width="131" /></span></a></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao testar uma molécula desenvolvida recentemente, JP-III-48, em amostras de sangue de pacientes HIV-positivos, os pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá observaram algo inovador. A molécula tinha a capacidade de abrir o HIV “como uma flor.” Embora este achado ainda esteja em seus estágios iniciais, a equipe espera que possam definir uma base para novas medidas preventivas e, possivelmente, mesmo uma maneira de eliminar o vírus de pessoas já infectadas pelo HIV.</span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Parte da razão pela qual os cientistas encontram uma grande<a href="http://www.medicaldaily.com/challenge-creating-hiv-vaccine-virus-infects-very-cells-induced-drug-316300" style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank" title="Este link abre em outra janela, em outro site, no idioma Inglês"> dificuldade em criar uma vacina para o HIV</a> é que o vírus tem uma maneira única de escapar ao sistema imunológico. Embora o hospedeiro crie anticorpos contra o HIV, não existe uma maneira de alcançar fisicamente o vírus, é difícil para o corpo humano montar uma resposta imune efetiva contra ele. Um estudo recentemente publicado pela<em style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> Academia Nacional das Ciências</em>, sugere uma maneira de contornar as defesas do HIV.</span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O vírus é semelhante a um pacote hermeticamente fechado. Descobrir uma forma de ”abrir” o HIV permitiria que os anticorpos cheguem a regiões mais vulneráveis do vírus e eliminem, assim, a infecção.</span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Harvard e a Universidade da Pensilvânia os pesquisadores desenvolveram JP-III-48, mas em Montreal, Canadá, pesquisadores foram os primeiros a testar com sucesso em pacientes HIV-positivos. A molécula imita a CD4, uma proteína localizada na superfície dos linfócitos T. A proteína CD4, que dá seu nome às células específicas do sistema imunológico que o HIV infecta, funciona como uma porta de entrada para as células T e permite que o HIV entre e infecte as células. Foi em Montreal o primeiro estudo em que os pesquisadores adicionaram a molécula JP-III-48 em pacientes infectados com HIV-1 (a forma mais comum do vírus) e testemunhou-se a “abertura das estruturas virais como flores”.</span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“A adição da pequena molécula viral envolve as forças necessárias para abrir o vírus como uma flor “, disse o autor do estudo, Jonathan Richard, explicando em um <a href="http://www.sciencedaily.com/releases/2015/05/150504154914.htm" style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank" title="Este link abre em outra janela, em outro site, no idioma Inglês">Comunicado à Imprensa</a>. A molécula força o vírus a expor as partes que são reconhecidas por anticorpos do hospedeiro. Os anticorpos e, em seguida, cria uma espécie de ponte com algumas células do sistema imune e forma um ataque. “Os anticorpos que estão presentes naturalmente após a infecção podendo direcionar as células infectadas pelo vírus para que elas sejam mortas pelo sistema imunológico,” acrescentou Richard.</span></div>
<div class="wp-caption aligncenter" data-shortcode="caption" id="attachment_118036" style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin: 0px auto; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 522px;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img alt="Vírus HIV" class="wp-image-118036 size-full" height="400" src="https://soropositivowebsite.files.wordpress.com/2015/05/hiv-aberto.jpg?w=620" style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: auto; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: bottom;" width="400" /></span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><div class="wp-caption-text" style="border: 0px; display: inline-block; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.4; margin-bottom: 1.25rem; margin-top: 0.3125rem; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Representação gráfica do HIV “aberto”.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Até agora, os efeitos da molécula JP-III-48 sobre o HIV só foram observadas no soro de pacientes HIV-positivos, mas os pesquisadores esperam que em breve o teste desta “molécula-abridora” em primatas com uma versão símia do vírus.</span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os pesquisadores especulam que esta descoberta poderia ter enorme potencial em pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina contra o HIV/AIDS. Outro fator que torna tão difícil a luta contra o HIV é que, mesmo se eliminando o vírus totalmente da corrente sanguínea, restam vestígios ainda latentes do HIV em reservatórios, à espera de retornar assim que cessa o tratamento.</span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A equipe acredita que a “molécula-abridor” possa desempenhar um papel importante na superação desta defesa viral. Se os cientistas puderem desenvolver uma forma de “patrulha-choque” contra os vírus, de forma a força-los a deixarem seus reservatórios eles podem ser mortos usando a “molécula-abridora” como na estratégia explicada no início deste artigo, utilizando os anticorpos que o organismo é capaz de gerar.</span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<img alt="Claudius el guapissimo" class="alignleft size-medium wp-image-118042" height="350" src="https://soropositivowebsite.files.wordpress.com/2015/05/claudius-el-guapissimo1.jpg?w=350&h=350" style="border: 0px; display: inline; float: left; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: auto; line-height: inherit; margin: 0px 0.625rem 0px 0px; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: bottom;" width="350" /><span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Traduzido por Cláudio Souza, do original em inglês do site Medical Daily, no link:<a href="http://www.medicaldaily.com/hiv-can-opener-molecule-exposes-viruss-most-vulnerable-parts-what-it-means-vaccine-331996#.VUqNhvtgMsk.google_plusone_share" style="border: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">http://www.medicaldaily.com/hiv-can-opener-molecule-exposes-viruss-most-vulnerable-parts-what-it-means-vaccine-331996#.VUqNhvtgMsk.google_plusone_share</a></span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte do artigo original:</span></div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: 22.3999996185303px; margin-bottom: 1.25rem; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Source: Richard J, Veillette M, Brassard N, et al. CD4 mimetics sensitize HIV-1-infected cells to ADCC. <em style="border-image-outset: initial; border-image-repeat: initial; border-image-slice: initial; border-image-source: initial; border-image-width: initial; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">PNAS</em>. 2015.</span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-66806210109435028432015-05-05T09:15:00.003-03:002015-05-05T09:17:30.591-03:00O velhinho maluquinho<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Compartilho com vocês texto de Jean Wyllys que expressa meu sentimento com relação ao Velhinho Maluquinho. (o título do texto neste blog é de minha autoria, uma vez que ele não existe em seu original na página de Jean do FB.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHX-yKXZctAURTIpHggp3CfT5fqBI1MD3q6QcG9q_vkUHxEFu9cKBIyer1R0SSCv1pTk6zSldWDJJFvOw2mEe-Dai8FwFmVCNEDNXbAkQoGqSxG3rnMgv3jBQexUzJh0vVn_KGtILqSQ/s1600/bolsonarin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHX-yKXZctAURTIpHggp3CfT5fqBI1MD3q6QcG9q_vkUHxEFu9cKBIyer1R0SSCv1pTk6zSldWDJJFvOw2mEe-Dai8FwFmVCNEDNXbAkQoGqSxG3rnMgv3jBQexUzJh0vVn_KGtILqSQ/s400/bolsonarin.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px;">Fiquei muito triste pelas atitudes homofóbicas do antropólogo Roberto DaMatta e o cartunista Ziraldo, duas pessoas cuja obra (acadêmica, no primeiro caso, e artística, no segundo) tem sido importante para compreender e representar o Brasil. Para quem não tiver lido as notícias sobre eles, seguem os links:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="cursor: pointer; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify; text-decoration: none;">
<a href="http://odia.ig.com.br/diversao/celebridades/2015-05-04/paulo-betti-diz-que-roberto-da-matta-o-agrediu-por-causa-de-papel-gay.html" rel="nofollow nofollow" style="cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="background-color: black; color: white;">http://odia.ig.com.br/<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>diversao/celebridades/<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>2015-05-04/<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>paulo-betti-diz-que-roberto<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>-da-matta-<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">o-agrediu-por-causa-de-pap<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>el-gay.html</span></span></a></div>
<span style="background-color: black; color: white;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"></span><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: black; color: white; display: inline;">
</span>
<div style="cursor: pointer; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify; text-decoration: none;">
<span class="text_exposed_show" style="color: white; display: inline;"><a href="http://diariogaucho.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2015/05/ziraldo-solta-o-verbo-fernanda-montenegro-nao-pode-fazer-apologia-ao-afeto-homossexual-4753372.html" rel="nofollow nofollow" style="background-color: black; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">http://<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>diariogaucho.clicrbs.com.br<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>/rs/entretenimento/<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>noticia/2015/05/<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>ziraldo-solta-o-verbo-ferna<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>nda-montenegro-nao-pode-fa<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>zer-apologia-ao-afeto-homo<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>ssexual-4753372.html</a></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><span style="background-color: black; color: white;">
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Sempre admirei muito o trabalho do Roberto DaMatta e, por isso, escrevo essas linhas com tristeza. Sou contra os "linchamentos virtuais", mesmo quando eles começam (na opinião de quem os inicia) por uma "boa causa", e por isso não quero que minhas palavras deem espaço a isso (por isso, também, comentários ofensivos no post ou insultos a qualquer um deles serão deletados), mas não posso deixar de dizer o quanto lamento que um intelectual que sempre respeitei — e cujas etnografias têm sido tão importantes para interpretar o Brasil e sua cultura popular, assim como sua leitura de Tocqueville é importante para compreender e debater a democracia — seja capaz de mostrar um preconceito homofóbico tão desumano. Parece que ele não leu sua própria obra. Conheço o Roberto; ele sempre me tratou muito bem e nunca me pareceu que a minha orientação sexual fosse um problema para ele, mas a gente nunca conhece inteiramente as pessoas e nunca sabe quando seus preconceitos inconfessáveis podem aflorar. O relato de Paulo Betti, que não foi desmentido por DaMatta, é realmente chocante! É uma ofensa gratuita a todos nós!</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
No caso do Ziraldo, confesso que não me surpreendeu. Dez anos atrás, quando eu ainda não era deputado, ele se recusou a compor uma mesa comigo na Feira do Livro de Porto Alegre e os organizadores me contaram que era por causa da minha sexualidade. Na época, preferi não fazer público o acontecido, porque avaliei que acabaria dando lugar a mais um escândalo midiático sem qualquer resultado positivo, mas a partir daquele momento ele se apequenou para mim. Qualquer talento e contribuição para a cultura que ele tenha dado perdeu o brilho para mim, porque por trás dela havia uma pessoa doente de ódio, que não conseguia dividir uma simples conversa com outra pessoa por conta de sua sexualidade. Mas o tempo passou e olhem que ironia: Ziraldo é o autor da logo do PSOL, partido pelo qual esse cara com quem ele não quis sentar na mesma mesa se elegeu e reelegeu deputado. O sol dele, talvez contra a sua própria vontade (já que a criação sempre diz mais do que o criador queria dizer), ilumina um partido que tem o único parlamentar homossexual assumido do Brasil..</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Pois é, o criador tem muito o que aprender com sua criatura (como ilustra a imagem deste post, retirada de uma cartilha publicada em 2010 pelo MEC e pela Secretaria de Direitos Humano, ilustrada por Ziraldo:<a href="http://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fbit.ly%2F1QgHTPs&h=LAQHIjzLl&enc=AZPEBZ-7MD-N2QZ6ZaOnVgzbEE7BCJRFBNKNaDmivYsSRe4PZzuTkNPt2jLajuEPukF-Ha_xBzvVQXFuYqLReIk3q9YSvQHmd3ZFkW7bUpuMN-Ln59G4pVYbHlIOzQVOTPtOB5x3RBT_IX0JXyWSnSya&s=1" rel="nofollow nofollow" style="cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">http://bit.ly/1QgHTPs</a> ). </div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Não conheço os termos usados por DaMatta para se referir à representação de homossexualidade feita por Paulo Betti — o ator não divulgou o conteúdo exato da fala, mas se referiu às expressões do antropólogo como "muito violentas". Mas não é mera coincidência que DaMatta e Ziraldo se refiram à visibilidade de gays e lésbicas em telenovelas, o principal produto cultural consumido pelos brasileiros. Em ambas as falas, nota-se a expressão daquela homofobia que, por um lado, prescreve a "tolerância" em relação em relação aos homossexuais, mas, por outro, considera que a heterossexualidade é a única a merecer o reconhecimento da sociedade por meio da livre e onipresente representação nas telenovelas e, por conseguinte, a única prática sexual e afetiva a ser institucionalizada. DaMatta e Ziraldo são daqueles intelectuais que falam em "tolerância", mas que se mostram intolerantes em relação à saída da homossexualidade da privacidade e do silêncio onde eles imaginam que esta deve estar confinada. Para ambos, a única sexualidade que pode vir a público — seja na troca de afetos em bares, restaurantes e casas de shows, seja por meio da representação audiovisual — é a heterossexualidade. Daí o fato de Ziraldo e DaMatta desrespeitarem não apenas dois artistas importantes, mas também os gays e lésbicas que certamente mantêm algum tipo de relação com ambos (além do desrespeito a toda comunidade LGBT). Essa forma de homofobia se revela particularmente nefasta porque deseja retroceder em relação às conquistas democráticas e nos empurrar para o armário. </div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<span style="font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;">Desculpem-me, Ziraldo e DaMatta, para o armário eu não volto, tampouco para o silêncio! Vocês terão de conviver com pessoas como eu, agora capazes de desmascarar seus discursos nos espaços que vocês imaginavam que eram exclusividade de pessoas como vocês!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;">Jean Wyllys</span></div>
</span></span>Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-30425352559889385852015-02-23T17:46:00.002-03:002015-02-23T17:46:51.546-03:00Prevenção em aids no Brasil: depois do terror, a trapaça<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: black;">Compartilho com vocês artigo do professor Mário Scheffer que faz sérias reflexões sobre os descaminhos da atual gestão em AIDS do Ministério da Saúde.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: black;">Beto Volpe</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgluJC1RHYyUxsjLI27NIUZN7AT8BfyEuqpTIj7sa4OWgsWZE3KfqQ-hmzs-qRJoiGPL1YbTvYDJ6N7dBvex3s3OOjtwQqyY8ykUVYejs3aqH9AbMa6A4VXKi2C9lspOEV6hDimoRo2vA/s1600/la%C3%A7o+comido.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgluJC1RHYyUxsjLI27NIUZN7AT8BfyEuqpTIj7sa4OWgsWZE3KfqQ-hmzs-qRJoiGPL1YbTvYDJ6N7dBvex3s3OOjtwQqyY8ykUVYejs3aqH9AbMa6A4VXKi2C9lspOEV6hDimoRo2vA/s1600/la%C3%A7o+comido.jpg" height="278" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_16_0_1_1424699920186_182729" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A recente criação de perfis falsos em aplicativos de encontros sexuais, em campanha de prevenção à aids patrocinada pelo Ministério da Saúde, deve ser motivo de reflexão. </span><span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não se sabe se foram muitos os usuários de smartphones “caçados” pelo perfil mentiroso que se identificava como alguém em busca de sexo sem proteção para, em seguida, revelar que o “caçador” era o Ministério da Saúde advertindo que “é difícil saber quem tem HIV” e convocando para a prevenção.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A suposta inovação, de promover o preservativo em plataforma de paquera digital dedicada aos mais jovens, é na verdade uma iniciativa antiquada, ao valer-se de tática sub-reptícia, de buscar, de maneira desleal e obtida por embuste, a adesão do jovem à camisinha. Certamente, mais irritou do que convenceu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A curta duração e a baixa cobertura das campanhas de prevenção em aids do Ministério da Saúde reduzem os danos potenciais (no mínimo, há desperdício de recursos públicos) que peças equivocadas como essa podem provocar, mas não escondem a política errática de comunicação em saúde da atual gestão do programa nacional de aids.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não foi uma boa ideia usar a trapaça na prevenção. Soou como uma versão “moderninha” do terror levado a campanhas de vinte anos atrás, sob o governo Collor, quando o Ministério da Saúde igualou a aids à morte, o que afastou os sujeitos do cuidado e levou à discriminação ainda maior das pessoas que viviam com HIV. A emboscada dos perfis falsos nada mais é do que a volta, com outra roupagem, do terror na prevenção.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A reemergência da epidemia da aids no Brasil (Grangeiro, Castanheira, Nemes) e a vergonhosa omissão, anos a fio, dos programas governamentais em relação à concentração da infecção pelo HIV entre jovens gays e outras populações requerem medidas sérias, abrangentes, sustentadas e baseadas nas mais atuais evidências científicas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pesquisadores, gente da academia e da sociedade civil, defendem a convocação pelo Ministério da Saúde de grupo de especialistas para a elaboração de um Consenso Nacional de Prevenção em HIV e Aids.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um consenso com diretrizes que assumam a prevenção adaptada a diferentes pessoas e a diferentes populações, que assumam a prevenção combinada, conjugando o uso facilitado de preservativo e gel lubrificante, com o tratamento universal, a profilaxia pré e pós exposição ao HIV, a ampliação da oferta do teste rápido para os mais vulneráveis, mas também campanhas e ações baseadas em estudos comportamentais e em modelos já validados pela comunidade científica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um consenso guiado pela franca noção de que fracassou a prevenção baseada apenas no mantra “use camisinha” em todas as relações sexuais durante a vida toda, assim como fracassará o comando único “faça o teste, inicie o tratamento”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que se espera são diretrizes fundadas na garantia da livre escolha sobre as opções disponíveis de prevenção, que permita que as pessoas conheçam aquilo a que têm direito, tomem suas próprias decisões e, depois, tenham acesso assegurado a todas as oportunidades de proteção.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um consenso de prevenção em aids seria uma importante ferramenta de gestão do Ministério da Saúde e, se descentralizado, poderia contribuir com a redução do número de infecções e mortes hoje em patamares inaceitáveis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Surdo a críticas e sugestões, o programa nacional de aids tem preferido iniciativas pontuais improvisadas, que visam provocar polêmica ou lançar cortina de fumaça diante da ausência de uma política clara de saúde coletiva, construída, como no passado, em conjunto _ por técnicos, cientistas, gestores e ativistas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A constatação de pesquisa divulgada em 2015 pelo Ministério da Saúde, que pelo menos 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses, deveria mobilizar esforços extraordinários para atualização da política nacional que inclua de forma articulada todas as tecnologias e novos conhecimentos sobre prevenção. Dar “puxão de orelha”, por meio de perfis falsos em aplicativos, em pessoas que não se importam em fazer sexo sem camisinha, é passar longe da realidade da epidemia no país.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Até mesmo na propaganda comercial, o truque conhecido como “publicidade de choque” gera controvérsias éticas. Na saúde, as publicidades de choque e baseadas na desconfiança ou ameaça, como a dos perfis falsos, são um desastre. Os mesmos terrorismo e medo (e sua versão atual, a trapaça) das campanhas antigas de aids já foram usados para condenar o consumo de drogas, o que também afastava o usuário e o dependente químico das mensagens.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No Brasil, a comunicação em aids tem histórico de diálogo difícil com a publicidade e o marketing. Agências de publicidade mercadológica são licitadas para divulgar a agenda positiva do Ministério da Saúde, promover o ministro de plantão, turbinar programas e realizações, mas nada entendem de promoção da saúde.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A situação piorou desde a centralização e censura prévia das campanhas de aids no gabinete do Ministro da Saúde, após acerto com setores conservadores, e foi agravada com o desmonte de corpo técnico qualificado em comunicação e prevenção que atuava junto ao programa de aids.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O debate pouco tem a ver com o falso dilema do direito individual versus direito da coletividade, como fez divulgar o programa nacional de aids, ao defender o uso dos perfis falsos em aplicativos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Trabalhos científicos já demonstraram que ações prescritivas e pouco transparentes de comunicação em saúde, por serem inócuas, devem dar lugar a programas que valorizam as culturas, as escolhas pessoais, as relações sociais e a participação ativa daqueles diretamente afetados pelos problemas de saúde.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mensagens de prevenção tendem a ser mais efetivas não quando enganam e constrangem em prol do coletivo, mas quando chegam perto das pessoas e utilizam mensagens baseadas na confiança mútua.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na França, o Instituto Nacional de Prevenção e Educação para a Saúde – INPES, elaborou diretrizes baseadas no fato de que comunicar sobre saúde é comunicar sobre um forte valor no plano social e, por isso, governos não podem ser intrusivos, normativos, não podem ir contra as liberdades individuais, nem devem impor visão de mundo ou modo de vida. Dentre os princípios éticos das campanhas de prevenção, o INPES destaca que é preciso respeitar as escolhas de cada um, não estigmatizar comportamentos individuais de risco, não marginalizar, não culpabilizar, não impor uma norma social caracterizando bom e mal comportamento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além disso, uma campanha de saúde não deve informar ou alertar sobre riscos sem propor todas as soluções possíveis. Deve, sim, incitar a reflexão do destinatário da mensagem, que lhe seja própria e respeite sua autonomia, suas crenças e sua responsabilidade. Deve levar em conta as desigualdades de acesso à informação e a diversidade de códigos culturais. E precisa, por óbvio, sustentar e acompanhar a possível decisão de mudança, dar meios de o sujeito agir e de colocar os conselhos em prática.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma campanha de prevenção em aids dificilmente se sustenta com um “estalo genial” de publicitário, assessoria de imprensa e lançamento em escola de samba. É trabalho árduo de promoção, planejamento e avaliação em saúde. Segundo o Centro para Programas de Comunicação da Johns Hopkins um projeto de comunicação em saúde deve seguir seis passos: 1) investigação e análise, 2) desenho estratégico, 3) desenvolvimento, produção e revisão de instrumentos e métodos de comunicação, 4) gestão, implementação e monitoramento, 5) avaliação de impacto, 6) planejamento para a continuidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nada disso é feito nas campanhas relâmpago e sazonais de aids do Ministério da Saúde.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Unidade de Promoção da Saúde da Universidade de Toronto, Canadá, demonstrou que as estratégias de comunicação em saúde avaliadas como mais eficazes trazem uma combinação simultânea de campanhas de mídia, comunicação interpessoal e envolvimento das comunidades e lideranças.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Modelos de comunicação em saúde foram experimentados com sucesso em países das América Latina. Por exemplo, o modelo de “difusão de inovações”, que utiliza agentes sociais como geradores de mudanças, foca na influência interpessoal nas decisões individuais e na criação de redes de comunicação; ou o modelo de “comunicação para a mudança social” , que prevê o diálogo e a participação da comunidade em todos os processos da comunicação em saúde. (Mosquera)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É relativo e limitado o sucesso de campanhas e técnicas de comunicação focadas na persuasão para a mudança de comportamentos (Petty et al). Algumas campanhas de saúde servem para mudar conhecimentos, para sensibilizar, mas nem sempre são suficientes para mudar comportamentos conducentes à prevenção em saúde.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Num estudo clássico de prevenção do tabagismo (Peterson et al), a probabilidade de fumar aos 17 anos não foi menor entre aqueles submetidos a 65 peças de sensibilização entre 8 e 17 anos, se comparados com aqueles que não passaram pelas mesmas mensagens.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outro estudo (Albarracin et al) analisou mais de 350 campanhas de prevenção em aids em oito anos. Concluiu que as campanhas são eficazes para mudar o conhecimento mas não são suficientes para mudar imediatamente o comportamento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A comunicação em aids, enquanto instrumento de prevenção, precisa, portanto, beber em outras fontes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isso vem sendo dito há muito tempo por autores como Vera Paiva, alertando que a memorização e a compreensão de argumentos de uma campanha não determinam a intenção de se comportar, e que é preciso incorporar na prevenção os conhecimentos dos campos da análise cultural e da pesquisa psicossocial; e por José Ricardo Ayres, apontando que os comportamentos associados à maior vulnerabilidade não são decorrência imediata da vontade pessoal. A meta das ações de comunicação em saúde, que é tocar indivíduos e comunidades, não pode menosprezar o poder dos grupos sociais e as condições nas quais os comportamentos acontecem. E dificilmente, lembra Ayres, alguém irá assumir comportamentos protetores e solidários sem que se torne primeiro sujeito de sua própria saúde.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Campanhas e ações de prevenção dirigidas aos mais vulneráveis devem incluí-los em todo o processo de comunicação e são especialmente sensíveis: jamais podem estigmatizar e discriminar. Focalizar sem discriminar, eis um grande desafio da comunicação contra a aids. É abdicar da equidade em saúde deixar de executar uma política de prevenção adequada à nossa epidemia concentrada. É violação de direitos deixar de envolver determinadas populações e grupos, informando primeiro que eles são mais atingidos pela aids, e construindo, com eles, alternativas e possibilidades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Parece que o programa nacional de aids voltou às trevas no entendimento de que a comunicação é apenas a ação de transmitir informações e ideias de um polo emissor para um polo receptor. Nessa perspectiva, bastaria se preocupar com a utilização da linguagem (gírias da juventude, #partiuteste, por exemplo) e dos veículos (aplicativos de encontros, redes sociais etc ), que o sucesso é garantido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desconsideram-se as desigualdades, as vulnerabilidades pessoais e sociais, as diferentes realidades, desejos e interesses e, por isso, tendem a simplificar e transformar quaisquer discordância, resistência ou dificuldade em falta de informação ou em ruído de comunicação (Araújo e Cardoso).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A comunicação ocupa um lugar central nas nossas vidas. Vivemos em plena “sociedade da comunicação” (Miège), na “era da informação” (Castells ). Por isso, a comunicação é um dos principais ingredientes da organização social.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entendida em um sentido amplo como “interação social através de mensagens”(Gerbner), a comunicação deve compor a natureza democrática da nossa sociedade, em que os processos de decisão possam ser baseados na troca comunicativa entre os participantes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enfim, a comunicação não pode ser moralista, covarde ou autoritária, mas sim deve permitir que as pessoas participem democraticamente das decisões que afetam a saúde e as suas vidas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mário Scheffer é professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Referências:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Health Communication Unit (THCU). University of Toronto. <a href="http://www.thcu.ca/" rel="nofollow" shape="rect" target="_blank">www.thcu.ca</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Institut National de Prévention et d’Éducation pour la Santé. <a href="http://www.inpes.sante.fr/" rel="nofollow" shape="rect" target="_blank">www.inpes.sante.fr</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://ccp.jhu.edu/" rel="nofollow" shape="rect" target="_blank"><span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://ccp.jhu.edu/</span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Johns Hopkins. Center for Communication Programs. <a href="http://ccp.jhu.edu/" rel="nofollow" shape="rect" target="_blank">http://ccp.jhu.edu/</a></span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-8237439712294337902015-02-19T18:32:00.000-02:002015-02-19T18:32:04.636-02:00Nova cepa do HIV desenvolve Aids em menos de três anos<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Compartilho com vocês algumas reflexões de Jean Wyllys sobre uma descoberta bastante preocupante. Triste é saber que só agora irão fazer um estudo para verificar quais as cepas circulantes em terras tupiniquins.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioan0pVs6x__RqjCnRVKxfdvFLHCf_7BEaVL7tcZV9psrOVC-mkok76unpjSDYXvGS-TzS3j5MepWlS8VzLnnug_uudrKSUdDpXXe8RhatMBnXGk0OJ2FnDzVaTqpSK2lWNi_VSnP-Bg/s1600/hiv+nova+cepa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioan0pVs6x__RqjCnRVKxfdvFLHCf_7BEaVL7tcZV9psrOVC-mkok76unpjSDYXvGS-TzS3j5MepWlS8VzLnnug_uudrKSUdDpXXe8RhatMBnXGk0OJ2FnDzVaTqpSK2lWNi_VSnP-Bg/s1600/hiv+nova+cepa.jpg" height="240" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Má notícia para as pessoas engajadas na luta anti-AIDS. Uma cepa nova do HIV pode fazer a pessoa desenvolver a AIDS em apenas dois anos - tempo em que muita gente sequer se descobre soropositiva para o vírus. Essa agressiva e recém-descoberta cepa do vírus da AIDS está se espalhando rapidamente por Cuba, segundo pesquisadores da Universidade de Leuven, na Bélgica.</span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu conversei Fernando Ferry, infectologista e diretor do Hospital Universitário Gafrée & Guinle, referência em AIDS no Brasil, sobre essa notícia e ele me disse que os subtipos do HIV podem, sim, mesclar-se entre si, formando subtipos novos. "No caso em questão estes são subtipos africanos, mais agressivos e os medicamentos antirretrovirais possivelmente não serão tão eficazes, pois foram desenvolvidos para subtipos americanos e europeus!", acrescentou.</span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além disso, existe a possibilidade de pessoas que fazem uso irregular da medicação desenvolverem resistência aos remédios e este vírus resistente ser passado para outras pessoas - e se infectar por um vírus resistente aos medicamentos disponíveis significa não poder se tratar. O HIV é vírus mutante. Por isso, mesmo duas pessoas que possuem o HIV devem usar preservativos nas relações sexuais.</span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa pesquisa realizada pela universidade belga e cujo resultado foi divulgado ontem (veja aqui: <a href="http://instinctmagazine.com/post/aggressive-new-hiv-strain-progresses-aids-lightning-speed" rel="nofollow" style="cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">http://instinctmagazine.com/…/aggressive-new-hiv-strain-pro…</a> ) em breve poderá ser feita também pelo Hospital Universitário Gafrée & Guinle com o sequenciador de DNA e RNA que o hospital adquiriu graças aos recursos - dois milhões de reais - que eu lhe destinei mediante emenda ao orçamento. "Em março devemos começar o trabalho", informou-me Ferry. "Assim saberemos com detalhes os subtipos de vírus circulantes aqui no Brasil", garantiu.</span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diante dessa triste notícia e sabendo que, aqui no Brasil, a pobreza, a dificuldade de acesso à educação formal de qualidade e a serviços de saúde, a homofobia e a transfobia, o racismo e a misoginia - sozinhos ou articulados entre si - tornam certos indivíduos e coletivos mais vulneráveis ao HIV, diante disso, eu fico muito feliz com o resultado do trabalho de nosso mandato no sentido de deter a propagação do HIV; assegurar tratamento às pessoas convivendo com o vírus ou doentes de AIDS e criar uma cultura de respeito às pessoas soropositivas para o HIV.</span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além das emendas ao Gafrée & Guinle e para o programa de enfrentamento às DSTs/AIDS do Ministério da Saúde, realizamos nesse Carnaval que se encerrou ontem, em parceira com o Fora do Eixo e com colaboradores de nosso mandato, uma campanha de prevenção ao HIV voltada para a internet que foi um sucesso! Mais de 500 mil pessoas visualizam os vídeos que, numa mensagem objetiva, corajosa, sem concessões ao falso-moralismo e sem invisibilizar os indivíduos e coletivos mais vulneráveis, interpelaram as pessoas a se previnir do vírus, não das pessoas. Mais de 500 mil pessoas tiveram contato com a mensagem de prevenção e puderam discutir em suas redes sociais digitais e analógicas, a partir dos vídeos e quadrinhos da campanha, as questões referentes à AIDS e HIV. E essa campanha foi elaborada a custo zero para os cofres públicos!</span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As vidas humanas é que importam. O trabalho que fazemos é o que importa.</span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Jean Wyllys</span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Deputado Federal</span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-16456179659734787282015-02-09T20:24:00.002-02:002015-02-09T20:25:20.437-02:00De boas intenções...<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pessoal, compartilho algumas reflexões sobre testar, tratar e banalizar, publicadas hoje na Agência de Notícias da AIDS.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span></div>
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiko2JEdMuv6OWIOv-ol4pUrGkMoOSUAQRvKLw8w1cdQxcvfZyzutSMU5jXbvTG8VHYhfp-dO9TcRx6behMl3AkpCA7MUAy2-P-VSe-nDOAsfv4BAvVfIkVJrBr7dzyFuWPoHnca3NvmQ/s1600/Inferno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiko2JEdMuv6OWIOv-ol4pUrGkMoOSUAQRvKLw8w1cdQxcvfZyzutSMU5jXbvTG8VHYhfp-dO9TcRx6behMl3AkpCA7MUAy2-P-VSe-nDOAsfv4BAvVfIkVJrBr7dzyFuWPoHnca3NvmQ/s1600/Inferno.jpg" height="298" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<br />
<div style="border: 0px; font-family: Arial, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 1.2em; list-style: none; padding: 5px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;"> O Ministério da Saúde acaba de lançar a campanha de prevenção à aids para o Carnaval deste ano, focada no público jovem, que é o segmento que apresenta o maior crescimento no número de infecções pelo vírus HIV. A peça publicitária para a televisão é, apropriadamente, de linguagem bem dinâmica e dá ênfase ao atual mantra do Departamento Nacional de DST/Aids/Hepatites Virais, o de testar e tratar. Essa estratégia foi adotada desde dezembro último e preconiza a facilitação do acesso aos testes rápidos para a detecção do vírus e a introdução do coquetel de medicamentos a partir da primeira consulta, seja qual for o estado clínico e laboratorial do indivíduo.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 1.2em; list-style: none; padding: 5px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Seria tudo muito interessante, pois tanto o diagnóstico precoce quanto a supressão da carga viral são mecanismos importantes para a redução dos vergonhosos 40 mil novos casos por ano apresentados pelo Brasil. O problema está na forma com que essa recomendação internacional está sendo aplicada em terras tupiniquins, desconsiderando todo o conhecimento em diagnóstico, acolhimento e adesão ao tratamento que foi acumulado nessas décadas de epidemia.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 1.2em; list-style: none; padding: 5px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">A facilitação do acesso inclui a realização de exames em locais e ocasiões inapropriadas para tal, como boates e eventos festivos, além da temerária disponibilização de testes na farmácia ou na agência dos Correios mais próxima de você. Decisão essa que foi veementemente criticada pelo Conselho Federal de Psicologia e que a partir deste mês estará implementada em Curitiba (PR). Imagine-se você, leitor, preparado para descer as ladeiras de Olinda com seus amigos, resolve fazer o teste e vê seu emocional rolar ladeira abaixo. Ou, abalado pelo fim da relação, compra um kit na farmácia e descobre, em seu apartamento no nono andar em uma noite chuvosa, que, além de um par de chifres, também herdou a infecção pelo HIV.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 1.2em; list-style: none; padding: 5px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Vamos supor que tudo tenha dado certo, a pessoa tenha conseguido manter o equilíbrio, procurou o SUS para fazer seu acompanhamento e o médico lhe disse que teria de iniciar com os medicamentos, já que boa parte dos médicos não sugere, prescreve e que venha o próximo, por favor. Pois bem, já que o Ministério da Saúde adora dados produzidos no hemisfério norte, por que ele não menciona uma vírgula sequer sobre o estudo recém publicado pelo “Journal” do The American Medical Association. Nele, foi demonstrado que um em cada cinco jovens infectados pelo HIV abandona o tratamento pelo medo de transformações físicas, da rejeição em seu círculo de amizades e pela certeza juvenil de que nada vai lhe acontecer de ruim.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 1.2em; list-style: none; padding: 5px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Fazer isso seria um tiro pela culatra, afinal, mais vírus resistentes estariam em circulação, complicando ainda mais o tratamento e as expectativas de vida das pessoas com HIV, além de impactar negativamente nas estratégias de prevenção. Vale lembrar que o governo federal também está descentralizando a assistência em aids para a rede básica de saúde, sacramentando o fim de qualquer projeto de adesão ao tratamento.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 1.2em; list-style: none; padding: 5px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">De boas intenções, o inferno está cheio e o brasileiro também. Somos o país dos atalhos, onde o jeitinho e a fé costumam resolver os problemas temporariamente, mas apresentam um enorme custo no final. Também somos o país da governabilidade, em que os preceitos técnicos da luta contra a aids são sobrepujados pelos interesses da base aliada, que impõe ao governo federal uma lista do que pode e do que não pode ser veiculado em campanhas públicas. S</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 1.2em; list-style: none; padding: 5px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Somos o país da comodidade, em que a solução biomédica para a epidemia de aids tira de cena os aspectos sociais e psicológicos do indivíduo e do grupo, além de oficializar o desprezo do Ministério da Saúde pela opinião da sociedade civil e das pessoas com HIV.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 1.2em; list-style: none; padding: 5px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Acho que nem Satanás aguenta mais o país do Carnaval...</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 1.2em; list-style: none; padding: 5px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border-image-outset: initial; border-image-repeat: initial; border-image-slice: initial; border-image-source: initial; border-image-width: initial; border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white;">* Beto Volpe é ativista e um dos fundadores da ONG Hipupiara, de São Vicente (SP)</span></strong></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-24637967420586201532015-01-26T19:32:00.002-02:002015-01-27T19:01:18.221-02:00O Todo Poderoso<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Pessoal, compartilho com vocês um pedido de desculpas que devo ao diretor do Departamento Nacional de AIDS.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Beto Volpe</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYjqKlubYzIHJCvpQ0U4YscFNnQRy627SvkRo7Vz5FXXpInKaOjf2HRC_WwAdyT7xyTH48DpkU52IhrqA3f2hZXRjgaRMfz5IJm-mvV0eynHnanV-jgxZ8ENgghtOgUtIARHfsMYEgnw/s1600/perd%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYjqKlubYzIHJCvpQ0U4YscFNnQRy627SvkRo7Vz5FXXpInKaOjf2HRC_WwAdyT7xyTH48DpkU52IhrqA3f2hZXRjgaRMfz5IJm-mvV0eynHnanV-jgxZ8ENgghtOgUtIARHfsMYEgnw/s1600/perd%C3%A3o.jpg" height="245" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Há poucos meses troquei algumas mensagens via Facebook com o Dr. Fábio Mesquita, diretor do Departamento Nacional de DST/AIDS/Hepatites Virais, por conta de uma publicação desastrosa do GAPA de Santos que ostentava uma camisinha aureolada e associava o conceito de pureza a não ter HIV, o que implicaria que quem vive com ele seria impuro, segundo o raciocínio lógico puro. Para minha surpresa, ele me disse nessa conversa que havia achado o folheto 'bunitinho' e que essa associação entre camisinha e a 'coisa santa' teria sido uma grande sacada. Após algumas mensagens com ideias distintas sobre o tema e eu ter dito que aquela atitude me causava espanto, ele me confidenciou que havia ficado ofendido por eu tê-lo chamado de nazista em um artigo que eu havia publicado, já havia um tempo. <a href="http://cargaviral.blogspot.com.br/2014/04/zieg-heil.html">(leia aqui)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Pois é, reconheço meu erro e peço mil desculpas por tê-lo ofendido ao comparar seus métodos à frente do DN aos utilizados pelo velho Adolf na Alemanha nazista. Deveriam ser comparados aos de Deus, mesmo, pois a Onisciência é uma de suas mais sublimes características, uma vez que dispensa a opinião da sociedade civil, rejeita de forma veemente o parecer Conselho Federal de Psicologia e anuncia para fevereiro o início da estratégia de auto teste de HIV em farmácias e postos dos correios, sem qualquer atenção profissional em momento tão delicado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Não conheço uma pessoa sequer que tenha recebido o resultado do teste e não tenha sentido o chão sumir sob seus pés. Certa ocasião, durante um congresso nacional da área, eu e um grupo de ativistas estávamos próximos a um stand ostentação da estratégia Fique Sabendo, onde o teste é realizado e alguns minutos depois o resultado é entregue à pessoa. E vimos um rapaz saindo de lá visivelmente abalado, andando sem rumo, o que nos levou a abordá-lo e perguntar se ele estava se sentindo bem:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">- Estou com AIDS e vou morrer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Esse cara era um profissional de saúde que trabalhava na área de AIDS, tinha informações sobre tratamento, direitos humanos e tudo que se tem à disposição para enfrentar a infecção... e seu chão sumiu. Não há estudos sobre o impacto que uma notícia dessas pode produzir nas pessoas diagnosticadas com HIV, mas em estudo realizado em 2010 pela Faculdade de Medicina da USP concluiu que 81% das mulheres que recebem o diagnóstico de câncer de mama desenvolvem os sintomas de Estresse Pós Traumático. O que leva o Altíssimo a pensar que com AIDS isso seria diferente, ainda mais se levarmos em conta todos os estigmas que cercam a enfermidade e que voltam a imperar na sociedade brasileira pela absoluta falta de ações de visibilidade da epidemia pelo mesmo DN?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCJY80HWlo1viRFTUg8_aJTiy_Tt9_O0fFtAgKHNa4ydpArUxK1S1P6jCm3viP3EiORDhDv7LLxuVrW9LGHYBxgz2Zgvmtmy99PpD6YCNPB4x8lRROVLtDxmQlp_MZORA_xpTAABzKiw/s1600/gapa+bs.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCJY80HWlo1viRFTUg8_aJTiy_Tt9_O0fFtAgKHNa4ydpArUxK1S1P6jCm3viP3EiORDhDv7LLxuVrW9LGHYBxgz2Zgvmtmy99PpD6YCNPB4x8lRROVLtDxmQlp_MZORA_xpTAABzKiw/s1600/gapa+bs.jpeg" height="400" width="283" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Não somos somente nós, que vivemos com HIV e os pesquisadores da USP, que temos uma abordagem bem crítica com relação a essa iniciativa. O próprio Conselho Federal de Psicologia mostrou-se extremamente preocupado com essa estratégia e lamentou sua retirada desse processo. Em outras palavras, o Senhor excomungou o CRP de sua igreja, que reza pela cartilha do enfrentamento biomédico da AIDS, excluindo qualquer ação ou pesquisa sobre seus impactos sociais nos brasileiros. O Rei dos Reis justifica que existem estudos feitos no hemisfério norte que apontam para o sucesso dessa iniciativa em países da Europa e nos Estados Unidos e que não seria necessária uma produção 'tupiniquim' de conhecmentos. Ops, peço perdão por outra heresia minha, Vossa Potestade não tem que justificar nada, apenas ordenar seu Mandamento Único, que é 'Testarás a qualquer preço'.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Ó, Adonai, o que lhe faz crer que a realidade brasileira é a mesma encontrada no lado brilhante da Terra? Aqui é o lado obscuro do planeta, onde a discriminação contra tudo só aumenta, os desmandos são a tônica do poder e a solução prática se sobrepõe à solução estudada dos problemas. Basta ver o número de assassinatos e suicídios diante de situações aparentemente banais. Além disso, o Brasil vem apresentando resultados desastrosos tanto na área de prevenção, pois continua produzindo mais de trinta e três mil diagnósticos positivos para o HIV, além de haver decuplicado o número de infecções entre jovens de Salvador em apenas um ano. Aumentar dez vezes o número de jovens infectados já seria um absurdo se acontecesse em dez anos, mas o Senhor faz de conta que nada vê e continua tentando achar uma saída para os problemas que Ele agravou à frente das ações governamentais de luta contra a AIDS no Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Fico imaginando, ó Javé, uma pessoa abalada emocionalmente por uma dúvida com relação ao ex namorado ou ex namorada e que comprou o teste na farmácia. É uma noite chuvosa de segunda feira e, em seu minúsculo apartamento no décimo andar, essa pessoa fica sabendo que, além de ter tomado um baita chifre, havia contraído o vírus HIV. Não há ninguém ali para lhe dar um apoio, um esclarecimento ou mesmo um silêncio de cumplicidade. Apenas o copo com meia dose de Campari e uma janela aberta no décimo andar para a solução de todos os problemas, a</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">final, essa é a vontade de Deus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Ó, Pai... Por que nos abandonaste?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Beto Volpe</span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-71566197986650470142015-01-09T11:24:00.001-02:002015-01-09T11:24:50.113-02:00Adolescente transexual se suicida nos EUA e deixa carta: "Consertem a sociedade"<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;">Pessoal, é com muito pesar que compartilho mais essa tragédia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;">Beto Volpe</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWkJG4LN5y7jZzsTZ_FAbT1h79_84M2Zi5QT4HXwDD_lUOJ11oYr3G_FABVRdEEjqCjhzCqcDH1dlcVehZ8a1EFwS4HqLECjXeUWzA_QrOsAusQyEqz7GOvw3x0My7_j9qlIWrX-lrdA/s1600/a1hai467lj8eckydieffskbip.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWkJG4LN5y7jZzsTZ_FAbT1h79_84M2Zi5QT4HXwDD_lUOJ11oYr3G_FABVRdEEjqCjhzCqcDH1dlcVehZ8a1EFwS4HqLECjXeUWzA_QrOsAusQyEqz7GOvw3x0My7_j9qlIWrX-lrdA/s1600/a1hai467lj8eckydieffskbip.jpg" height="250" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<h2 id="noticia-olho" style="border: 0px; font-family: MuseoSans700 !important; font-size: 22px !important; font-stretch: normal !important; font-weight: normal !important; line-height: 30px !important; list-style: none; margin: 0px 0px 20px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Leelah Alcorn foi atropelada e escreveu em sua carta suicida que o alívio que sentiu ao descobrir o que era transexualidade acabou quando sua mãe a censurou: "Deus não comete erros"</span></h2>
<div class=" " style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Bem cedinho na manhã de domingo (4), Leelah Alcorn andou seis quilêmtros de sua casa, em Ohio, até a estrada interestadual 71, onde se jogou na frente de um caminhão e morreu atropelada. O que de início pareceu um trágico acidente se revelou suicídio quando uma carta da adolescente transexual foi encontrada em sua conta no Tumblr.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Aos 17 anos, Leelah dizia: "Por favor, não fique triste, vai ser melhor. A vida que eu teria vivido não vale a pena viver... Porque eu sou transexual." Ela, que nasceu Joshua Alcorn em uma família cristã conservadora, continua a carta suicida dizendo que dos 4 aos 14 anos se sentiu uma menina presa no corpo de um menino. Aos 14, quando entendeu o conceito de transexualidade, sentiu um alívio incrível, por ver que existia, sim, um lugar para ela no mundo.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Porém, quando ela contou isso aos pais, a mãe reagiu negativamente. "Ela disse que era uma fase, que eu nunca seria verdadeiramente uma menina, que Deus não comete erros e que eu estava errada".</span></div>
<div class=" " style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Leelah conta que seus pais a tiraram da escola e a proibiram de usar mídias sociais. Totalmente isolada, ela teve uma depressão profunda."Se você está lendo isso", ela pediu. "Por favor, não diga isso para os seus filhos. Mesmo se você for cristão ou contra pessoas trans, nunca diga isso que para alguém, especialmente seu filho. Não vai levar a nada, a não ser fazê-los odiar seus pais. Foi exatamente o que aconteceu comigo."</span></div>
<div class=" " style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Em outro trecho da carta, ela afirma: "Nunca vou ser feliz com minha aparência ou minha voz. Nunca vou ter amigos suficientes. Nunca vou ter amor suficiente para me satisfazer. Nunca vou encontrar um homem que me ama."</span></div>
<div class="" style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white;">HOMEM SOLITÁRIO OU MULHER QUE SE ODEIA</span></strong></div>
<div class=" " style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Ela segue sua carta antecipando um futuro terrível para si mesma, da maneira que fosse. "Vou viver o resto da minha vida como um homem solitário, que deseja que fosse uma mulher, ou como uma mulher mais solitária ainda, que se odeia. Não há como vencer. É uma rua sem saída."</span></div>
<div class=" " style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Ela decide se matar e faz um pedido: que sua morte não seja em vão. "Só vou descansar em paz se um dia as pessoas transexuais não forem tratadas da maneira que eu fui. Eles merecem ser tratados como seres humanos, com sentimentos válidos e direitos humanos", escreveu ela.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Mais do que para as famílias, ela deixou um pedido voltado para as escolas também. "A questão de gênero tem de ser ensinado nas escolas, quanto mais cedo melhor. Minha morte deve significar alguma coisa. Minha morte precisa ser somada ao número de pessoas transexuais que cometerem suicídio este ano. Eu quero alguém para olhar para esse número ... e corrigi-lo. Consertem a sociedade.Por favor."</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Os colegas da Kings High School fizeram uma vigília que reuniu mais de 300 pessoas e a carta provocou uma grande movimentação on-line. Agora é tarde. Porém, dois meses antes de morrer, Leelah escreveu um pedido de ajuda em um fórum do site Reddit: "Por favor me ajudem. Não sei o que fazer. Não sou agredida fisicamente, mas sinto que sofro outro tipo de abuso, verbal ou mental. Não vou suportar isso por muito mais tempo."</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font-stretch: normal; line-height: 26px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white;">Fonte: iGay</span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-67661953076633883812014-12-01T09:32:00.000-02:002014-12-01T09:32:01.612-02:00Atitude é tudo!<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; text-align: justify;">Pessoal, neste Dia Mundial de Luta contra a AIDS eu não poderia publicar algo tão tocante quanto esse grito de liberdade de meu querido Max Goudar. </span><br />
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_547c4f91012c53c44450863" style="display: inline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">
Viva a Vida, meu amigo!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
Beto Volpe</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnKfe7ov1mcGubJ0_jbxENioIhPA3IsbziB2_-M2_7PicGK3MsCz0rT7sis6CzaEAb4stDRvxTW85mTcqz0Lw0KZ8QzefBmaYchYnomRZf8MMDHCVGTxHJME1cdcezCjPwysenC0ylWg/s1600/corrente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnKfe7ov1mcGubJ0_jbxENioIhPA3IsbziB2_-M2_7PicGK3MsCz0rT7sis6CzaEAb4stDRvxTW85mTcqz0Lw0KZ8QzefBmaYchYnomRZf8MMDHCVGTxHJME1cdcezCjPwysenC0ylWg/s1600/corrente.jpg" height="311" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom dia, hoje eu vim aqui falar de uma coisa que poucos sabem, mas que todos vão saber agora, não aguento mais esconder, não aguento mais ter que viver fingindo que está tudo bem, não está bem, eu tenho o vírus hiv!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E por mais que falem que é só tomar um remedinho, eu digo que não! Não é tão simples assim! Não estou morrendo, pelo contrário, estou vivendo, e pelo visto vou viver<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"> muiiiiito! Mas não é simplesmente tomar o remedinho, vai além...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /><div style="text-align: justify;">
Gostaria de poder ajudar você que é jovem, gostaria de pedir aos jovens amigos que se cuidem para não ter que passar por essa situação que não é legal! Usem camisinha!! E você que está lendo, você mesmo que transou sem camisinha e não fez o teste, faça! Por mais que seja difícil, ou tenha medo, o diagnóstico precoce ajuda muiiiiito no tratamento, e pode te salvar! Se você precisar estarei aqui!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gostaria de agradecer ao apoio da minha mãe que é foda! E de todos os meus amigos!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gostaria também de agradecer a Igreja Cristã <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100003009459064" href="https://www.facebook.com/contemporanea.niteroi" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Contemporânea Niterói</a>que sempre me acolheu muito bem! (Estou voltando)! Quem quiser conhecer um pouco da minha história é só ir à banca e comprar o jornal O Globo de hoje! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou me expondo por AMOR a quem um dia me ajudou, aos meus amigos que deram a cara a tapa, se eles não tivessem essa "coragem", com toda certeza do mundo eu não estaria aqui pra poder contar a minha história! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agradecer ao meu namorado <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100004664621575" href="https://www.facebook.com/leonardo.aprigio.946" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Leonardo Aprígio</a> que me aceitou do jeito que sou, Ao Wallace Alcantara,<a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=698142093" href="https://www.facebook.com/nettinhos" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Joao Geraldo Netto</a>, <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1366266834" href="https://www.facebook.com/rcobueno" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Regina Bueno</a>, <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1398145527" href="https://www.facebook.com/jose.rayan" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">José Rayan</a>, <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000469065433" href="https://www.facebook.com/silviomonsores" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Ivan Monsores</a>, <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100001616317935" href="https://www.facebook.com/beto.volpe.5" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Beto Volpe</a>, <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000320146858" href="https://www.facebook.com/andreapaula.ferrara" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Andrea Paula Ferrara</a>, <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=567574084" href="https://www.facebook.com/fabi.mesquita" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Fabi</a>,<a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100006342512256" href="https://www.facebook.com/fabio.mesquita.372019" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Fabio Mesquita</a>, a minha amiga Natália Chagas que não está mais aqui com a gente, e a todos que me apoiaram que não sei se posso citar aqui!</div>
<div style="text-align: justify;">
Amo vocês! Muito obrigado mesmo!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora eu só quero um abraço de vocês, mais nada!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Viva a vida!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Max Goudar</div>
</div>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="fbPhotoPagesTagList" id="fbPhotoSnowliftPagesTagList" style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 12.2880001068115px;">
</div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-81659627238859491922014-11-20T16:42:00.001-02:002014-11-20T16:44:50.950-02:00MANIFESTO DAS ONGS AIDS DE SÃO PAULO - AIDS: MAIS DE 12.000 MORTOS POR ANO NO BRASIL!<div class="s4" style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 10px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span class="s5" style="font-weight: bold; text-decoration: underline;"><span class="bumpedFont15">É DESUMANO, É INADMISSÍVEL, É INACEITÁVEL</span></span><span class="s5" style="font-weight: bold; text-decoration: underline;"><span class="bumpedFont15">.</span></span></span></div>
<div class="s4" style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 10px; text-align: justify;">
<span class="s5" style="font-weight: bold; text-decoration: underline;"><span class="bumpedFont15" style="background-color: black;"><span style="color: white;">PRESIDENTE DILMA, NÃO DEIXE O PROGRAMA DE AIDS MORRER!</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3qAuaHUPZCo9Z0ZOYvlhQ0uc6MXafetD0y2C7T4dsaEWU5yMMapXPROhzAvfQat2mFm06hyphenhyphenj1Q2O00Nd0w7wIVuheC6LwIunCPJK72vtn0muHTcbCVSm2g006Ag6x4fBl2TSC8yJY-g/s1600/aids+forum.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3qAuaHUPZCo9Z0ZOYvlhQ0uc6MXafetD0y2C7T4dsaEWU5yMMapXPROhzAvfQat2mFm06hyphenhyphenj1Q2O00Nd0w7wIVuheC6LwIunCPJK72vtn0muHTcbCVSm2g006Ag6x4fBl2TSC8yJY-g/s1600/aids+forum.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<b><i><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Atualmente, a
cada duas horas, três pessoas morrem de aids no Brasil. São mais de
33 mortes por dia. A situação, inadmissível, revela a
insuficiência do programa brasileiro de combate à aids.</span></i></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Para se ter
uma noção dessa tragédia de saúde pública, basta analisar o número de mortes
proporcionalmente à população brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">A taxa de
mortalidade de aids por 100 mil habitantes em 2012 (<i>último dado disponível</i>)
foi de 6,2 óbitos. Há sete anos, em 2006, a taxa era menor: 5,9 por 100 mil
habitantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Desde o ano de
2001, quando o Brasil registrou 10.942 mortes (<i>o menor patamar da história</i>)
o número de mortes aumentou ou estacionou em altíssimos patamares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Em algumas
Regiões a situação é ainda mais dramática. Na região Norte, de 2001 até hoje, o
número de mortes por aids aumentou 4,1 vezes. No Sul, a epidemia já é
considerada generalizada, tamanha a incidência de HIV na população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Da mesma
forma, hoje a taxa de novos casos de aids no
Brasil está , injustificadamente, nos mesmos patamares de 1996.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Por que esses
números são inaceitáveis?</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Todo ano,
quando se aproxima o Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro)
o Ministério da Saúdedivulga dados “comemorando” a “estabilidade” do
número de mortes. Alguns Estados e municípios chegam até a comemorar a
“redução” das mortes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Trata-se de
manipulação da realidade por meio da divulgação seletiva de dados
absolutos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Nos dias de
hoje, essa suposta “normalidade” do número de mortes é inaceitável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Em 1997, no
primeiro ano após o início da distribuição do coquetel de medicamentos anti-HIV
na rede pública, 12.078 pessoas morreram de aids no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Quinze anos
depois, na contramão do que tem acontecido em vários países, o número
de mortos no Brasil não reduziu, é exatamente o
mesmo : foram 12.078 mortes em 2012.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Tais números
demonstram a falência do programa brasileiro de aids, que não
soube aproveitar os conhecimentos e as tecnologias existentes no
mundo, deixou de investir em prevenção e piorou a qualidade da assistência na
rede pública. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Todas as
evidências demonstram que as pessoas que têm acesso ao teste de HIV, recebem o
diagnóstico no tempooportuno e iniciam o tratamento adequado, apresentam
uma expectativa de vida próxima de pessoas não infectadas pelo HIV.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Pois no
Brasil, por negligência da política pública, as pessoas com HIV apresentam
risco de morrer 10,7 vezes maior que a população geral brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Os dados
mundiais comprovam que o Brasil está parado na contramão. Em 2013, o UNAIDS
(programa de Aids das Nações Unidas) anunciou a redução do número de mortes por
aids em todo o mundo, de 1,9 para 1,6 milhões de mortes por ano entre 2001 e
2012.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Por que tanta
gente ainda morre de aids no Brasil?</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Principalmente
por quatro motivos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">1-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Grande parte
das mortes por aids no Brasil está relacionada ao diagnóstico tardio da
infecção pelo HIV. Uma a cada cinco mortes por aids ocorre antes da
pessoa com HIV completar um ano após o diagnóstico. Para esses cidadãos, que
não tiveram oportunidade de fazer o teste e iniciar o tratamaneto,a aids é
uma sentença de morte, tal como na década de 1980, quando não existia
tratamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 7.5pt 27pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">2-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Muitas pessoas
também morrem hoje devido a piora da qualidade dos serviços que atendem aids no
país. Há demora absurda entre o teste positivo e a primeira consulta, e
há falhas no acompanhamento clínico dos pacientes. Para piorar,
o governo federal decidiu, equivocadamente, pelo deslocamento do
tratamento da aids para as unidades básicas de saúde e atenção primária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">3-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">O aumento da
oferta de testes de HIV não se refletiu igualmente na identificação de pessoas
infectadas. Isso porque as campanhas de incentivo ao teste são
feitas visando publicidade do Ministério da Saúde e secretarias de saúde.
Dirigidas ao público em geral,não chegam até as pessoas que são mais
vulneráveis à infecção pelo HIV.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 13.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">4-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">O governo
federal fez aliança com políticos e setores religiosos conservadores, censurou
e não retomou campanhas dirigidas às pessoas mais vulneráveis, a
exemplo dos homossexuais e profissionais do sexo, populações que, por serem
discriminadas e terem seus direitos violados, têm maiores taxas de
infecção pelo HIV e de mortalidade por aids.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 7.5pt 27pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">O
que nós queremos, ONGs e pessoas que vivem com HIV?</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Queremos
mudanças na condução do <a href="http://www.aids.gov.br/%20/o%20Departamento%20de%20DST,%20Aids%20e%20Hepatites%20Virais" target="_blank"><span style="color: white; mso-themecolor: background1;">Departamento
de DST, Aids e Hepatites Virais</span></a> do Ministério da Saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Queremos que
nossas reivindicações a seguir sejam implementadas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">•<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Ampliação e
melhoria dos serviços do SUS,especializados em HIV-Aids<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">•<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Respeito ao
Estado laico com retomada das campanhas governamentais de prevenção
dirigidas às populações mais vulneráveis, com conteúdos contra o
estigma e a discriminação, conforme Recomendações da Organização Mundial
da Saúde<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<u><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">•<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Retomar a
promoção dos Direitos Humanos tanto na oferta de tratamento como na oferta da
prevenção, respeitando a autonomia das pessoas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">•<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Ampliação da
oferta do teste de HIV para populações mais vulneráveis e tratamento em
tempo oportuno<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">•<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Plano com
metas claras de redução de novas infecções e do número de mortes por aids no
Brasil<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">•<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Respeito e
valorização das ONGs e movimentos da sociedade civil, como parceiros
fundamentais da luta contra a aids no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Chega de
retrocessos!</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Presidente
Dilma, não deixe o programa brasileiro de aids morrer!</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<i><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Fórum de
ONG-Aids do Estado de São Paulo. 19 de novembro de 2014</span></i><span style="color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 7.5pt;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-35673794724570915192014-11-16T22:17:00.002-02:002014-11-16T22:17:47.151-02:00O remédio brasileiro contra a Aids<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tá chegando, tá chegando...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O uso do coquetel de drogas contra o HIV, o vírus causador da Aids, prolonga a vida dos pacientes de forma espetacular. Mas não lhes garante a cura. A razão reside no fato de que, mesmo que a concentração de vírus na corrente sanguínea seja reduzida a níveis indetectáveis, uma parte deles ainda está lá, no organismo, escondida no que os cientistas chamam de “esconderijos”. Trata-se de células localizadas em pontos como o cérebro nas quais o HIV permanece alojado, em estado latente e imune à ação dos medicamentos. A qualquer oportunidade, ele é reativado e inicia novamente sua cadeia de multiplicação. Destruir o vírus que está escondido, portanto, tornou-se um dos maiores desafios para vencer a doença definitivamente. No Brasil, um time de cientistas está somando vitórias nesse sentido. Depois de dois anos de pesquisa em animais, uma medicação desenvolvida pelos pesquisadores conseguiu tirar o HIV dos reservatórios, tornando-o finalmente vulnerável ao ataque das drogas antirretrovirais.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<img alt="abre.jpg" src="http://content-portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_22651860272013390.jpg" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Credito: " /></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">PROTEGIDO</strong></div>
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O HIV permanece em estado latente em algumas células, imune aos remédios</strong></div>
</strong></span><br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A façanha é de autoria do farmacêutico Luiz Francisco Pianowski, do Laboratório Kyolab, e do pesquisador Amílcar Tanuri, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os dois coordenam os trabalhos, que incluem a participação de cientistas do Hospital Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e do instituto Aurigon, na Alemanha. O relato do que foi obtido até agora está registrado em publicações científicas como a revista americana Plos One e o jornal “Aids”.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A peça-chave para o sucesso observado até aqui do remédio criado pelos brasileiros é seu princípio ativo. Ele é extraído da planta aveloz, de origem africana e cultivada em alguns estados do Nordeste. O composto e seus derivados semissintéticos demonstraram eficácia para deslocar o HIV “adormecido” das células que servem como seu esconderijo para o sangue. Os mecanismos que resultam nesse efeito não estão totalmente esclarecidos, mas o fato é que o vírus, antes latente, fica ativo novamente e cai na corrente sanguínea, onde é combatido pelos remédios que formam o coquetel.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<img alt="01.jpg" src="http://content-portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_22651872457308084.jpg" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Credito: " /></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">OTIMISMO</strong></div>
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Tanuri coordena os estudos em animais que estão</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">demonstrando a eficácia da medicação</strong></div>
</strong></span><br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O impacto foi constatado in vitro, em células de laboratório e também em células extraídas de pacientes com HIV. Depois, ficou evidenciado, em experimentos realizados com macacos Rhesus infectados pelo SIV, um tipo de vírus responsável por uma infecção extremamente parecida com a causada pelo HIV – por isso, é usado como modelo padrão de estudos em animais sobre a Aids. Já foram realizados quatro investigações usando as cobaias e uma quinta está em andamento. Em uma das pesquisas, dois macacos contaminados e não tratados receberam o remédio. Observou-se aumento da carga viral, mostrando que o vírus alojado nos reservatórios se deslocou para a corrente sanguínea.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outro teste com os macacos foi mais longe. Dois animais infectados e tratados com os remédios receberam a medicação durante 30 dias. Depois de 21 dias, houve o registro da elevação da concentração de vírus no organismo, indicando que aqueles que estavam escondidos haviam ficado expostos. Após um mês, todo o tratamento foi suspenso, inclusive as drogas antirretrovirais. Depois da suspensão, a concentração viral permaneceu em níveis indetectáveis por 47 dias. “Nesse modelo, porém, o normal é que a carga viral volte a subir em menos de seis dias após a retirada dos antirretrovirais”, explica o pesquisador Tanuri. As investigações executadas nos Estados Unidos e na Alemanha revelaram ainda que o remédio consegue atuar inclusive nos reservatórios localizados no cérebro.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img alt="02.jpg" src="http://content-portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_22651890096592122.jpg" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Credito: " /></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O momento atual da pesquisa – financiada pela Amazônia Fitomedicamentos – é crucial para o futuro do medicamento. “Nesse estudo com macacos, pretendemos estender a pesquisa até que zeremos os reservatórios virais”, informou o farmacêutico Pianowski. “Ficaria assim comprovada, em laboratório, a cura da doença”, afirma. Depois dessa etapa, planeja-se a realização de estudos clínicos, se possível ainda no próximo ano. “Já fizemos todos os estudos toxicológicos em cães e camundongos e dominamos a produção da molécula”, complementa o farmacêutico.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na opinião do infectologista Edimilson Migowski, diretor-geral do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o trabalho dos colegas brasileiros é realmente interessante. “Ele se encaixa em uma linha de abordagem contra a doença que busca a sua cura, e não apenas o controle da multiplicação do vírus, como fazem hoje os antirretrovirais”, afirma. “Mas é necessário lembrar que ainda é preciso muito mais estudo até que isso se torne uma realidade acessível”, ressalva. </span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<img alt="03.jpg" src="http://content-portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_22651881014058749.jpg" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Credito: " /></div>
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ATAQUE<br style="font-size: 12px; margin: 0px; padding: 0px;" />Pianowski usa composto tirado da planta aveloz<br style="font-size: 12px; margin: 0px; padding: 0px;" />para acabar com os reservatórios virais</strong><br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: black;">Fonte: Isto É</span></span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-71938039422144677322014-11-13T09:57:00.000-02:002014-11-13T09:58:23.087-02:00Violência sexual, castigos físicos e preconceito na Faculdade de Medicina da USP<span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: black;">É tão aviltante essa situação que tenho certeza que muitos dos meus amigos e conhecidos médicos devem se retorcer dentro de seus jalecos. Pinço um trecho para deixar clara minha posição com relação ao assunto:</span></span><br />
<span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: black;"><br /></span></span>
<span style="background: black; color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 24px; text-align: justify;">"...não é a questão moral, mas o</span><span style="background: black; color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 24px; text-align: justify;"> <b>ambiente de machismo extremo que cria a impressão de que qualquer garota presente está disponível."</b></span><br />
<span style="background: black; color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 24px; text-align: justify;"><br />Beto Volpe</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvAU3bvgGOfyrz4ilSTyZKxK8zH7MkoPGr4SNiGKAkXB8jYcXX6Q5fGCYwuDKwZMCPLNVhvMueshJv_fysV5nDBXytFbxqufkKi-SmocKtkDlOuYko8Ycj_FfX-MvPXOVrkISV3ys6Iw/s1600/usp+med.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvAU3bvgGOfyrz4ilSTyZKxK8zH7MkoPGr4SNiGKAkXB8jYcXX6Q5fGCYwuDKwZMCPLNVhvMueshJv_fysV5nDBXytFbxqufkKi-SmocKtkDlOuYko8Ycj_FfX-MvPXOVrkISV3ys6Iw/s400/usp+med.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Muitas das
garotas têm menos de 20 anos. A maior parte delas é branca, de família de
classe A ou B. Estão felizes por realizar um sonho. Apreensivas pelos desafios
que enfrentarão nos anos seguintes. Assustadas com o novo ambiente e os rostos
desconhecidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">São reunidas
em círculo. Em volta, outro círculo, de garotos igualmente brancos, igualmente
nascidos em famílias ricas ou de classe média alta. Mas são mais velhos.
Intimidadores. Ordenam que todas gritem “bu”. Elas obedecem:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">– Bu! Bu! Bu!
Bu! Bu! Bu!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Um coro alto
de vozes masculinas, a dos garotos em volta das garotas, abafa as vozes
femininas e ressoa pelo ambiente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">– Buceta!
Buceta! Buceta eu como a seco! No cu eu passo cuspe! Medicina é só na USP!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">É assim que calouras da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP) são recepcionadas em seu primeiro dia dessa
nova fase da vida</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. Todos os
anos. É uma das muitas tradições da faculdade de ciências médicas considerada a
melhor do país. “De elite.” Para as mulheres, no entanto, grande parte dessas
tradições se traduz em opressão permanente, que traz como consequência extrema
casos graves de</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>abusos sexuais, incluindo estupros, no
interior do ambiente universitário</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. Casos sobre os quais recai um pesado manto de</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>silêncio</b> </span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">que impede que se tome
providências a respeito. É fundamental que se preserve o bom nome da
instituição.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Ou melhor: das
instituições, no plural. Pois a FMUSP abriga entidades tão tradicionais que
elas próprias parecem ser autossuficientes. É o caso da</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Associação
Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz (AAAOC)</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">, ou simplesmente Atlética, e do</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Show
Medicina</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">, que reúne
alunos para uma apresentação teatral anual e que recentemente virou notícia
quando estudantes que dele fazem parte pintaram um anúncio de sua 72ª edição
sobre um grafite na avenida Rebouças, em São Paulo.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Violências sexuais, trotes violentos, castigos
físicos, humilhações, machismo, racismo e discriminação social</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. A</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Ponte</b> </span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">reuniu inúmeras denúncias de
violações sistemáticas aos direitos humanos ocorridas nessas instituições,
quando não incentivadas ou promovidas por elas. Comumente varridos para debaixo
do tapete, tais abusos passam atualmente por uma inédita publicização, fruto da
luta das vítimas e de coletivos de direitos humanos da faculdade. Tanto que
hoje<a href="http://ponte.org/ha-na-fmusp-uma-cultura-de-repressao-das-minorias-de-discriminacao-e-violencia-sexual-diz-promotora-de-justica/" target="_blank"><span style="color: white; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-themecolor: background1; text-decoration: none; text-underline: none;"> </span><span style="color: white; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-themecolor: background1;">são
alvos de investigação por parte do Ministério Público do Estado de São Paulo
(MP-SP)</span></a></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> </span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">e objetos de uma histórica comissão interna formada
por professores com o objetivo de apurá-los. As denúncias também chegaram à</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Comissão
de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">, presidida pelo deputado
Adriano Diogo (PT), que realizará uma audiência pública sobre o tema nesta
terça, 11/11.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Com esta
reportagem, a</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Ponte </b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">dá início a uma série especial
sobre o assunto. Tradição, hierarquia, segredo, ritualismo, elitismo, regras
rígidas e punições são as palavras-chave.</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Os relatos são
impactantes.</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 5; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Abusos sexuais: a naturalização</span></b><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Na
segunda-feira à tarde da semana de recepção aos calouros, acontece o primeiro
evento do ano no clube da Atlética, no bairro paulistano de Pinheiros. É a
“Espumada”. Os estudantes de Medicina festejam com churrasco e bebidas o início
do novo semestre. Numa quadra poliesportiva, é formada uma espécie de piscina
cheia de espuma, que chega a cobrir a cabeça dos presentes. Garotas e garotos que
lá entram mal veem um ao outro. Mas são elas as mais vulneráveis. Mãos
masculinas anônimas apalpam tudo que encontram pela frente: seios, bundas,
vaginas. “A caloura não sabe como é a festa. Qualquer menina que entra na
espuma perde o controle sobre o corpo. É mão de todo lado, sem você saber quem
é. O menino te agarra, te beija. E se você tenta fazer algo, a resposta é que
se você está na espuma é porque quer, está lá para isso. Rola uma pressão. Se
está lá é porque está topando qualquer negócio”, relata uma das alunas, que não
quis se identificar. “Os veteranos abusam do poder que têm sobre as meninas,
que estão vulneráveis, não sabem o que está acontecendo. Muitas ficam bêbadas.
Abusam mesmo delas.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<i><span style="background: black; color: white; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“Muitos veteranos usam o fato de você estar numa situação vulnerável e
forçam o beijo, o sexo. Às vezes a menina está desmaiada e ele tira a roupa
dela.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Segundo a
estudante Marina Pikman, do</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>coletivo feminista Geni</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">, formado no final de 2013
dentro da FMUSP, é comum que as alunas reclamem do constrangimento a que são
submetidas logo quando chegam à faculdade. “Há muita ênfase na hierarquia, em
tirar a identidade do calouro, falar: ‘você não sabe de nada, esquece toda a
sua vida pregressa que e a gente vai te ensinar’. Com as mulheres, isso
acontece de forma machista, os veteranos acham que têm livre acesso às
calouras”, diz.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Ana Luísa
Cunha, também integrante do Geni, lembra que quando o grupo foi fundado
começaram a chegar vários relatos de abusos sofridos na semana de recepção.
“Você chega e não sabe o que vai acontecer. Quer se enturmar, está na euforia e
os caras se aproveitam, muitos veteranos usam o fato de você estar numa
situação vulnerável e forçam o beijo, o sexo. Às vezes a menina está desmaiada
e ele tira a roupa dela”, conta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Mas os casos
de abusos não ocorrem apenas na primeira semana ou na “Espumada”.</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Há
relatos de violências sexuais em outras festas</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">, tanto promovidas pelo Centro
Acadêmico Oswaldo Cruz (Caoc), como as cervejadas, quanto pela mesma Atlética,
a exemplo das tradicionalíssimas “Carecas no Bosque” e “Fantasias no Bosque”,
realizadas uma em cada semestre. De acordo com o Geni, são pelo menos 8 casos
de assédios graves nos últimos 3 anos. Marina avalia, no entanto, que esse é um
número bem menor do que a realidade, já que muitas estudantes não denunciam as
violências sofridas por vergonha e medo de serem hostilizadas.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Das festas que
acontecem na FMUSP, a “Carecas no Bosque” e a “Fantasias no Bosque” são as que
criam o ambiente mais “propício” para abusos. A começar pelos cartazes de
divulgação, quase sempre com destaque a mulheres cheias de curvas, trajes
mínimos e olhares provocantes. Os preços dos convites são diferenciados. Em
geral, mulheres pagam quase a metade do que os homens. “Todo o marketing é
baseado no fato de que lá haverá muitas mulheres e que vai ter sexo à vontade.
A USP inteira sabe que tanto a ‘Carecas’ quanto a ‘Fantasias’ são para isso,
para ir lá e transar”, explica a aluna que optou por permanecer anônima. O
problema, segundo ela, não é a questão moral, mas o</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>ambiente
de machismo extremo que cria a impressão de que qualquer garota presente está
disponível.</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">A festa
acontece no campo de futebol da Atlética. As equipes masculinas de cada
modalidade esportiva erguem suas barracas para vender bebidas e arrecadar
recursos. Atrás destas são montados os “cafofos”: estruturas fechadas com
colchões ou almofadas apropriadas para se levar garotas. Segundo relatos, uma
das modalidades costuma contratar prostitutas, cuja tarefa é agradar os
presentes com</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <i>strip teases</i> </span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">e “</span><i><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">body shots</span></i><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">” de tequila nos seios, além de
deixar o corpo à mercê das apalpadelas. Na barraca de outra modalidade, filmes
pornôs são projetados. Outra equipe batiza seu espaço de “matadouro”.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<i><span style="background: black; color: white; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“Nessas festas, minha impressão é que as meninas são um pedaço de carne
na prateleira.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Em torno do
campo de futebol, há um pequeno bosque, para onde os casais vão para transar.
Seguranças contratados pela organização vigiam a entrada. “Nessas festas, minha
impressão é que as meninas são um pedaço de carne na prateleira. A mentalidade
dos meninos é que elas estão disponíveis para transar. Chegam de maneira agressiva,
ao ponto de vários caras tentarem te puxar para o bosque. E, na minha
percepção,</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>se você entra no cafofo você não sai, vai
ter de transar com o cara</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">”, opina a estudante. “Ter” de transar. Marina, do coletivo Geni, revela
que já ouviu muitas histórias de garotas assediadas e estupradas entre as
árvores. “Houve uma vez em que meu namorado ouviu gritos e foi socorrer.</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Um
cara que ele conhecia tinha rasgado a calcinha da menina contra a vontade dela</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">”, conta.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<i><span style="background: black; color: white; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“Há estupros de meninas inconscientes, casos de colocar ‘boa noite
Cinderela’ na bebida delas. É algo sistemático porque acontece em todos os
anos”, diz professora da FFLCH<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Heloísa
Buarque de Almeida, coordenadora do programa</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>USP Diversidade</b> </span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">e professora de estudos de
gênero na antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
(FFLCH), pesquisa a ocorrência de violência sexual, machismo, homofobia e
trotes violentos na FMUSP desde que foi procurada pelos coletivos da faculdade,
há alguns meses. “As violências se tornam rituais que se repetem a partir de
uma ideia de tradição que querem manter, que não é exatamente do curso, mas uma
tradição de algumas festas e instituições que se torna escandalosa”, analisa.
“Há estupros de meninas inconscientes, casos de colocar ‘boa noite Cinderela’
na bebida delas. É algo sistemático porque acontece em todos os anos. A festa
‘Carecas no Bosque’ é tradicional entre aspas.</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Eles consideram
tradicional que tenha prostitutas lá dentro, e no meio disso algumas meninas
são estupradas porque estão bêbadas.</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">”<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 5; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">‘</span></b><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Você estava muito bêbada’</span></b><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 5; text-align: justify;">
<b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv6p8AKnknCYCKbLH77GBpYNZnaHKPZomU6zvIrIkU06u-HXK_D88TOYSGLKAge-xvTGehGTE7eFYKgm0Q3geMD1zyJMyCo0nmVOYga-fBsOcqDWaLHEG5r4C5IoqDKNoeLzkpTeY3pg/s1600/usp+med+2.jpg" imageanchor="1" style="background-color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: white;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv6p8AKnknCYCKbLH77GBpYNZnaHKPZomU6zvIrIkU06u-HXK_D88TOYSGLKAge-xvTGehGTE7eFYKgm0Q3geMD1zyJMyCo0nmVOYga-fBsOcqDWaLHEG5r4C5IoqDKNoeLzkpTeY3pg/s400/usp+med+2.jpg" width="282" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 5; text-align: justify;">
<b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Foi na “Carecas no Bosque” de 2011 que a então
caloura Doralice* foi estuprada no “cafofo” do judô</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. Ela estava desacordada.
“Demorei para saber o que tinha acontecido, porque eu retomei a consciência
apenas quando estava no hospital. Não me falaram direito, só: ‘acho que você
foi abusada’”, diz ela, em depoimento à</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Ponte</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. Posteriormente, juntando os
relatos que foram surgindo, muitos por insistência dela, a estudante pôde
entender melhor o que ocorreu após as 4 horas da madrugada, quando ainda estava
consciente e havia ido tomar uma bebida na barraca do judô – depois disso, não
se lembra de mais de nada. De acordo com o que lhe contaram, Doralice ficou com
um dos garotos da modalidade, que a levou ao cafofo, onde a deixou.</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Quando
ele voltou, viu-a desacordada com um homem sobre ela, estuprando-a.</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">O que se seguiu, segundo a aluna, foi uma série de
tentativas, por parte da Atlética e da diretoria da faculdade, de abafar o
caso.</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> </span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">No Hospital das Clínicas, para onde foi levada por
diretores da entidade esportiva, não foram feitos exame de corpo de delito,
para se comprovar a violência, ou toxicológico, para identificar uma possível
adulteração em sua bebida. No entanto, a caloura começou a tomar medicamentos
antirretrovirais como prevenção ao HIV.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<i><span style="background: black; color: white; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“Eles falaram que eu não tinha como provar, que não poderia dizer que
havia sido estuprada porque estava muito bêbada.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Apesar da
insistência, os responsáveis pela Atlética demoraram a lhe explicar exatamente
o que tinha acontecido. Foi somente 2 dias depois, quando</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>teve
a confirmação de que havia existido penetração</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">, que Doralice decidiu
denunciar o caso. Mas foi sistematicamente desencorajada pelos diretores da
Atlética. “Eles falaram que eu não tinha como provar, que não poderia dizer que
havia sido estuprada porque estava muito bêbada.”<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Mesmo assim, a
estudante fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher. Algum tempo
depois, a delegada apontou um funcionário terceirizado da faculdade como o
agressor. “Até hoje, quando o inquérito policial está sendo finalizado, eu
descubro coisas sobre meu caso que não sabia, por exemplo, que</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>a
diretoria da Atlética não permitiu que a polícia entrasse no local da festa”</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">, conta.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">As pessoas que
ela procurava para testemunhar se mostravam ariscas. Falavam que deveria “tocar
a vida para frente”. “Foi feito um</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>pacto de silêncio,
como tudo é tratado dentro da Faculdade de Medicina</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. Meu namorado era mais velho e
falavam para ele que a história não poderia vazar, que iria destruir a imagem
da Atlética, que iria destruir a festa”, revela. Ela conta, ainda, que</span><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> a
diretoria da FMUSP tomou conhecimento do caso, mas não fez nada a respeito.</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<i><span style="background: black; color: white; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“Abaixou minha calça, enfiou o dedo, me beijou à força.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">O estupro no
“Carecas no Bosque” de 2011 não foi a primeira nem a última violência sexual
sofrida por Doralice. No início daquele mesmo ano, durante a semana de
recepção, ela foi abusada por um dos diretores da Atlética, que inclusive faria
parte do grupo que a levaria ao hospital alguns meses depois. Numa tarde de
bebedeira, ele a levou a uma sala escura da equipe de atletismo e a jogou no chão.
“Abaixou minha calça, enfiou o dedo, me beijou à força. Mas teve uma hora em
que ele parou”, relata Doralice. “Depois ele fez isso com outras meninas, uma
delas da ‘panela’ dele, outra, uma colega minha de turma. Ele vê que a menina
está bêbada e não conseguindo oferecer muita resistência.” Nos anos posteriores
ao estupro, outro diretor da Atlética aproveitou duas “Espumadas” para passar a
mão em seu corpo. Segundo a aluna, ele igualmente costuma repetir o abuso com
outras estudantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 5; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">‘Eu sei que você quer, deixa de
ser chata’</span></b><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Em novembro de
2013, a estudante de Medicina Leandra*</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>sofreu abuso sexual de
2 alunos durante uma cervejada do sexto ano realizada no Centro Acadêmico
Oswaldo Cruz</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. Eles ficaram
insistindo para que ela fosse até o estacionamento ao lado. “Vamos para meu
carro que eu vou dar bebida para você”, diziam.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“Eu falava que
não queria, eles insistiam para eu ir. Me puxavam, mas eu não queria ficar com
eles. Nesse vai e vem acabamos chegando ao carro deles. Lá eles começaram a me
beijar, enfiar a mão dentro da minha roupa, dentro da minha calça. Queriam que
eu entrasse no carro, abriram a porta, e eu comecei a gritar, a fazer um
escândalo, dizendo que não queria. Tentava sair e eles impediam a minha
passagem. Me empurravam, e um deles começou a gritar comigo: ‘para de gritar,
para de gritar!’. Eu dizia que não queria os dois e um deles respondia: ‘você
quer sim, eu sei que você quer, deixa de ser chata’. E os dois me beijavam, passavam
a mão em tudo, não me deixavam sair. Nisso uma menina que estava no
estacionamento brigando com o namorado viu o que aconteceu, deu um grito e me
chamou. Então consegui sair.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">A partir de então, Leandra iniciou uma epopeia para
que a violência sofrida por ela fosse reconhecida</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. Fez um Boletim de Ocorrência
e denunciou o caso à diretoria da faculdade. Uma sindicância formada por 4
professores foi criada, mas apenas a estudante e um dos agressores foram
ouvidos, já que o outro estava viajando. Em abril de 2014, a conclusão
divulgada foi que a relação havia sido consensual, e que o problema havia sido
o consumo de álcool. “Para mim, essa decisão</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>tira a culpa do
agressor e a joga na vítima</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">, porque ela estava bêbada. Chegaram à conclusão de que foi consensual
só com meu depoimento e de um dos garotos”, reclama.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">O forte
corporativismo existente no ambiente universitário da Faculdade de Medicina da
USP, que havia se manifestado no caso de Doralice, voltou a “atacar” no caso
Leandra. A vítima, e não os agressores, passou a ser hostilizada
sistematicamente desde então. “Eu passo no corredor, as pessoas cochicham,
apontam, principalmente os amigos dos caras. Eu mesma ouvi dizerem: ‘ah, aquela
menina sai com todo mundo, logo ela vai reclamar disso? Está querendo
aparecer’”.</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>A preocupação maior é com a imagem da
faculdade. Até mesmo um dos que abusaram de Leandra foi tirar satisfação.
Ameaçou processá-la por difamação.</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<i><span style="background: black; color: white; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“Quando fui denunciar, achei que o meu era um caso isolado, mas descobri
que havia mais.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Uma das
instâncias procuradas por ela foi o</span><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> Núcleo de Estudos em
Gênero, Saúde e Sexualidade (Negss)</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">, grupo de alunos criado no início de 2013. “Quando
fui denunciar, achei que o meu era um caso isolado, mas descobri que havia
mais”, diz. Foi divulgada então uma nota sobre o ocorrido no Facebook, gerando
grande repercussão, em sua maioria, negativa. O texto foi publicado na página
mantida nessa rede social pelo Grupo Pinheiros, do qual participam alunos e
ex-alunos da FMUSP. A reação de seus membros foi violenta, diz Marina Pikman,
do Geni. “Temos um monte de prints com postagens supermachistas, homofóbicas,
classistas, xenófobas… tirando sarro do que aconteceu. Foi bem difícil para ela
[Leandra]. Ela é ridicularizada nas redes sociais.”<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Questionada
pela reportagem, a diretoria do Centro Acadêmico afirmou que ofereceu apoio e
orientação a Leandra e a incentivou a registrar um Boletim de Ocorrência.
Disse, ainda, que solicitou à FMUSP a instauração de uma sindicância
administrativa, “uma vez reconhecida a dificuldade e inadequação do CAOC de
realizar tal apuração”. Todas as respostas enviadas pelo Caoc à</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Ponte </b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><a href="http://ponte.org/centro-academico-diz-que-deu-suporte-a-vitima-de-abuso-em-cervejada-a-estudante-nega/"><span style="color: white; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-themecolor: background1;">podem
ser lidas aqui</span></a>.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">A estudante, no entanto, nega</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. Ela diz ter procurado a
segurança da faculdade, que a levou até ao chefe da graduação. Este a teria
orientado a fazer o BO. “Os diretores do Caoc disseram que não poderiam me
ajudar pelo princípio da isonomia em relação aos alunos. Só após a pressão do
Negss eles enviaram um ofício à diretoria da faculdade pedindo abertura de
sindicância.”<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 5; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Modus operandi da violência</span></b><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Ao Geni
chegaram outros exemplos de abusos semelhantes. Como o de uma aluna violentada
por um ficante. Ou de uma caloura que “apagou” numa festa “Fantasias no Bosque”
e acordou numa enfermaria às sete da manhã sem sapato e calcinha. Ou o estupro
de uma estudante de Enfermagem por um aluno de Medicina na Casa do Estudante, a
moradia estudantil do Hospital das Clínicas. Ou até de um aluno estuprado por
um veterano numa “Espumada”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<i><span style="background: black; color: white; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“No começo elas nem se dão conta de que sofreram assédio. Elas acham que
estavam muito bêbadas, que não resistiram o suficiente. Depois, quando se dão
conta, acham que passou muito tempo, que as pessoas relativizarão o ocorrido.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Nenhum desses
abusos, no entanto, foi denunciado, com a exceção dos de Doralice e Leandra. “É
claro que não são casos isolados, é claro que há uma cultura institucionalizada
de violência, impunidade, desamparo das vítimas”, avalia Marina. Ela explica
que se pode até dizer que há um</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <i>modus operandi</i></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. “A maioria dessas violências
acontece em festas, em ambientes nos quais a menina está bastante alcoolizada.
Às vezes está inconsciente, às vezes consciente, mas ofereceu resistência à
agressão, e não foi respeitada pelo menino. E ela se sente culpada por não ter
conseguido se defender.</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>E há a lógica machista de considerar
sempre que foi consensual</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">.”<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">A partir daí,
inicia-se uma luta para decidir denunciar o assédio e/ou buscar apoio. As
vítimas, porém, esbarram nas próprias dúvidas e na falta de mecanismos
institucionais de acolhimento. “No começo elas nem se dão conta de que sofreram
assédio. Elas acham que estavam muito bêbadas, que não resistiram o suficiente.
Depois, quando se dão conta, acham que passou muito tempo, que as pessoas
relativizarão o ocorrido”, analisa Marina, para quem seria fundamental uma
instância que amparasse as alunas que sofreram violência. “Mesmo que não tenha
havido denúncia, a maioria procurou alguma ajuda institucional, porque foi
fazer o tratamento antirretroviral.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Ainda que as
estudantes decidam ou cogitem denunciar, devem enfrentar mais obstáculos:</span><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> o pacto
de silêncio e abafamento em relação aos escândalos, e a transformação das
vítimas em algozes</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">. “As meninas
são ridicularizadas, estigmatizadas como loucas que só querem chamar a atenção,
que estão inventando coisas, manchando a imagem das instituições da faculdade”,
pontua a integrante do coletivo Geni.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Segundo
Marina, o grupo chegou a se reunir com a diretoria da faculdade e da Atlética
para pressionar por medidas que diminuíssem a vulnerabilidade das alunas nas
festas promovidas pela entidade, mas seus diretores responderam que não era
possível tomar providências antes de uma decisão judicial. “As meninas não
reclamam muito, fica velado, pois ninguém tem coragem de criticar a Atlética,
porque é uma instituição muito forte.</span><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> Existe um corporativismo
muito grande envolvendo a Atlética, ou o Show Medicina. Você vai ser perseguido
se reclamar, se der a cara para bater</span></b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">”, lamenta Leandra. Foi justamente a violação
sofrida por ela o estopim da criação do Geni. “Meninas vinham contar histórias
de estupro por colegas que nunca haviam denunciado porque tinham medo, porque
não viam canais de denúncia antes”, explica Marina.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">No dia em que
foram anunciadas as conclusões da sindicância sobre o caso de Leandra, as
estudantes realizaram um ruidoso protesto criticando a decisão e denunciando
outros abusos.</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Foi o suficiente para que a faculdade
decidisse formar uma comissão para apurar os inúmeros exemplos de opressão em
seu interior. Instalado em março deste ano, o grupo formado por professores da
FMUSP vem ouvindo relatos de violações sexuais, físicas, morais, machistas e
homofóbicas, entre outras. O relatório elaborado a partir dessa apuração deve
ser divulgado nos próximos dias.</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Enquanto isso,
após a publicação de matérias na imprensa sobre os casos de Doralice e Leandra,
a edição deste ano da festa</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>“Fantasias no Bosque” foi cancelada</b></span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">A</span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"> <b>Ponte</b> </span><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">solicitou uma entrevista com o
diretor da FMUSP José Otávio Auler, mas a assessoria de imprensa da faculdade
informou que ele se encontra em um simpósio fora do país e enviou a seguinte
nota:<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“A Faculdade
de Medicina da USP (FMUSP) se coloca de maneira antagônica a qualquer
forma de violência e discriminação (com base em etnia, religião, orientação
sexual, social) e tem se empenhado em aprimorar seus mecanismos de prevenção
destes tipos de casos, apuração de denúncias e acolhimento das vítimas. A
Cultura da Instituição é baseada na tolerância e respeito mútuos, valores que
são passados aos seus alunos. Com o intuito de fortalecer esta cultura, foi
formada recentemente, inclusive, uma Comissão com docentes, alunos e
funcionários com o objetivo de propor ações de caráter resolutivo quanto aos
problemas relacionados às questões de violência, preconceito e de consumo de
álcool e drogas. Em relação às denúncias envolvendo membros da FMUSP ou de
casos ocorridos em suas dependências, foram abertas sindicâncias para apuração.
Em caso de comprovação, a Faculdade adota as punições disciplinares de acordo
com o Código de Ética da USP.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">A reportagem
também procurou a Atlética, via assessoria de imprensa da FMUSP, mas até a
publicação desta reportagem não havia obtido retorno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">* Nome
fictício para preservar a identidade da vítima<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18pt; margin-bottom: 15pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><b><span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Fonte: WWW.</span></b><span style="color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-89714066379933224792014-11-06T11:07:00.001-02:002014-11-06T11:11:51.184-02:00NOVOS CASOS DE AIDS EM ADOLESCENTES DE SALVADOR DOBRA EM UM ANO<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Parece que os dados sobre infecções entre adolescentes estão, enfim, condizendo com a fugacidade dos dias de hoje. É de se lamentar a postura passiva do Ministério da Saúde com relação à epidemia, adotando o estilo 'moderninho' de se fazer prevenção via medicamentos e esquecendo o aspecto humano e social de cada indivíduo, de cada população.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc-95qWRR-4Wp50Hg9GOz5ertK_IezlEfgIWNx6dWU_YR0QywUmaXSZaNLYyxmyHoZzhv7iwNCLtBRKVSItv2g1BLQM4HEKZsLclnrFORn-rIVu8COFQa_1Y52Q7QtIvePNRKPL9s2rg/s1600/aids+cega.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc-95qWRR-4Wp50Hg9GOz5ertK_IezlEfgIWNx6dWU_YR0QywUmaXSZaNLYyxmyHoZzhv7iwNCLtBRKVSItv2g1BLQM4HEKZsLclnrFORn-rIVu8COFQa_1Y52Q7QtIvePNRKPL9s2rg/s1600/aids+cega.jpg" height="400" width="340" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #2f2f2f; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dados da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) apontam que os casos de Aids em adolescentes de 15 a 19 anos dobraram em relação ao passado. Entre janeiro e setembro deste ano, foram registrados 22 novos casos da doença na faixa etária ante 11 ocorridos em 2013, conforme matéria do jornal A Tarde.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #2f2f2f; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Também houve aumento de novos casos de Aids entre pessoas de 50 a 64 anos, com 69 casos (de janeiro a setembro de 2013) e 82 (mesmo período em 2014). </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em relação às outras faixas, houve diminuição dos registros, de janeiro a setembro. Em relação à Bahia também se verificou queda no registro de novos casos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></span></div>
</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #2f2f2f; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De janeiro a outubro de 2014, foram notificados 619 casos, sendo 401 em homens e 218 em mulheres. No mesmo período do ano passado, o Programa Estadual de DST/Aids registrou 1.183 casos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #2f2f2f; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para a coordenadora do programa, Jeane Magnavita, a redução é atribuída, em parte, ao atraso na entrada de notificações no sistema de informação, mas também pela menor capacidade das unidades de saúde em detectar a doença ou, realmente, pela menor frequência de doentes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #2f2f2f; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: Brasil 247</span></div>
</div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-12416745808992939882014-11-04T23:10:00.003-02:002014-11-04T23:13:10.872-02:00Dois pacientes portadores do vírus HIV estão curados graças a nova técnica<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Compartilho mais uma notícia alvissareira. Qualquer dia desses abriremos nossos navegadores e seremos surpreendidos pelas manchetes: 'Descoberta a cura da AIDS!'.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivHu6GUpsT_wA9BTsKi-S4smXEr7XgwHtewuAbzc_uXOTAy9p7-9FHUjEEB9LgB_t1qUROkDAbdxsEAPGZoNiaAahmGtFuOsDW9WEA6lPw5uQDBej1ftMY4g3hVCUyN8kmJQlebz0eXw/s1600/aids+cura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivHu6GUpsT_wA9BTsKi-S4smXEr7XgwHtewuAbzc_uXOTAy9p7-9FHUjEEB9LgB_t1qUROkDAbdxsEAPGZoNiaAahmGtFuOsDW9WEA6lPw5uQDBej1ftMY4g3hVCUyN8kmJQlebz0eXw/s1600/aids+cura.jpg" height="400" width="374" /></a></div>
<br />
<h2 class="descricao" style="background-color: white; border: 0px; color: #424242; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 15px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
</h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A aparente
cura de dois homens portadores de HIV graças a um fenômeno natural abre
perspectivas interessantes nas buscas pela cura da Aids, revelou nesta
terça-feira (4/11) um estudo científico. Este fenômeno natural permite ao
organismo infectado integrar o vírus no DNA, neutralizando-o.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br style="text-align: start;" />
<br style="text-align: start;" />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="text-align: start;">Os
dois pacientes em questão estavam infectados com o HIV sem nunca terem estado
doentes, nem terem uma quantidade detectável de vírus no sangue, segundo os
autores do estudo, cujos resultados estão detalhados na revista especializada
Clinical Microbiology and Infection. Nenhum deles foi submetido a tratamentos.</span></span><br style="text-align: start;" />
<br style="text-align: start;" />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="text-align: start;">"Esta
observação é muito interessante e pode representar um caminho para a cura"
da Aids, explicou Didier Raoult, professor da Faculdade de Medicina de Marselha
(França), co-autor do estudo com outra equipe francesa liderada pelo professor
Yves Levy.</span></span><br style="text-align: start;" />
<br style="text-align: start;" />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="text-align: start;">A
análise realizada graças a tecnologias modernas permitiu reconstituir o vírus
encontrado no genoma dos pacientes. Os pesquisadores conseguiram provar que o
vírus foi inativado por um sistema de interrupção da informação fornecida pelos
genes do vírus. O sistema, denominado "codon-stop" marca o fim da
tradução de um gene em proteína. O vírus torna-se incapaz de se multiplicar,
mas permanece presente no DNA dos pacientes.</span></span><br style="text-align: start;" />
<br style="text-align: start;" />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="text-align: start;">Estas
interrupções se devem a uma enzima conhecida, o Apobec, que faz parte do
arsenal disponível nos seres humanos para combater o vírus, mas que normalmente
é desativada por uma proteína do vírus.</span></span><br style="text-align: start;" /></span></span></span></div>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="text-align: start;">O
trabalho abre perspectivas de cura através da utilização ou da estimulação
desta enzima, e também possibilidades de detecção nos pacientes
recém-infectados, que têm uma chance de cura espontânea, segundo os autores do
estudo. Para Raoult, isto poderia conduzir a uma revisão da definição de cura,
que atualmente se baseia unicamente na ideia de desaparecimento do vírus no
organismo.</span></span><br style="text-align: start;" />
<br style="text-align: start;" />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="text-align: start;">A
infecção pelo HIV de um dos pacientes ocorreu há mais de 30 anos. Aos 57 anos,
ele foi diagnosticado com Aids em 1985 e aparentemente é imune ao vírus. A
soropositividade do segundo paciente, de um chileno de 23 anos, foi
identificada em 2011, mesmo que provavelmente tenha sido infectado três anos
antes.</span></span><br style="text-align: start;" />
<br style="text-align: start;" />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="text-align: start;">Nenhum
deles apresentava outros fatores de resistência ao HIV conhecidos (mutações na
proteína CCR5, que permite ao HIV infectar as células). O estudo baseia-se na
suposição de que o vírus da Aids - um retrovírus que se integra ao DNA humano -
teria o mesmo destino que os centenas de retrovírus já integrados no DNA de
mamíferos, incluindo os seres humanos.</span></span><br style="text-align: start;" />
<br style="text-align: start;" />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="text-align: start;">A
hipótese também vem da observação de coalas, em que um vírus de macaco,
causador de câncer e leucemia, já não os faz adoecer após a integração e
neutralização do vírus em seu genoma, diz Raoult. "Nos coalas que se
tornaram resistentes a este vírus do macaco através do mesmo fenômeno de
integração ou de endogenização, a resistência é transmissível aos filhos",
ressalta Raoult.</span></span><br style="text-align: start;" />
<br style="text-align: start;" />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="text-align: start;">Para
os pesquisadores, trata-se de um mecanismo provavelmente comum em epidemias
anteriores. Portanto, é lógico pensar que ocorre a um certo número de pessoas
infectadas com o vírus da Aids. O estudo, segundo o professor francês Yves
Levy, "é uma observação interessante e uma primeira demonstração, com o
vírus HIV, de algo que a natureza foi capaz de fazer com outros vírus ao longo
da evolução".</span></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="color: white; text-align: start;"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="color: white; text-align: start;">Fonte: AFP - France Presse</span></span></span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-70465270304960771772014-10-21T18:06:00.001-02:002014-10-21T18:11:44.126-02:00A meus amigos...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqhk_aLyySCVzklUNdRNDkrDkHXYFwniBwALeS9spNCLUIpWzxnAaE_BkouOINaGEou_08D93YYFjVUXv5gobZt5hwAkZOVnQr-gXuENb9nNm9ZgYQiM8gDv3EPgWFU_ERXBFhfnUriA/s1600/fora+feliciano+13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqhk_aLyySCVzklUNdRNDkrDkHXYFwniBwALeS9spNCLUIpWzxnAaE_BkouOINaGEou_08D93YYFjVUXv5gobZt5hwAkZOVnQr-gXuENb9nNm9ZgYQiM8gDv3EPgWFU_ERXBFhfnUriA/s1600/fora+feliciano+13.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Escrevo especialmente a meus amigos e minhas amigas que, assim como eu, se decepcionaram muito ao ver o nome do Partido dos Trabalhadores envolvido em escândalos de corrupção, jogando o discurso da ética no colo da direita e dos setores mais conservadores e corruptos deste país. Amigos e amigas que também se assustaram co</span><span style="font-size: large;">m coligações políticas fantasmagóricas com Sarney, Maluf e Feliciano, para citar algumas, causando bastante constrangimento a uma militância que vivia, e vive, gritando contra seus princípios retrógrados e práticas condenáveis. Amigos e amigas que hoje declaram seu voto em Aécio Neves porque não concordam com os rumos que o PT tomou e que tiveram frustradas suas expectativas libertárias e/ou socialistas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quem me conhece sabe que eu venho de uma família super conservadora, onde o malufismo impera e para a qual o PT vive tentando transformar o Brasil em Cuba. Muitas discussões rolaram entre nós, algumas delas deixando fraturas e cicatrizes, quando eu sempre falava bem alto sobre ética e idealismo. Assim que Roberto Jefferson abriu a boca, minha vida virou um verdadeiro inferno, pois ter que ouvir a defesa da decência vindo de malufistas era o que de mais constrangedor poderia me acontecer, como aconteceu. Eu lembrava das palavras do falecido Antonio Ermírio de Moraes antes da eleição do Lula, de que 'onde o PT era governo a corrupção era bem menor ou nula', e me dava vontade de chorar. E, confesso, chorei várias vezes ao ver um sonho socialista e libertário ameaçado por um mar de lama.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Porém, passada a animosidade e o luto, comecei a raciocinar sobre o tema. Abro aqui um pequeno parênteses: não sou o dono da verdade e posso estar absolutamente equivocado nas palavras que ora escrevo, são apenas as minhas percepções, observações e conclusões sobre o assunto. Bem, retomando, outro dia um querido amigo no face foi muito feliz ao dizer que 'a corrupção não é um partido, é um sistema'. Ela existe através de quadrilhas que estão instaladas no aparelho do Estado há décadas, algumas desde os tempos imperiais até a história recente do país. O PT não inventou a corrupção, nem o PSDB ou o PQP. Todos foram consequência do sistema, incluindo o pai do mensalão que foi o episódio da compra da reeleição de FHC por duzentos mil reais por congressista. Fora os inquéritos contra o mensalão mineiro, o cartel de trens de São Paulo, aeroporto nas terras do tio, ou seja, o argumento de que não irá votar no PT por conta da corrupção fica comprometido, pois não há diferença entre as práticas, pois que estão além dos partidos, enredando-os nas</span><span style="font-size: large;"> poderosas teias do tal sistema.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A diferença está no combate a esse mal, que assola o mundo inteiro, em maior ou menor grau. A despeito da forte atuação da base governamental para tentar barrar ou minimizar os impactos de denúncias no Congresso Nacional, prática inerente ao processo político, há que se louvar que da parte do Poder Executivo uma série de medidas foi tomada para aperfeiçoar os mecanismos do Estado no combate à corrupção. Um grande elenco de leis foi promulgado, incluindo a delação premiada que está provocando outro tsunami de denúncias envolvendo situação e oposição. O Procurador Geral da República tem total independência para denunciar todo e qualquer desmando, como vem fazendo, ao contrário do nada saudoso Geraldo Brindeiro, que exerceu a função de 1995 a 2003 durante o governo FHC, recebeu 617 denúncias e acatou apenas 60, arquivando as demais, incluindo a já citada denúncia de compra de votos para a reeleição do patrão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">À parte a história da corrupção, fui lembrando dos ideais de terra, trabalho e liberdade. O combate à fome era a principal urgência, como bem disse Betinho e sua campanha Fome Zero e reiterada por Lula em seu discurso de posse, e essa urgência fez com que mais de 36 milhões de pessoas passassem a ter o que comer através do Bolsa Família. O que é motivo de muitos elogios de organizações internacionais e que não dá pra negar, o Brasil reduziu drasticamente o número de pessoas com fome, que não tinham acesso à luz, água e gás, itens essenciais para o básico do básico, através de bem sucedidos projetos sociais e de redistribuição de renda. Falando nisso, a 'bolsa esmola' também é a grande responsável pelo nordeste ter um PIB superior à média nacional, gerando trabalho e renda. Temos pela primeira vez a classe média como maioria da população, quando se apregoava sua extinção, o menor desemprego entre os países emergentes e do primeiro mundo, um programa de democratização do ensino superior e de cursos profissionalizantes e um sem número de iniciativas que vêm ao encontro dos tais ideais, que tinham como objetivo a dignidade do ser humano.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Vale lembrar que, antes das manifestações de 2013, a presidenta Dilma havia enviado por duas vezes ao Congresso Nacional a proposta de destinar 100% dos royalties do pré sal à educação, rechaçada pela oposição nas duas oportunidades. Que a verba para a Saúde foi triplicada no orçamento da União e que vários programas e projetos foram iniciados ou aperfeiçoados nesses doze anos. Ao passo que, durante o governo de Aécio Neves, mais de quatro bilhões foram gastos em outras áreas, conforme denúncia do MP, quando até vacinas para cavalos estavam contabilizadas como ações em saúde. Mas o maior problema é que o grosso da corrupção e dos desmandos na Saúde acontece nos municípios, onde os prefeitos contabilizam gastos de pavimentação da rua da unidade de atendimento como gasto com a saúde, quando na realidade estão atendendo a alguma solicitação de um aliado político. E tudo sob as vistas de conselhos municipais de saúde que são absolutamente corrompidos ou despreparados para fiscalizar e punir esses desvios de conduta, pois não surgem novos atores, pessoas como você e eu que podem fazer a diferença com nossa participação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O que falta em nosso país é gente disposta a fazer parte do controle da coisa pública, o que é comum em países que hoje têm um alto padrão de vida. Fiscalizar o que seu candidato faz, participar das reuniões de qualquer conselho de saúde, ainda que seja o da unidade em que se trata, pois todas tem que tê-los segundo a Resolução 333/2003, primeiro ato do governo Lula. São apenas doze anos de um governo popular que voltou sua atenção ao social, ao invés de priorizar os interesses de grandes corporações e especuladores financeiros e que, com uma cobrança maior da sociedade, tem tudo para avançar ainda mais nos principais problemas do país. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Meus amigos e minhas amigas, peço que reflitam uma vez mais sobre votar contra o PT pelo sentimento de traição que lhes acometeu. É hora de valorizar a razão, de comparar e ver que o ideal socialista nunca deixou de ser a prática desse governo, pois suas principais demandas estão sendo bem encaminhadas. Como disse, posso estar errado em tudo que disse, mas acredito piamente em cada palavra que escrevi.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Beto Volpe</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-40733133439402560672014-10-16T11:08:00.000-03:002014-10-16T11:12:13.503-03:00Eu quero alguém com aquilo roxo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5zoj-23wIAqZimS5JdF9N_vfbFqf4TMdNQwZnMw8jMCXQws4wGl3XuoZVnEnaOgSePA0lWfI1To6MkZZR54Ika5pACt8p9bbJ2rl1rvJ5WUJXrQFl1vakSOi0e1r4Q-DfKe-L_aXdUw/s1600/dilma+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5zoj-23wIAqZimS5JdF9N_vfbFqf4TMdNQwZnMw8jMCXQws4wGl3XuoZVnEnaOgSePA0lWfI1To6MkZZR54Ika5pACt8p9bbJ2rl1rvJ5WUJXrQFl1vakSOi0e1r4Q-DfKe-L_aXdUw/s1600/dilma+1.jpg" height="250" width="400" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quem me conhece sabe que sou militante do PT desde os tempos em que eram organizados almoços em escolas de periferia servindo carne seca com mandioca para a construção de um partido e concretização do sonho de um Brasil mais justo, em plena ditadura militar. Sabe também que não tenho mais o mesmo entusiasmo de tempos passados, quando vejo coisas como o aperto de mão entre Lula e Maluf, as articulações com segmentos fundamentalistas, a banalização da luta contra a AIDS ou a sigla do partido associada a tantos casos de corrupção. Mas ainda creio que a coligação capitaneada pelo PT ainda representa a candidatura mais próxima a tudo que acredito no que diz respeito à dignidade da pessoa humana, princípio básico da Declaração dos Direitos Humanos da ONU e da Constituição da República Federativa do Brasil. Não há como negar diversos avanços sociais, para não dizer de algumas verdadeiras revoluções provocadas por um partido revolucionário, em sua origem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um dos principais motivos para essa crença é o fato do PT ter tirado o Brasil do mapa mundial da fome, segundo relatório elaborado e divulgado em setembro último pela FAO, órgão da ONU que trata de assuntos de alimentação e agricultura. Eu passei fome somente uma vez na vida, quando me perdi nas montanhas do Peru quando fazia o caminho inca até Macchu Picchu, mas isso é muito diferente do que não ter o que dar de comer aos filhos durante dias seguidos. "Podemos fazer o que o Brasil fez nos últimos dez anos e acreditamos que estamos em condições de fazer isso", disse Allan Bojanic, diretor da FAO no Brasil, referenciando o país como exemplo no cumprimento desse que é, talvez, o mais urgente dos Objetivos do Milênio, para alegria de Betinho e seu ideal de Fome Zero. Não que não existam mais miseráveis no país, mas a redução foi realmente muito grande, graças a políticas sociais como o bolsa família, tão combatido sob a pecha de ser 'bolsa esmola', programas de fornecimento de luz elétrica e gás e instalação de mais de um milhão de cisternas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Falando em cisternas, esse é outro fator decisivo para minha decisão, o governo do PT foi o primeiro a tomar atitudes radicais para acabar com os efeitos da indústria da seca no nordeste desde Dom Pedro II. A transposição do rio São Francisco está virando realidade, o que dará perenidade a vários córregos e rios que secam na falta de chuvas. Isso afetará milhões de pessoas diretamente, além de poder proporcionar a muitos pais de família que migraram forçadamente para o sul maravilha realizar seu maior sonho: voltar para seu pedaço de terra, junto a sua família e continuar sua vida de sertanejo bruscamente interrompida em busca de melhores condições para viver. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ainda nos avanços sociais, lembro muito bem que há uns quinze anos se falava que a classe média iria acabar, que só restariam pobres e ricos no país. Pois é, e não é que a classe média é, como nunca antes na história deste país, maioria da população? A renda dos mais pobres cresceu três vezes mais que a dos mais ricos durante a gestão petista, ainda segundo a FAO, 67% dos aposentados tiveram aumento real de 71%, o desemprego é um dos menores do mundo e, por consequência, as pessoas podem planejar melhor seu futuro, de preferência em uma das milhões de casas do maior programa habitacional já executado, maior até que o BNH dos militares. A democratização do ensino superior também é uma realidade, não fosse o combatido PROUNI muita gente ainda iria amargar o pesadelo de não poder cursar uma faculdade. Fora os programas de pós graduação, de formação no exterior e o PRONATEC, este em parceria com o sistema 'S'.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Como disse no início, foi uma ducha de água fria ver as manchetes dos jornais estampando casos de corrupção envolvendo dirigentes do PT. Lançar o discurso da ética no colo da direita foi o pior dos crimes cometidos, mas tenho claro que essas máfias estão estabelecidas há décadas, para não dizer séculos. Todo e qualquer governante ou partido que assumir o poder irá encontrar dificuldades para concretizar suas propostas de campanha, a não ser que realize coligações que lhe permitam maioria no parlamento. Tudo bem, esse princípio rege a democracia na maior parte do mundo, mas no Brasil essa 'governabilidade' toma contornos tão mesquinhos, destacando as tais máfias, que tem gente até colocando Deus no meio da história. Aliás, esses últimos debandaram em sua maioria para a candidatura tucana, o que poderá tranquilizar um pouco o povo do arco íris. A grande diferença é que durante o governo do PT os instrumentos para coibir a corrupção foram aperfeiçoados, incluindo a delação premiada que agora atinge novamente o partido. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Acho que todo mundo se lembra da expressão 'Engavetador Geral da República', alusiva ao Procurador Geral da República dos governos do PSDB, que engavetavam toda e qualquer denúncia de corrupção, incluindo a compra da reeleição de FHC por duzentos mil reais cada parlamentar, fartamente documentado e nunca investigado. Como disse Dilma no primeiro debate:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">"Onde estão os acusados do caso Sivan? Todos soltos. Da pasta rosa? Todos soltos. Da compra da reeleição? Todos soltos. Do mensalão mineiro? Todos soltos. Do cartel de trens e metrô de São Paulo? Todos soltos. A Justiça tem que ser para todos."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Com o detalhe sórdido de que a grande imprensa, que é dominada pelas famílias Marinho, Saad, Civita, Mesquita e Frias, filtra as notícias envolvendo a oposição, em um comportamento coerente com o colaboracionismo com que algumas delas trataram o governo militar. Desafio a todos e todas a me dizerem em que instância estão os processos do cartel do metrô e do mensalão mineiro. Pouca gente sabe, os desmandos da oposição em estados onde é situação não são divulgados, provando outro ponto: não somos Cuba e jamais seremos. A liberdade de expressão é tamanhã que permite que um grupo de abastados que assistiam à abertura da Copa do Mundo do Brasil gritasse de seus camarotes, horrorizando o país e o mundo></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">- Ei, Dilma, vai tomar no cu!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">À parte a grosseria, a afronta pública a uma mulher eleita pelo povo para dirigir o país, Dilma não se furtou a participar dos outros dois compromissos públicos que teve, incluindo a entrega da taça à Alemanha, agora sob vaias, o vai tomar no cu não havia caído bem. Isso é postura de Estadista, ao contrário de Aécio Neves, que não foi a nenhum dos dois jogos que a seleção brasileira fez em sua terra natal, em pleno Mineirão, temendo alguma reação análoga por parte dos torcedores. Vai ver que ele também desconfia de sua propalada 'aprovação' de 92% do eleitorado daquele estado, que muito contrasta com a acachapante derrota que o candidato do PSDB sofreu para o do PT.</span><span style="font-size: large;"> Ele se assemelhou muito a George Bush, o filho, ao enfrentar o atentado do WTC e o furacão Katrina, pois fez de conta que não era com ele e demorou para tomar atitudes, o que custou muitas vidas e muito sofrimento. Ainda bem que essa atitude de se esconder durante a tempestade não produziu nem morte e muito menos sofrimento, mas quando se tem a caneta mais poderosa da Nação é diferente, ser omisso não é uma atitude digna de um Chefe de Estado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em outras palavras, eu quero que mude mais, eu quero Dilma de novo, com a força do povo. Meu voto é no PT, um partido que não é mais revolucionário como antes, mas que vem produzindo uma verdadeira revolução social em nosso país. Eu quero um Estadista com aquilo roxo, seja aquilo o que for.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Beto Volpe</span></div>
<div>
<br /></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-86172054484821680782014-10-04T09:10:00.001-03:002014-10-04T09:11:12.848-03:00E Levy virou heroi de Lobão e da direita brasileira<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não sei se foi o excesso de drogas pesadas durante um bom tempo ou o ostracismo despertou o babaca que ali jazia, inerte. Acho que foi a soma das duas coisas. Enfim, segue brilhante texto de Paulo Nogueira, publicado no site Diário do Centro do Mundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOdUEWCpbIAT_aDZG9cl_D7X5A7URnvN9YeNf9NUjpZqJXic0LC1YtCDR7-jtNiMZHy_n9_jupLVdt4QbOBZ6feSfZgTivZj1D0Q3Vaz_8ColqYYxE1Rsg1G6SUqBwB4FupejfZRwIlQ/s1600/lobao.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOdUEWCpbIAT_aDZG9cl_D7X5A7URnvN9YeNf9NUjpZqJXic0LC1YtCDR7-jtNiMZHy_n9_jupLVdt4QbOBZ6feSfZgTivZj1D0Q3Vaz_8ColqYYxE1Rsg1G6SUqBwB4FupejfZRwIlQ/s1600/lobao.png" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 18.6pt; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Fidelix rules!!<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Assim reagiu
no Twitter Lobão à diarreia homofóbica de Levy Fidelix no debate da Record.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Numa tradução
livre, Fidelix brilhou.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Você pensa que
Lobão não pode ser mais obtuso, mas ele sempre surpreende e encontra novos
limites para a estupidez e o reacionarismo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Lobão é uma
amostra expressiva de como a direita respondeu a Fidelix. Com embevecimento
diante de alguém que disse verdades à “ditadura gayzista”, um herói que ousou
desafiar o pensamento “politicamente correto”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Levy Fidelix,
o candidato que era uma piada até virar uma infâmia, é, hoje, um ídolo da
direita brasileira. Isso mostra o panorama desolador do conservadorismo nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Roger Moreira,
também no Twitter, admirou a coragem de Fidelix. Quer dizer: Fidelix não foi
vulgar, não foi obsceno, não foi idiota. Foi, para Roger, um exemplo de
bravura.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Outro
reacionário notório, Reinaldo Azevedo, torturou o jornalismo e a língua portuguesa
ao falar sobre o caso. Ele se referiu a uma “suposta” homofobia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Portanto, no
Planeta Azevedo, podemos discutir se as palavras de Fidelix foram – ou não –
homofóbicas. Há sempre a possibilidade, segundo esta ótica peculiar, de que
Fidelix tenha elogiado os homossexuais ao dizer que eles têm que se tratar, mas
longe de nós.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">O cuidado
extremo com que Azevedo se referiu a Fidelix só vale, naturalmente, para a
direita.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Dias antes,
eles escrevera, a propósito do caso Petrobras, que o delator REVELARA – ele
usou maiúsculas – coisas terríveis contra Dilma.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">O delator não
afirmou, não disse. Ele REVELOU. No Planeta Azevedo, acusações contra
adversários de seus patrões não são acusações. São REVELAÇÕES. Você pula a
etapa da investigação, da defesa, da exibição de provas, se as houver, e da
decisão da justiça.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Importante:
isto para os inimigos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Dias atrás, o
jornalista Ricardo Kotscho escreveu que a origem da raiva de Roberto Civita
contra Lula reside na diminuição da publicidade do governo federal para a Abril.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Está errado
dizer, segundo o jornalismo decente, que Kotscho REVELOU. O certo é registrar
que Kotscho “afirmou”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Mas, sejam
quais sejam as origens do ódio da Veja a Lula, o fato é que o jornalismo
decente deixou de valer faz muito tempo para a revista, substituído por uma
patética panfletagem sem nenhuma credibilidade senão para um público limitado
de analfabetos políticos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">No caso de
Fidelix, outro argumento da direita em favor do seu bestialógico recorre à
liberdade de expressão, como se você pudesse dizer qualquer coisa e invocá-la.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Em maiúsculas,
como Azevedo, Malafaia congratulou Fidelix no Twitter. “PARABÉNS, LEVY FIDELIX,
POR VOCÊ FALAR O QUE PENSA. ESTAMOS EM UMA SOCIEDADE LIVRE. O ATIVISMO GAY QUER
IMPLANTAR A DITADURA DA OPINIÃO! VALEU!”<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Bom, pelo
menos parece que Mafalaia saiu da fase da “ditadura bolivariana” para admitir
que vivemos numa “sociedade livre”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Há regras para
a liberdade de expressão, como para tudo. Nos dias de hoje, por exemplo, caso
alguém em solo americano se manifeste publicamente a favor dos Estados
Islâmicos irá, rapidamente, para a cadeia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Um juiz
americano colocou isso de forma didática. Imagine um teatro lotado. Se alguém
gritar “fogo”, pode gerar um pânico que leve a mortes. É inútil invocar depois,
na justiça, a liberdade de expressão para poder gritar “fogo”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Por mais que
os conservadores queiram, Levy Fidelix não foi destemido, não foi iconoclasta,
não foi brilhante.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Foi apenas sem
noção, ou, para quem gosta de definições mais diretas, um perfeito idiota.</span><span style="color: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></span></div>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-76715128071521417552014-10-01T10:59:00.000-03:002014-10-01T11:00:49.417-03:00FOAESP COBRA DA SECRETARIA DE SAÚDE INFORMAÇÕES SOBRE O EMÍLIO RIBAS DA BAIXADA SANTISTA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0N7uddWcUI0Nm3lFk2oN0TaynmC-Be41AFxbbeJHLvDH9OK09YCoLQ-LGtDnX7FKLpV1jEfkob50133jNbeHTV_xiuwxBxW4Atsf6UftREYvxZUW9EE46WYLY80kHxfOKk4bJl9tBWg/s1600/er.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0N7uddWcUI0Nm3lFk2oN0TaynmC-Be41AFxbbeJHLvDH9OK09YCoLQ-LGtDnX7FKLpV1jEfkob50133jNbeHTV_xiuwxBxW4Atsf6UftREYvxZUW9EE46WYLY80kHxfOKk4bJl9tBWg/s1600/er.jpg" height="218" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Fórum de ONG/Aids de São Paulo enviou oficio ao secretário estadual de Saúde David Uip cobrando informações sobre a situação do Hospital Emílio Ribas da Baixada Santista. Segundo informações vários médicos e enfermeiros foram demitidos, o que fragiliza o atendimento e compromete o tratamento de pacientes daquela região.</span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Veja abaixo a integra do documento:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15.4559993743896px;">Exmo Sr.</span></div>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; line-height: 15.4559993743896px;">Dr David Everson Uip</span></span></div>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><span style="line-height: 15.4559993743896px;">Secretario Estadual da Saúde</span></span></span></div>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 15.4559993743896px;">
</span><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">São Paulo (SP)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"><br /></span></div>
</span><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">Prezado Senhor,</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"><br /></span></div>
</span><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">O Fórum de ONG/Aids de São Paulo, colegiado que reúne mais de cem organizações que atuam junto a Direitos Humanos e Saúde Pública, vem por meio desta solicitara V. Sra., informações a respeito dos fatos que se seguem:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"><br /></span></div>
</span><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">- Informações nos chegam a respeito de diminuição do quadro de pessoal no Hospital Emilio Ribas na região da Baixada Santista. Desde que a Fundação ABC assumiu a gestão nos informam que foram demitidos enfermeiros e recentemente sete médicos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"><br /></span></div>
</span><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">- Temos preocupação que esta redução afete a qualidade do atendimento as pessoas que vivem com HIV e Aids da região, retardando atendimentos e exames e, desta forma, influenciando negativamente no estado de saúde dos pacientes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"><br /></span></div>
</span><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">Desta forma aguardamos informações sobre a veracidade destas fatos e as possíveis reações que estão sendo tomadas a vim de minimizar o impacto junto ao publico usuário do SUS.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"><br /></span></div>
</span><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">Atenciosamente</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"><br /></span></div>
</span><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">Rodrigo Pinheiro</span></div>
</span><span style="line-height: 15.4559993743896px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">Presidente</span></div>
</span></span>Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-4521352270438251332014-09-29T12:19:00.000-03:002014-09-29T12:19:47.461-03:00NOTA FOAESP SOBRE AS DECLARAÇÕES HOMOFÓBICAS DO CANDIDATO LEVY FIDELIX<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Compartilhando...</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAEUkvB4opkv356yGzHxrOkIqve5Yi8t5PvSAaJqajwxtrGHiCiSO6BIdcxLtZgbb8uAFGA7KeqRn1szqOxOWRPY4WIb6kTYdd2s2eiQm40UbfEcBHWq6kYCTwqyOY7i1CS-EKZ91cpQ/s1600/hiv+tv.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAEUkvB4opkv356yGzHxrOkIqve5Yi8t5PvSAaJqajwxtrGHiCiSO6BIdcxLtZgbb8uAFGA7KeqRn1szqOxOWRPY4WIb6kTYdd2s2eiQm40UbfEcBHWq6kYCTwqyOY7i1CS-EKZ91cpQ/s1600/hiv+tv.jpg" height="400" width="327" /></a></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Fórum de ONG/Aids de São Paulo, colegiado que reúne mais de cem organizações com atuação na área de Direitos Humanos e Saúde Pública, vem a público lamentar e repudiar as declarações do empresário LEVY FIDELIX, candidato a Presidência da República pelo PRTB, durante o debate ocorrido no domingo (28/09) na TV Record.</span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O despreparo do candidato se revela não apenas pela sua tradicional arrogância na resposta sobre os grandes problemas nacionais, mas ganha ares de prepotência e ignorância ao fazer ofensas à comunidade LGBT. Fidelix esquece que o Brasil é um dos países onde mais morrem homossexuais do mundo vítimas da violência e da homofobia, não lembra que os Direitos Humanos são universais e devem se estender a todos os cidadãos, ignora que o exercício da sexualidade e orientação sexual é ação individual cabendo ao Estado garantir o mesmo acesso a qualquer pessoa, além de garantir segurança e promover a convivência pacífica da diversidade.</span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lamentamos que a esta altura da vida democrática nacional ainda tenhamos candidatos deste quilate ocupando espaços na grande mídia, semeando idéias totalmente retrógradas e preconceituosas. Motivos como estes nos levam a ampliar a mobilização pela criminalização da homofobia e por uma legislação que puna a incitação ao ódio e o estímulo a violência.</span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Felizmente a baixa densidade eleitoral do candidato revela que suas idéias medievais não encontram respaldo na maioria da população, garantindo a ele um lugar de esquecimento no lixo da história. Enquanto isto, reafirmamos nosso compromisso de luta pelos Direitos Humanos, pelo acesso de tod@s @s brasileiros e brasileiras a igualdade de tratamento e oportunidades e a construção de uma sociedade cada vez mais igualitária, solidária e pacífica.</span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São Paulo, 29 de Setembro de 2014</span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Rodrigo Pinheiro</span></div>
<div style="font-size: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Presidente</span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-65070894261254382782014-09-20T08:56:00.002-03:002014-09-20T09:19:10.721-03:00Aranha!!! Aranha!!!<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pessoal, aí vai um lúcido artigo de Tony Bellotto a respeito das atitudes equivocadas que vários setores da sociedade gaúcha vêm demonstrando...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi20M_u4TTxrkKXMWab4p2s2XnbjSUP3ng2GKw4ud39q-E6-fweH6eAczzrn7uaEY7K5mmH5o6xtrnOrWk6Ban6psp1fbta65WWMCpUfvJxmHBm9gTdXgvehahZe6JHU1qiJMVSkIhGQ/s1600/aranha.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi20M_u4TTxrkKXMWab4p2s2XnbjSUP3ng2GKw4ud39q-E6-fweH6eAczzrn7uaEY7K5mmH5o6xtrnOrWk6Ban6psp1fbta65WWMCpUfvJxmHBm9gTdXgvehahZe6JHU1qiJMVSkIhGQ/s1600/aranha.png" height="225" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Estive
recentemente no Rio Grande do Sul e me surpreendi com comentários de parte da
imprensa gaúcha, que, de certa forma, tentavam minimizar a gravidade das
ofensas racistas da torcedora gremista Patrícia Moreira ao goleiro Aranha, do
Santos. Após a torcedora, em prantos, ter declarado à imprensa que chamar o
goleiro de macaco não foi uma ofensa racista, e de ter publicamente invocado
seu perdão, vários jornalistas em solidariedade começaram a sugerir que Aranha
tivesse a “grandeza” de perdoar Patrícia pelas injúrias.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Se chamar um
homem negro de macaco não é uma ofensa racista, é o quê?<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Uma
demonstração carinhosa de admiração e respeito?<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">É admissível
que alguém numa conversa declare: “Realmente aquele macaco do Joaquim Barbosa
fez um trabalho excelente no STF”?<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Ou: “O macaco
do Obama é de fato um orador notável”?<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“Mas como é
veloz esse macaco do Usain Bolt!”<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">“A macaca da
minha cozinheira prepara uma feijoada inigualável!”<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Façam-me o
favor!<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Chamar um
negro de macaco é das piores ofensas racistas que há, ponto final. Entendo que
Patrícia esteja morrendo de medo de ser presa e tope qualquer negócio para
evitar uma descida às masmorras medievais brasileiras, que, aliás, estão cheias
de negros e negras. Compreendo também que Patrícia sinceramente não se
considere racista. Muita gente no Brasil acha que chamar um negro de macaco não
é racismo. Assim como, para muitos, ofender um homossexual não constitui
preconceito ou homofobia. Homens que espancam mulheres também não se consideram
misóginos. Isso prova, claro, que além de racistas, preconceituosas e
estúpidas, essas pessoas são ignorantes. E não é porque são ignorantes que não
devem responder por seus atos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Sabemos muito
bem como funciona o dissimulado racismo brasileiro. Quantas vezes não somos
obrigados a ouvir contra a vontade as constrangedoras piadas sobre negros, as
abjetas expressões como “preto quando não caga na entrada caga na saída” e as
deploráveis insinuações de que a ineficiência de algum servidor negro se
explica pela cor de sua pele: “também… olha a cor… esperava o quê?”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">E tudo isso
dito por pessoas comuns, gente de “bem” que não se considera racista. Até mesmo
negros às vezes se referem a outros de forma preconceituosa, demonstrando uma
subserviência patológica e deprimente.<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Todos nós
conhecemos direitinho como funciona nosso racismo, não somos inocentes.<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Há os que
dizem que não somos racistas, que nosso preconceito é social, que o que existe
é o preconceito do rico contra o pobre, que o preconceito racial não tem como
subsistir num país como o Brasil, o “caldeirão de raças” em que todos se
misturam com sensualidade, amor, alegria, respeito mútuo, muito samba e muita
ginga. Ôlelê!<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Será?<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Isso me soa
como mais uma dessas balelas ufanistas com as quais gostamos de nos iludir,
como aquela que diz que somos um povo pacífico.<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Negros
ofendidos, homossexuais agredidos e mulheres espancadas estão aí para provar
que as coisas não são bem assim.<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Alguns
jornalistas chegaram a citar o fato de Mandela ter perdoado seus carcereiros ao
sair da prisão para reforçar a necessidade de Aranha perdoar a torcedora que o
chamou de “macaco”. Além de despropositada e ridícula, a comparação é capciosa.
Parecem estar querendo culpar o Aranha por insensibilidade e acabam reforçando
a ideia racista de que, se ele é negro, com certeza deve ter alguma culpa nessa
história.<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Muitos alegam
que é injusto que Patrícia Moreira responda sozinha por um crime que foi
cometido também por outros torcedores no estádio do Grêmio e que não puderam
ser identificados pelas câmeras de TV. Discordam de que a moça seja a única
responsabilizada por um crime que é praticado diariamente por milhares de
pessoas em nossas cidades. Nada disso justifica que Patrícia não seja julgada
pela Justiça, e que seu ato, e os dos outros torcedores que ofenderam Aranha,
seja repudiado com veemência e que isso sirva de alerta e desestímulo às
odiosas manifestações de racismo em estádios de futebol e em toda a sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Mário Lúcio
Duarte da Costa, o Aranha — que aliás ganhou o apelido por suas defesas
remeterem às de Lev Yashin, o mítico goleiro russo conhecido como Aranha Negra
—, tem demonstrado muita personalidade nesse episódio todo. Expresso aqui minha
solidariedade ao goleiro do Santos, que foi enfático e corajoso ao interromper
o jogo no momento em que era ofendido pelos torcedores e demonstrou depois
magnanimidade nas entrevistas que se seguiram ao evento, afirmando que como
cristão ele perdoa Patrícia, mas mantém a convicção de que ela deve responder à
Justiça por suas ofensas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-appearance: none; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: black; color: white; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-highlight: black; mso-themecolor: background1;">Mais que pedir
perdão, os torcedores gremistas dariam um grande exemplo de cidadania se, na
próxima vez em que o Grêmio enfrentasse o Santos, eles recepcionassem o goleiro
adversário não com gritos de “macaco”, mas de “Aranha! Aranha!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tony Bellotto</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<span style="-webkit-appearance: none;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-32346904706212924272014-09-18T17:15:00.003-03:002014-09-18T17:15:50.340-03:00Pela polarização PT – PSDB<span style="background-color: black; color: white; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pessoal, compartilho entrevista com o cientista político Fábio Wanderley Reis feita pelo Blog do Morris, de Morris Kachani.</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Concordo com praticamente tudo que ele diz, mas especialmente nesse trecho: "</span><span style="background-color: black; color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">No caso do Brasil, apesar de sermos presidencialistas, raramente nas eleições para presidente são eleitos membros para apoio adequado no Congresso. Ao invés disso, o mandatário está permanentemente envolvido em barganhas. "</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">Beto Volpe</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5TZeIg6ZpiJOfzAuCF0-NnTt_-IMbeLKRk4w64QEqkvfTntIk3_mwgyz6O3oKTQ8WenCK-4bI_R7v-8I2o5tW2Bscq2tQ9C2IKylouj45o_fpwsHNzUIWz79HEby3Y-7Nv7m-ep5cXw/s1600/pt+psdb+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5TZeIg6ZpiJOfzAuCF0-NnTt_-IMbeLKRk4w64QEqkvfTntIk3_mwgyz6O3oKTQ8WenCK-4bI_R7v-8I2o5tW2Bscq2tQ9C2IKylouj45o_fpwsHNzUIWz79HEby3Y-7Nv7m-ep5cXw/s1600/pt+psdb+2.jpg" height="137" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Para Fábio Wanderley Reis, 76, um dos principais cientistas políticos do país, a polarização PT – PSDB pode servir de base para a construção de um sistema partidário simplificado e consistente, com um resultado democrático mais sólido, desde que a reforma política entre em pauta, permitindo ao presidente a chance de eleger a maioria no Congresso, sem ter que recorrer ao clientelismo pragmático.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Reis é doutor pela Universidade Harvard e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais. Enquanto pesquisador, se dedicou a temas como a transição democrática e o processo eleitoral brasileiro. </span></span><span style="background-color: black; color: white;">Em sua visão, Marina Silva reúne toda uma série de fragmentos em torno da imagem de um ideário ingênuo e confuso, em conexão com as manifestações de junho de 2013.</span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">“Temos que jogar o jogo democrático eleitoral num quadro que certamente envolve limitação do ponto de vista da qualificação do eleitorado. Vejo no manifesto de apoio a Marina Silva o anseio a um processo político em que presumivelmente haveria governantes sensatos eleitos por eleitores sensatos. Ora, isso não existe”.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">“O que é mesmo a Marina? Uma porção de coisas. Ela exerce atração por motivos muito diversos, ela é ambientalista, evangélica, é um Lula em certo aspecto da trajetória de sua vida, sua singular honestidade pessoal é marcada”.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">“Marina é sim uma incógnita, mas traz, potencialmente, coisas positivas. E também incertezas. Marina representa a pós-esquerda em certos casos, os reacionários em outros, como se fosse uma derivação mais à direita, acomodada em certos interesses empresariais”.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Reis, que já votou em FHC e de Lula, revela inclinação por Dilma, apesar de todas as reservas. “Não gosto nem um pouco dela como líder e candidata. Dilma revela simplesmente a força do Lula, que transformou em presidente alguém absolutamente inviável, incapaz de se afirmar por si mesma, com dificuldades de se impor inclusive como liderança. Dilma era efetivamente um poste, mas obviamente hoje já tem um certo público fiel”.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiUL4SbR5YvaM4ZrAOADS_TGh34sbUNOhXUWeI_M1kv2RS-T8vwnGWmdUnxLsF0R5id1KsnhgXGPUjgjMWEP9VGQGKX_nGccJSKthCVapznXiMsLy-29RP4o4Oa01PxQ8ACecsoKRYMw/s1600/pt+psdb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiUL4SbR5YvaM4ZrAOADS_TGh34sbUNOhXUWeI_M1kv2RS-T8vwnGWmdUnxLsF0R5id1KsnhgXGPUjgjMWEP9VGQGKX_nGccJSKthCVapznXiMsLy-29RP4o4Oa01PxQ8ACecsoKRYMw/s1600/pt+psdb.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">Como enxerga o quadro da sucessão presidencial?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">A questão é até onde vai a possibilidade do eixo potencial entre PT e PSDB, ajudado por aliados espúrios fiéis ao modelo existente, ou se emergem lideranças de outro tipo, sem conexão partidária mais clara, com eventual ruptura deste modelo. </span></span><span style="background-color: black; color: white;">Estamos vivendo um indício muito claro com o surgimento de Marina. O que é mesmo a Marina? Uma porção de coisas, ela exerce atração por motivos muito diversos, ela é ambientalista, evangélica, é um Lula em certo aspecto da trajetória de sua vida, sua singular honestidade pessoal é marcada e faz uma conexão com as manifestações de junho de 2013. Mas tenho uma visão muito restritiva das manifestações.</span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">Por que?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Acho que aquilo foi supervalorizado do ponto de vista do significado da coisa. Nas manifestações com maior concentração de pessoas, chegou-se a um número que representava 0,5 % do eleitorado ou da população. Foi uma movimentação em que o aspecto fútil ficou bem claro em certos instrumentos de mobilização e redes sociais disponíveis. Fútil no sentido de que era uma mobilização sem compromissos reais com objetivos reais. Havia ali de tudo. Um certo antipoliticismo, claramente ingênuo e que não se sustenta, levando impedimento aos partidos. É bem significativo o fato de que isso não teve condições de se aguentar.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">E Marina?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Marina foi a única liderança política que escapou e se saiu bem, a coisa da antipolítica ela personaliza bastante. Ela reúne toda uma série de fragmentos em torno da imagem de um ideário que me parece confuso, com o propósito de romper aquilo que ela vem chamando de polarização negativa. Acho um equívoco ver isso como algo negativo.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">A polarização não é necessariamente negativa?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Não, acho importante construir um sistema partidário simplificado e consistente, como nos Estados Unidos por exemplo. É preciso claro excluir o presidencialismo de coalizão (termo cunhado por Sergio Abranches). O PMDB é muito poderoso, temos um clientelismo pragmático. </span></span><span style="background-color: black;"><span style="color: white;">No caso do Brasil, apesar de sermos presidencialistas, raramente nas eleições para presidente são eleitos membros para apoio adequado no Congresso. Ao invés disso, o mandatário está permanentemente envolvido em barganhas. </span></span><span style="background-color: black; color: white;">Num sistema partidário consistente e simplificado, diferente do presidencialismo de coalizão, um presidente que se elege teria chance de eleger a maior bancada no Congresso.</span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">Como acabar com o presidencialismo de coalizão?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Com uma reforma política, no sentido de fortalecer os partidos. Com a ideia de você tentar restringir a proliferação das famosas legendas de aluguel, legislar no sentido de que tenhamos os partidos controlando as candidaturas. Isso envolve também o voto em listas. </span></span><span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Talvez a grande interrogação seja exatamente o que tem havido de positivo na dinâmica que a gente tem vivido, se há condição de persistir este sistema. E aí faz sentido a incerteza da Marina, que é sim uma incógnita, mas traz, potencialmente, coisas positivas. E também incertezas. Ela representa a pós-esquerda em certos casos, os reacionários em outros, como se fosse uma derivação mais à direita, acomodada em certos interesses empresariais. </span></span><span style="background-color: black; color: white;">A provável disputa entre duas mulheres (e espero não estar errado), uma branca e outra negra, é claramente positiva em certa ótica. Os EUA demorarão décadas para que algo semelhante possa acontecer.</span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;"> A quem declara seu voto?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Como maior de 70 anos, e cientista político, meu voto é irrelevante. Mas apesar de todas as reservas, como liderança pessoal, a Dilma me inspira. </span></span><span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Não gosto nem um pouco dela como líder e candidata, ela revela simplesmente a força do Lula, que transformou em presidente alguém absolutamente inviável, incapaz de se afirmar por si mesma, com dificuldades de se impor inclusive como liderança. </span></span><span style="background-color: black; color: white;">Dilma era efetivamente um poste, mas obviamente hoje já tem um certo público fiel – no Nordeste por exemplo sua popularidade não se abalou, apesar da entrada da Marina. Preferia ver continuidade no enfrentamento PT X PSDB. O partido que ocupou a posição da social-democracia acabou sendo o PT, com o PSDB sendo empurrado para a direita.</span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">Como se define politicamente?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Procuro entender meu trabalho e a maneira como olho as coisas sobretudo como analista, com certa equidistância e um esforço de acuidade de alguém treinado em ciências sociais e políticas. O que não significa que não tenha simpatias e inclinações, digamos de centro-esquerda. Por exemplo, votei no FHC e na eleição seguinte votei no Lula. Na juventude, como muitos, nutri fantasias de uma esquerda mais radical, mas agora faço uma apreciação mais madura e uma avaliação mais crítica dos equívocos e das fantasias daquele tempo.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">Quais são os equívocos e fantasias?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Sem pegar em armas, militei contra a ditadura. Não cheguei a ser preso, mas sofri cassação branca – tive dificuldades em sair do país por exemplo, para defender minha tese de doutorado no exterior. </span></span><span style="background-color: black; color: white;">Um ponto saliente nos debates da imprensa são as pessoas que pegaram em armas contra a ditadura, uma certa fantasia que admitia a violência. Na minha experiência como militante do PSB, num certo momento isso se transformou em algo mais radical, um ideário propriamente revolucionário para liquidar o que seria inerente ao sistema capitalista. </span><span style="background-color: black; color: white;">Sou desde muito tempo, contra a ideia de dissociação entre crime político e crime comum. O fato de ter ideias na cabeça não te dá direito a sair matando. Essa ideia foi posta em prática no exílio do Cesare Battisti.</span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">E quais seriam os equívocos e fantasias de hoje?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Se a gente está comprometido com democracia, temos que jogar o jogo democrático eleitoral num quadro que certamente envolve limitação do ponto de vista da qualificação do eleitorado. Vejo no manifesto de apoio a Marina Silva o anseio a um processo político em que presumivelmente haveria governantes sensatos eleitos por eleitores sensatos. Ora, isso não existe, em qualquer lugar do mundo.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">Em qualquer lugar do mundo?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Só que no nosso caso somos singulares, passamos séculos construindo uma sociedade escravista, singularmente desigual. Sabemos que houve escravidão mas não estamos atentos às implicações disso. Temos uma parte majoritária da sociedade amplamente marginal, sem acesso adequados a bens materiais e educacionais.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">Os Estados Unidos também passaram pela escravidão.</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Só que nos Estados Unidos o sul perdeu a guerra. Aqui a escravidão prevaleceu, se desdobrou e penetrou na estrutura social inteira. Bem ou mal nos Estados Unidos houve uma guerra civil. Aqui, apesar daquela coisa idealizada da miscigenação proposta por Gilberto Freyre, o processo foi mais brando, o que implicou uma permanência e penetração que é singular.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">O Brasil avançou muito socialmente, nos últimos anos.</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Não é fácil encontrar países com grau de desigualdade como o Brasil.</span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Mas vejo um período afortunadamente positivo, primeiro com o governo FHC, em seguida com Lula, e nessa ordem. FHC foi importante para depois haver um aprofundamento social por parte do governo Lula. Com isso temos uma certa melhoria. </span></span><span style="background-color: black; color: white;">Você se dá conta disso pegando dados sérios como IBGE, emprego, acesso ao crédito, nível do salário mínimo. As universidades que eram branquelas hoje são mulatas, é inegável o avanço. </span><span style="background-color: black; color: white;">Mas é preciso ver o que tem de limitador, como o acesso precário à educação. Temos uma conjuntura aberta a formas populistas, com o componente fraudulento de manipulação. A operação da democracia se dá em condições sociais precárias. </span><span style="background-color: black; color: white;">É preciso distinguir o populismo tradicional do elitista, com o povão como massa de manobra. Lula, que bem ou mal é um líder mais autêntico, de origem análoga, revela um compromisso mais nítido com metas sociais. No seu caso poderia se falar de um populismo mais autêntico entre aspas.</span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: black;"><span style="color: white;">Como o marketing político se entrelaça com esta conjuntura?</span></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; line-height: 22px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Claramente sob um aspecto negativo. Você pode encontrar certezas marketeiras que funcionam, há uma certa consistência populista. Tenho usado uma expressão, que é a “síndrome do Flamengo”. Você não tem uma informação minimamente adequada sobre os problemas relevantes da nação para tomar uma decisão eleitoral. Então é como torcer para um time de futebol popular, no fundo não há razão para torcer por este ou aquele time, a não ser por uma imagem popular que se cristalize. E como o lado popular pode trazer ganho material, como a oportunidade de acesso ao crédito ou ao bolsa família, as coisas se somam.</span></span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-91271421126680245642014-09-16T10:47:00.002-03:002014-09-16T10:47:34.239-03:00CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE AIDS: MAIS DO MESMO E MENOS DO NECESSÁRIO<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Compartilho reflexões do amigo Liandro Lindner sobre a Conferência Internacional de AIDS recentemente realizada na Austrália. Destaco o seguinte trecho:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"</span><span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.3999996185303px; text-align: justify;">Quem sabe novamente o Brasil recria sua forma nacional de enfrentamento livre de amarras ianques e dá ao mundo uma nova lição de respostas tropicais e efetivas. Mas, para isto, a vontade política é necessária, e se desamarrar das pressões fundamentalistas é um desafio difícil."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.3999996185303px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.3999996185303px; text-align: justify;">E pensar que o atual diretor do Departamento de AIDS no Ministério da Saúde ficou chateado e até terminou nossa 'amizade' no FB só porque eu chamei suas práticas de nazistas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.3999996185303px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.3999996185303px; text-align: justify;">Ô, dó...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg07baJI1YTQLxoiAGbe5d28C_TJGYUAtOUA8Wi0WxHfAX9Ra4NHuIzM7VyFkUTRFjtpqYcTaLrJSc7n6JC5efyyXdcOQc0q7kecoBy_Nroqc9qlTK1DJHRA8bC-kbtkW5GxeNVQyGyEg/s1600/rnp+tv.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg07baJI1YTQLxoiAGbe5d28C_TJGYUAtOUA8Wi0WxHfAX9Ra4NHuIzM7VyFkUTRFjtpqYcTaLrJSc7n6JC5efyyXdcOQc0q7kecoBy_Nroqc9qlTK1DJHRA8bC-kbtkW5GxeNVQyGyEg/s1600/rnp+tv.jpg" height="400" width="327" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pela vigésima vez a Sociedade Internacional de Aids (IAS) promove a Conferência Internacional de Aids, desta vez na cidade de Melbourne, na costa sul australiana. Cerca de 14 mil pessoas entre pesquisadores, ativistas, cientistas, representantes de governo e de laboratórios, pessoas vivendo com Aids e co-infectados com tuberculose e hepatites virais, entre outros, formaram a massa diversa que coloria os corredores do local do evento. Na gama de atividades que a conferência oferece, tanto na parte oficial nos auditórios e salas de reuniões, como na parte destinada a atividades da sociedade civil, o chamado “<i>Global Village</i>”, temas diversos eram discutidos e enfocados a partir do ponto de vista de quem promovia a discussão. Falada exclusivamente em inglês, sem tradução e sem preocupação com o entendimento de centenas de pessoas não falantes deste idioma, a conferência pareceu selecionar bem pra quem quer falar e o que quer destacar.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 18pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Sendo impossível reunir num só texto todo o mar de reflexões e informações lá repassadas, tento sintetizar aqui cinco tópicos que considerei mais relevantes, a partir de meu ponto de vista, correndo sempre o risco de deixar de lado algo importante.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="line-height: 18.3999996185303px;">1-<span style="font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><b><span style="line-height: 18.3999996185303px;">REMÉDIOS A VISTA</span></b></span><br />
<span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><br /></span></b></span>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A conferência de Melbourne deixa claro que o caminho medicamentoso é o que mais se vislumbra num futuro próximo como enfrentamento à Aids. A tendência de se entender como prevenção atividades de uso contínuo de medicamentos cresce e se apresenta como alternativa viável para conter novos casos. Os que defendem este ponto de vista alertam que tal medida democratizaria o acesso a medicamentos que hoje estão restritos a quem consegue comprá-los e que seriam um elemento a mais no “cardápio das opções” de insumos de prevenção. Do outro lado os críticos destacam que os efeitos colaterais do uso destes medicamentos, em largo espaço de tempo, podem prejudicar mais o organismo além de transmitirem uma sensação falsa de “liberalidade” que o uso das pílulas pode passar.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A tal “falência” do preservativo parece ser um argumento pouco consistente pra justificar a medicamentalização da prevenção, o que sem dúvida seria um caminho mais fácil visto que mergulhar na realidade das populações mais atingidas (agora chamadas de populações-chave) entendendo seu funcionamento, seus limites e seus vácuos entre a informação e a prática, exige tempo, recursos e vontade política.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="line-height: 18.3999996185303px;">2-<span style="font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><b><span style="line-height: 18.3999996185303px;">A ÁFRICA É O CAMINHO</span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><br /></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18.3999996185303px;">Ficou evidente que as ações e financiam</span><span style="line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 17.4pt;">entos visando o controle da Aids no âmbito mundial terão como foco o continente africano nos próximos anos, ou décadas. Beirando os 70% de casos do mundo, esta região chama a atenção e exige respostas mais urgentes, apesar dos vários anos de grandes investimentos desaguados por lá. Das 33,5 milhões de pessoas que vivem com Aids no mundo, mais de 20 milhões estão ali. Em todo o planeta apenas pouco mais de 10 milhões estão em tratamento, sendo o grande vácuo nos países africanos, na Ásia e na America Latina e Caribe (sendo este continente totalmente esquecido dos debates da conferência). O Brasil está parece estar fora do mapa de recepção de recursos internacionais e várias agências e organizações com representação no país fecham suas portas e migram para o outro lado do oceano.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px; text-indent: 17.4pt;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar das imensas dificuldades que se vive no Brasil a impressão que se tem no resto do mundo é de que aqui “o problema está resolvido ou no mínimo controlado”. A imagem de país em desenvolvimento ganha força e faz com que passemos da condição de receptores para a de doadores de tecnologias, experiências e até recursos para países em piores condições. Por outro lado o protagonismo em ações ousadas, visando à população em geral e especialmente públicos vulneráveis que foram marco da resposta nacional no passado, está hoje apenas na memória mundial, como uma referência de algo que aconteceu. A falta de estampas das campanhas no estande brasileiro foi uma ilustração disto.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="line-height: 18.3999996185303px;">3-<span style="font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><b><span style="line-height: 18.3999996185303px;">CIÊNCIAS SOCIAIS NÃO VIERAM</span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><br /></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outro ponto de destaque, no meu entender, foi a ausência de debates que fossem além da ciência básica, avançassem para os pontos de vista sociais e tentassem entender o andamento da epidemia em populações e regiões. As sessões plenárias- espaço mais nobre da conferência, ocorrem sempre no início dos dias, em grandes auditórios reunindo mais de duas mil pessoas e sendo transmitidas em telões, que dão o tom da discussão que se desdobra na programação diária. Na grande maioria delas o que se notou foram apresentação de dados, evolução de pesquisas, constatações parciais e algumas óbvias (“ao final concluímos que é preciso incrementar ações para ampliar a adesão ao tratamento”).</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por parte da sociedade civil se viu depoimentos muito ricos, emocionados, de superação e de força num trabalho difícil. A prostituta de Uganda emocionou ao contar de sua batalha pela vida e superação que a levaram a aprender inglês sem ajuda e a alcançar um título acadêmico sem largar o trabalho sexual. O ativista filipino pediu vacinas contra a intolerância, pílulas anti-ódio, condón que protegesse da violência. Todos muito aplaudidos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Faltaram, porém, experiências mais contundentes do movimento comunitário em respostas criativas e de resultado efetivo, houve ausência de entendimentos além do visto em microscópios para demonstrar o efeito da Aids nos grupos e na comunidade, e ficou o vácuo de um link entre a sociedade e a ciência, como alternativa de mútuo entendimento e busca de respostas. Como disse um médico brasileiro num encontro de corredores, “as ciências sociais nesta conferência estão do outro lado da rua”, talvez numa mesa de bar ou num banco de praça observando os caminhos e desenhando entendimentos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="line-height: 18.3999996185303px;">4-<span style="font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><b><span style="line-height: 18.3999996185303px;">REDUÇÃO DE DANOS “PERO NO MUCHO”</span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 34.8pt;">
<span style="background-color: black; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Talvez tenha sido a conferência em que o tema esteve mais presente, embora parcializado. A grande referência ao uso de drogas no cenário internacional ainda é o uso injetável. O uso de <span style="background-image: initial; background-repeat: initial;">opiáceos (derivados do ópio, como heroína ou morfina)</span>nos países da Ásia e Leste Europeu é muito grande gerando quadros dramáticos como o caso da Coréia do Norte com elevados registros de overdoses e mortes por ano. Na Austrália o uso que mais cresce é de <span style="background-image: initial; background-repeat: initial;">comprimidos de oxicodona, um opiáceo comercial traficado a partir de prescrições médicas a pacientes com dor crônica. Os recursos, no entanto, destinados a estas ações são muito enxutos e insuficientes para ampliar o acesso a usuários e minimizar os danos em relação a Aids, hepatites e outras doenças.</span></span></span></div>
<div style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 34.8pt;">
<span style="line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: black; background-image: initial; background-repeat: initial;"><br /></span></span></span></div>
<div style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 34.8pt;">
<span style="background-color: black; background-image: initial; background-repeat: initial; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Realidades envolvendo a Aids e drogas mais próximas das vividas no Brasil não apareceram em Melbourne. Pouco se falou em maconha, quase nada em crack e o álcool – a principal droga causadora de danos ao organismo e custos ao sistema de saúde nacional - não recebeu qualquer referência nos cinco dias da conferência. O imaginário social de que Redução de Danos está somente ligada a drogas injetáveis passa as fronteiras do Brasil e atinge níveis internacionais. Falar de técnicas de minimização de prejuízos com outras drogas soou como novidade para grande parte dos delegados da conferência.</span></span></div>
<div style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 34.8pt;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="line-height: 18.3999996185303px;">5-<span style="font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><b><span style="background-image: initial; background-repeat: initial; line-height: 18.3999996185303px;">CADA UM NO SEU QUADRADO</span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; background-image: initial; background-repeat: initial; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Finalmente chamou a atenção o crescimento de outros temas relacionados à Aids que tiveram relevância, do meu ponto de vista, maior que em outros encontros deste vulto. Com o crescimento dos índices de infecção entre mulheres africanas e asiáticas, e a prática cultural local de se ter vários filhos, o debate sobre tratamento infantil ampliou seu espaço. Também cresceu a dimensão das discussões envolvendo a população trans, e o mote dos debates ia além de questões de saúde, abordando direitos humanos, protagonismo e participação nas decisões. Houve um generoso espaço para debates envolvendo Aids e Tuberculose, doença que mais mata pessoas soropositivas no mundo e afeta uma em cada cinco pessoas que vivem com Aids no planeta. Num conjunto de estandes foram realizadas discussões interessantes que iam à busca de soluções para detecção, tratamento e adesão e aprofundavam a necessidade do andamento conjunto de questões sociais e sanitárias para busca de soluções.</span></span></div>
<div style="margin-left: 21.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; background-image: initial; background-repeat: initial; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Embora a sensação de que houve poucas novidades fosse comum na maioria dos participantes, o que se viu foi um retrato fiel - mesmo que pouco agradável - do andamento das respostas globais. Os organismos de representação e diplomacia dos países já tem sinalizado há muito com resistências em alguns setores, principalmente em relação a direitos humanos e ao respeito à diversidade, o que passa a dar um olhar diferente a resposta mundial em relação à Aids. Parece-me que a força de trabalho e de consumo dos países super populosos ganha um destaque maior do que a luta por vidas humanas livres para escolhas. Os países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) representam importante peso na epidemia da Aids no mundo e o tema pouco é falado em suas reuniões. Quem sabe novamente o Brasil recria sua forma nacional de enfrentamento livre de amarras ianques e dá ao mundo uma nova lição de respostas tropicais e efetivas. Mas, para isto, a vontade política é necessária, e se desamarrar das pressões fundamentalistas é um desafio difícil.</span></span></div>
<div style="margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; background-image: initial; background-repeat: initial; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="background-image: initial; background-repeat: initial; line-height: 18.3999996185303px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Liandro Lindner é </span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">Jornalista FreeLancer, Professor e Doutorando da Faculdade de Saúde Pública da USP</span></span></div>
<div style="margin-left: 21.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: large; margin-left: 21.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6174049013039972894.post-75709003595090912102014-09-14T18:07:00.000-03:002014-09-14T18:07:05.558-03:00O que é isso, Marina?<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pessoal, reproduzo abaixo artigo de Jean Wyllys sobre os princípios utilizados na campanha de Marina Silva, de que o anti cristo estará agindo nas próximas eleições.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beto Volpe</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqnQROwSzOEjLGfYe27Ms9rhacPJlcjLyeqTYUtLX8je1gNCZSa4A-zLNFKl7rwcSFIlYOeBh9u38-vLYWcgLti_h_q7Zu6dU3ajs2_H2Q5EYEhGfXgJZBleX3CpavR2Z7OT7rMqm5FQ/s1600/marina+anticristo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqnQROwSzOEjLGfYe27Ms9rhacPJlcjLyeqTYUtLX8je1gNCZSa4A-zLNFKl7rwcSFIlYOeBh9u38-vLYWcgLti_h_q7Zu6dU3ajs2_H2Q5EYEhGfXgJZBleX3CpavR2Z7OT7rMqm5FQ/s1600/marina+anticristo.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">ASSUSTADOR! O esgoto eleitoreiro já
começa a vazar de maneira repugnante nessa reta final de campanha. Na zona
oeste do Rio de Janeiro, um exército de fiéis rec<span class="textexposedshow">rutados
como voluntários por igrejas evangélicas fundamentalistas está distribuindo um
material de campanha tão bizarro quanto criminoso e assinado pelas campanhas de
Marina Silva para presidenta, Ezequiel Teixeira para deputado federal e Édino
Fonseca para deputado estadual (sendo este último quem se responsabiliza com
seu CNPJ eleitoral, 20583168000184, pelo material): milhares de revistas de 24
páginas em cores acompanhadas de um DVD com MENTIRAS e FALSIDADES acerca de
LGBTs, no sentido de estimular o ódio e a violência contra estes, mas também
com DETURPAÇÕES acerca das pautas dos movimentos feministas e negro com intuito
de prejudicar a candidatura da presidenta Dilma.</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Para quem está duvidando dessa
sujeira, aqui está o link para a digitalização que fiz do material difamatório
para usá-la como prova quando acionar a justiça eleitoral no intuito de que
essa porcaria seja apreendida e seus responsáveis sancionados de acordo com a
lei. <a href="https://www.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fwww.dropbox.com%2Fs%2Fqjo7q91eb7btmz6%2FFonseca-Teixeira-Marina.pdf%3Fdl%3D0&h=nAQHUK-Wo&enc=AZOVPEvw_uL9nUjRL31abmWUHP7icruTS7v70HlRjgLZA5JeEoTiMKU1c0oe-q2zNvqZvUYPsYlkyyaR34dGWVm7TYNyKemY1T5U8_h1dZDzb52X_MxX7crOl0SfzJUp5EZGERFMZaNmS0jiGPnxiy54P8BwIvyDjI4jhiQk9VuDJg&s=1" style="cursor: pointer;" target="_blank">https://www.dropbox.com/s/qjo7q91eb7btmz6/Fonseca-Teixeira-Marina.pdf?dl=0</a><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Na capa, a revista com Fonseca,
Teixeira e Marina anuncia: "Veja os planos do anticristo: nova ordem
mundial contra a família e a igreja" (a palavra "Veja" é escrita
com a mesma tipografia usada pela revista da editora Abril), e depois enumera:
"eutanásia, mercado do feto, prostituição de menores, carícias de
homossexuais em lugares sagrados...", etc. Misturando um discurso
religioso da época da Inquisição (com repetidas alusões ao
"anticristo") e uma linha argumentativa que lembra a propaganda
nazista contra os judeus (no caso, em vez dos judeus, o "inimigo"
apontado é composto por homossexuais, prostitutas, ateus, comunistas,
"abortistas", usuários de drogas e o governo Dilma), a publicação
descreve uma conspiração satânica internacional para a criação de uma
"nova ordem mundial" que pretende "se rebelar contra Deus"
e "dominar a mente do povo com a legalização das drogas", acusa o governo
do PT de querer legalizar a eutanásia para "matar os mais velhos" e o
aborto para provocar um "extermínio" e comercializar os órgãos dos
fetos abortados (!).<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">O delírio é tal que a revista traz uma
tabela de preços do "mercado do feto" e diz que a legalização do
aborto provocará um aumento da pedofilia, porque as meninas estupradas serão
obrigadas a abortar para esconder o crime.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Nas páginas seguintes, a revista ataca
a regulamentação da prostituição, relacionando-a também, com extremo cinismo e
má fé, à pedofilia (como se o abuso sexual de crianças pudesse ser equiparado à
prostituição exercida por pessoas adultas!); diz que a criminalização da
homofobia permitirá que os gays pratiquem sexo dentro das igrejas; refere-se a
gays, lésbicas e transexuais como doentes mentais; ataca com argumentos
igualmente toscos a proposta de legalização da maconha e até diz que existe um
plano do "anticristo" para dominar a água e os alimentos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Quase todas as páginas da publicação
são dedicadas a atacar meus projetos e os de outros parlamentares progressistas
e comprometidos com os direitos humanos, embora não nos mencione expressamente,
mas o alvo explícito da publicação é o governo Dilma, que seria, de acordo com
a publicação, o principal representante no Brasil da rebelião mundial comandada
por Satanás.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">A publicação faz uma relação direta
entre o "plano do anticristo" e as eleições de 5 de outubro: para
impedir a vitória do Demônio, os eleitores deveriam votar em Marina Silva para
presidenta e em Teixeira e Fonseca para os parlamentos federal e estadual. Na
última página, a publicação traz uma foto em cores dos três candidatos, com a
logo da campanha de Marina destacada no centro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Uma pergunta que não quer calar é:
quem pagou por tudo isso? Por todo esse lodo?<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Eu gostaria de saber se Marina Silva
sabe que seu nome está sendo usado nessa campanha suja, abjeta e evidentemente
criminosa. Fonseca é candidato pelo PEN, uma legenda de aluguel de
ultra-direita que faz parte da coligação de Aécio Neves, da mesma forma que o
partido Solidariedade, formado por parlamentares que decidiram sair das
legendas pelas quais se elegeram, entre eles Teixeira. Ambos fazem parte,
também, da coligação estadual que apoia o governador Pezão, que por sua vez é
do PMDB, aliado à presidenta Dilma, mas que também faz campanha por Aécio.
Contudo, Fonseca e Teixeira fazem campanha por Marina — e juntos, apesar de
suas candidaturas proporcionais não estarem coligadas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Além de ser incompreensível e causar
confusão a qualquer eleitor, essa esquizofrenia eleitoral também é ilegal, já
que um candidato proporcional (ou seja, a deputado federal ou estadual) não
pode citar em seus materiais de campanha o nome de um candidato majoritário (ou
seja, presidente ou governador) que não seja o de seu partido ou coligação.
Porém, para as gangues da velha política corrupta do nosso querido país, vale
tudo!<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Será que Marina, ou sua coordenação de
campanha concordaram com essa sujeira e "deixaram" que ela fosse
feita porque, na reta final, tudo o que servir para somar votos é bem-vindo,
mesmo que provenha do esgoto político e da baixaria mais imperdoável? Ou será
que Fonseca e Teixeira estão usando o nome de Marina sem a anuência dela porque
acham que a figura da candidata do PSB pode ser mais atraente para o eleitorado
evangélico fundamentalista que pretendem conquistar que o do liberal Aécio?<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Seja como for, Marina deveria se
perguntar por que o nome dela pode ser associado a esse discurso fascista. Será
por que seu discurso, em vez de questionar, à esquerda, as falências do governo
Dilma, como muitos dos seus eleitores progressistas de 2010 esperavam, é cada
dia mais reacionário, aproximando-a da linha discursiva da revista Veja (que
essa semana saiu em defesa dela), do Círculo Militar (que se declarou
esperançoso com a sua candidatura), dos pastores que pregam discurso de ódio
contra a população LGBT e dos setores mais conservadores da sociedade, que
podem se sentir representados pela propaganda de Fonseca e Teixeira?<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Marina deveria preparar um café,
sentar no sofá e, com calma, refletir sobre o que está fazendo ou sobre o que
estão fazendo com o nome dela. E você, eleitor, eleitora, deveria pensar com
qual Brasil você sonha. O fundamentalismo está aí, virando a esquina, e dá
medo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Jean Wyllys</span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: white;">Deputado Federal pelo PSOL</span></span></div>
Beto Volpehttp://www.blogger.com/profile/05459634218472097456noreply@blogger.com0